Esse é um post de retrospectiva. Há algumas madrugadas ando elaborando esse texto mentalmente. Talvez agora ele saia.
Filho, esse foi o ano mais espetacular da minha vida. Esse 2012 foram os 12 meses que me fizeram aprender que realmente pouca, pouquíssima coisa importa na vida, inclusive as nossas dores e sofrimentos.
Durante esses meus 29 anos de vida tive alguns "marcos", que me fizeram ser quem sou hoje, mas te juro, Benjamin, nunca imaginei que alguém ou alguma coisa pudesse simplesmente rabiscar todos esses antigos "marcos" e dar um novo sentido a tudo.
Por você filho, sou capaz de ter toda a coragem do mundo e, ao mesmo tempo,tenho medo de morrer. Por você Benjamin, toda a dor que eu já passei na vida ficou pequena, ficou pra trás. Minha vida agora é a.B e d.B. e posso te assegurar que nessa fase d.B sou melhor e mais feliz do que jamais sonhei em ser.
Filho, aprendi com você que amor dói, mas que regozija ainda mais. Que você abre meus caminhos e me faz ver e entender o mundo com outros olhos. Olhos de amor, de amizade, de simpatia, de possibilidades.
Por você, filho, fiz novos amigos. E olha que há anos a minha frase mais proferida era "Não quero novos amigos porque nem dou conta dos antigos". Por você, Benjamin, fiz novos amigos que espero que durem uma nova vida inteira e quando saio com você faço outros tantos que duram os minutos e os segundos dos seus sorrisos e sua simpatia.
Em 9 meses e meio de vida seus tudo mudou. Eu mudei, seu pai mudou e você mudou. Passou de um bebê RN lindo e chorão para um moleque cheio de atitude, que rasteja feito uma minhoca louca, bate palma, dá tchau, manda beijo e fala água freneticamente para todas as coisas. Mostrou que é chameguento, persistente - pra não dizer teimoso - e tem senso de humor. Você vai conseguir conquistar tudo o que quiser, meu filho. Nós também mudamos. Nossa vida mudou inteira. E isso é uma maravilha.
Você filho, me ensinou que amor não se divide, multiplica. E por isso te devo minha vida.
Amo você meu pequeno príncipe.
E que venha 2013!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Timoneiro
Cada dia mais acredito que "quem me navega é o mar".
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
E quanto mais remo mais rezo
Pra nunca mais se acabar
Essa viagem que faz
O mar em torno do mar
Meu velho um dia falou
Com seu jeito de avisar:
- Olha, o mar não tem cabelos
Que a gente possa agarrar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
Timoneiro nunca fui
Que eu não sou de velejar
O leme da minha vida
Deus é quem faz governar
E quando alguém me pergunta
Como se faz pra nadar
Explico que eu não navego
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
A rede do meu destino
Parece a de um pescador
Quando retorna vazia
Vem carregada de dor
Vivo num redemoinho
Deus bem sabe o que ele faz
A onda que me carrega
Ela mesma é quem me traz
Timoneiro
Paulinho da Viola
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
E quanto mais remo mais rezo
Pra nunca mais se acabar
Essa viagem que faz
O mar em torno do mar
Meu velho um dia falou
Com seu jeito de avisar:
- Olha, o mar não tem cabelos
Que a gente possa agarrar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
Timoneiro nunca fui
Que eu não sou de velejar
O leme da minha vida
Deus é quem faz governar
E quando alguém me pergunta
Como se faz pra nadar
Explico que eu não navego
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega
Quem me navega é o mar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
É ele quem me carrega
Como nem fosse levar
A rede do meu destino
Parece a de um pescador
Quando retorna vazia
Vem carregada de dor
Vivo num redemoinho
Deus bem sabe o que ele faz
A onda que me carrega
Ela mesma é quem me traz
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
7 meses e muita coisa pra contar
O blog anda devagar, quase parando, por conta do volume de trabalho da mãe aqui, mas agora, vamos tentar retomar os trabalhos com dignidade.
Benjamin completou 7 meses na última sexta-feira, 28, lindo como sempre e sorridentebanguela. Nessa transição do sexto para o sétimo mês muitas coisas aconteceram. Entre elas,uma semana fora de casa, com a mamãe, duas viagens de avião, praia, dentes que querem nascer, novos sabores e experiências e um quase engatinhar latente.
Sobre todos esses tópicos falaremos mais adiante, em outros posts. Esse post aqui, ainda que atrasado, é de celebração pelos 7 meses da sua vida, meu filho.
Nesses seus 7 meses bem vividos você:
- Está ensaiando engatinhar
- Ainda não gosta muito de comer a papinha salgada, mas tem melhorado diariamente. Acho que hoje em dia você já consegue aceitar uma colher e meia de sopa de papa
- Adora frutinhas, em especial o creme de manga que a mamãe faz. Outro dia até chorou porque comeu metade de uma manga e queria mais!
- Continua adorando mamar no peito
- Mama mamadeira quatro a cinco vezes por dia
- Está quase sentando sozinho, mas se vacilar, ainda tomba, sem querer, para os lados
- Deu pra acordar de hora em hora nas últimas semanas, achamos, seu pai e eu, que deve ser por conta do nascimento dos dentes
- Adora a praça e seus amigos de lá
- Está APAIXONADO pela Margarida e, pelo jeito, ela por você. Onde você está ela está também. Outro dia puxou o rabo dela, num desses seus carinhos brutos, e ela assustou, mas não mordeu você nem arranhou
- AMA tomar banho. Seja no chuveiro ou no ofurô certamente a hora do banho é um dos momentos mais felizes do dia
- Ficou uma semana sendo cuidado pelo Vovô Ricardo e pela Tia Geni em Vitória, enquanto a mamãe trabalhava
- Comeu moqueca de peixe, peixe frito (shame on Vovô), pão francês e tomou Coca-Cola (shame on vovô, again), para meu desgosto
- Vira e desvira no chão com uma habilidade impressionante
- Deu pra rastejar pela sala toda e nessas, além de lamber o chão, já meteu a boca na roda do seu carrinho de passeio (bem limpo)
- Já usa roupa de criança de um ano e seu sapato é número 18
- Consegue se comunicar muito bem, por gestos, expressões e choro
- Está super disposto a andar, embora não saiba sentar o engatinhar direito ainda
- Faz charme para todo mundo e pisca os olhinhos para convencer as pessoas a te pegarem no colo
- Está mais fofo e encantador do que nunca
E a mamãe mais apaixonada do que nunca por você!
Benjamin completou 7 meses na última sexta-feira, 28, lindo como sempre e sorri
Sobre todos esses tópicos falaremos mais adiante, em outros posts. Esse post aqui, ainda que atrasado, é de celebração pelos 7 meses da sua vida, meu filho.
Nesses seus 7 meses bem vividos você:
- Está ensaiando engatinhar
- Ainda não gosta muito de comer a papinha salgada, mas tem melhorado diariamente. Acho que hoje em dia você já consegue aceitar uma colher e meia de sopa de papa
- Adora frutinhas, em especial o creme de manga que a mamãe faz. Outro dia até chorou porque comeu metade de uma manga e queria mais!
- Continua adorando mamar no peito
- Mama mamadeira quatro a cinco vezes por dia
- Está quase sentando sozinho, mas se vacilar, ainda tomba, sem querer, para os lados
- Deu pra acordar de hora em hora nas últimas semanas, achamos, seu pai e eu, que deve ser por conta do nascimento dos dentes
- Adora a praça e seus amigos de lá
- Está APAIXONADO pela Margarida e, pelo jeito, ela por você. Onde você está ela está também. Outro dia puxou o rabo dela, num desses seus carinhos brutos, e ela assustou, mas não mordeu você nem arranhou
- AMA tomar banho. Seja no chuveiro ou no ofurô certamente a hora do banho é um dos momentos mais felizes do dia
- Ficou uma semana sendo cuidado pelo Vovô Ricardo e pela Tia Geni em Vitória, enquanto a mamãe trabalhava
- Comeu moqueca de peixe, peixe frito (shame on Vovô), pão francês e tomou Coca-Cola (shame on vovô, again), para meu desgosto
- Vira e desvira no chão com uma habilidade impressionante
- Deu pra rastejar pela sala toda e nessas, além de lamber o chão, já meteu a boca na roda do seu carrinho de passeio (bem limpo)
- Já usa roupa de criança de um ano e seu sapato é número 18
- Consegue se comunicar muito bem, por gestos, expressões e choro
- Está super disposto a andar, embora não saiba sentar o engatinhar direito ainda
- Faz charme para todo mundo e pisca os olhinhos para convencer as pessoas a te pegarem no colo
- Está mais fofo e encantador do que nunca
E a mamãe mais apaixonada do que nunca por você!
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
A saga da papinha. Episódio I
Fonte: Pat Feldman - http://pat.feldman.com.br |
O primeiro dia de comida salgada foi um desastre. Somou-se a toda novidade do salgado um sono cabuloso. Começamos a mudar a hora das mamadas para adequar aos horários de almoço, lanche da manhã e da tarde. Aí, meus amigos, foi lama. Benjamin estava insuportável às 11h, hora do almoço, no primeiro dia. Gritou que nem um louco, cuspiu a papinha toda, virou a cara, um drama, mesmo.
O segundo dia foi um pouco melhor, porque fiz ele dormir antes da hora do almoço e aí o fator cansaço não pesou tanto, mas mesmo assim, gritou, cuspiu e fazia que ia vomitar a comida, tipo ânsia de vômito.
O estardalhaço foi tanto que nem consegui fazer um vídeo pra postar.
Os demais dias, até o de hoje, estão bem parecidos. Ele não come. Aceita, no máximo, umas três colherinhas de café de papa com a mãe aqui enfiando papinha na guela. hahaha.
Já consultei umas amigas queridas e a vovó para saber o que fazer com o menino. Vou tentar algumas das técnicas propostas. Mas clamo (olha o drama!) por palpites e boas técnicas de ensinar um bebê a comer comidinhas!
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Um pedido de desculpas por uma recomendação
Há alguns dias recomendei o serviço oferecido pelo site www.obomverdureiro.com.br, antes de testar o serviço. Achei a promessa deles bárbara, mas infelizmente o atendimento não foi digno do proposto.
A primeira compra não chegou no prazo combinado porque eles "Esqueceram" do meu pedido. Solucionado o caso, me enviaram a encomenda com três dias de atraso. Fiz um pedido e ele chegou de acordo e com fartura, mas alguns itens não estavam muito bons, como as maçãs e cenouras. Além disso, não houve cuidado na hora de manusear os ovos e eles foram transportados em um caixa por baixo das frutas e legumes que encomendei. Resultado: de uma dúzia pedida apenas dez foram recebidos inteiros.
A pedido da equipe do bom verdureiro fiz um feedback sobre a compra e não recebi qualquer retorno. Mesmo assim decidi insistir na compra e fiz um segundo pedido e pela segunda vez além de não localizarem o meu pedido (tenho todas as trocas de email e confirmação de que haviam recebido a solicitação na segunda-feira)não me entregaram a encomenda nem na data certa, proposta por eles mesmos, nem na segunda data combinada.
Realmente lamento o atendimento que recebi e me arrependo de ter indicado para amigos e leitores do meu blog o serviço.
Portanto, se vocês compraram o pensaram em comprar, pensem duas vezes antes de contratar o serviço.
A primeira compra não chegou no prazo combinado porque eles "Esqueceram" do meu pedido. Solucionado o caso, me enviaram a encomenda com três dias de atraso. Fiz um pedido e ele chegou de acordo e com fartura, mas alguns itens não estavam muito bons, como as maçãs e cenouras. Além disso, não houve cuidado na hora de manusear os ovos e eles foram transportados em um caixa por baixo das frutas e legumes que encomendei. Resultado: de uma dúzia pedida apenas dez foram recebidos inteiros.
A pedido da equipe do bom verdureiro fiz um feedback sobre a compra e não recebi qualquer retorno. Mesmo assim decidi insistir na compra e fiz um segundo pedido e pela segunda vez além de não localizarem o meu pedido (tenho todas as trocas de email e confirmação de que haviam recebido a solicitação na segunda-feira)não me entregaram a encomenda nem na data certa, proposta por eles mesmos, nem na segunda data combinada.
Realmente lamento o atendimento que recebi e me arrependo de ter indicado para amigos e leitores do meu blog o serviço.
Portanto, se vocês compraram o pensaram em comprar, pensem duas vezes antes de contratar o serviço.
O resultado de ficar longe
Fonte: mamyemdosedupla.blogspot.com |
Ele estava dormindo e logo que acordou mamou. Até aí tudo parecia normal. Prossegui com a rotina dele habitual e depois de algumas horas fomos para o procedimento banho-por pijama-mamadeira-peito-dormir.
Aí que a casa caiu.
Mesmo sem mamar mamadeira desde as 14h o pequeno não quis saber da bocharrenta. Era só peito, peito, peito e gritos aos ver a mamadeira. Com muito esforço consegui fazê-lo tomar 90ml de LA. Isso dava o tom do que seria nossa madrugada.
Às 2h30 Benjamin acordou e quando ofereci a mamadeira, antes do peito, adivinhem? Ele gritou, de novo. Gritou, chorou, se jogou pra trás, um verdadeiro escândalo. Acalmou um pouco quando ofereci o peito, mas mesmo assim ele mamava alguns segundos e chorava. Pra ajudar, o nariz estava bem entupido. Provavelmente consequência do resfriado que a babá teve e que passou pra ele. Pingamos soro no nariz para ver se ele melhorava e voltei a oferecer peito e mamadeira. Ele não queria nada. Olhava pra mim e chorava e se aninhava e se jogava pra trás. Ou estava muito incomodado com algo misterioso (não era frio ou calor, não era fralda suja) ou realmente estava demonstrando que estava sentindo falta da mamãe.
Lá pelas tantas decidi embrulhá-lo no cueiro e tentar fazê-lo dormir, mesmo suspeitando que ele estivesse com fome (o que a gente faz com um bebê que tem fome e não quer mamar?). Demorou, mas ele dormiu no meu colo. Tentei colocar no berço e o escândalo foi imediato. Voltou pro colo. Perdi a batalha do berço pro meu cansaço e dormi abraçada com ele na poltrona de amamentação.Conseguimos cochilar algumas horas, com ele bastante agitado e na hora que o despertador tocou, levantei e coloquei ele na minha cama. O bichinho acordou imediatamente.
Hoje vamos para o segundo dia longe em horário comercial. Resta saber o que será da nossa próxima madrugada.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Ficar longe dói
Hoje, pela primeira vez passarei o dia todo longe do filhote. Para todo mundo que volta a trabalhar em seus empregos formais depois de 4 ou 5 meses de licença maternidade é uma situação cotidiana. Para mim, são "apenas" dois dias de evento, mas estão deixando meu coração apertado e minha cabeça com peso na consciência de deixar o pequeno em casa.
Fico imaginando como deve ser na cabeça dele, que está acostumado com a presença da mamãe o dia todo, ficar sem mim. Mais angustiante que isso é eu ficar sem ele. Os seios ficam cheios de leite, dá vontade de ligar a cada 5 minutos para saber se está tudo bem e uma vontade doida de dar um cheiro e um agarro no menino mais lindo que eu já vi.
Fica uma sensação de que estou perdendo alguma coisa. Algum sorriso, alguma careta, algum momento de desconforto dele que eu posso ajudar a resolver, alguma novidade. Com os bebês tudo acontece muito rápido. O que será que já aconteceu nessas horas que estou fora de casa?
Ao mesmo tempo fica uma sensação boa de liberdade, de realização profissional, de ser "eu mesma" sozinha. E para ele, acredito que começa um aprendizado de independência e autonomia em relação aos pequenos fatos da vida.
Fico imaginando como deve ser na cabeça dele, que está acostumado com a presença da mamãe o dia todo, ficar sem mim. Mais angustiante que isso é eu ficar sem ele. Os seios ficam cheios de leite, dá vontade de ligar a cada 5 minutos para saber se está tudo bem e uma vontade doida de dar um cheiro e um agarro no menino mais lindo que eu já vi.
Fica uma sensação de que estou perdendo alguma coisa. Algum sorriso, alguma careta, algum momento de desconforto dele que eu posso ajudar a resolver, alguma novidade. Com os bebês tudo acontece muito rápido. O que será que já aconteceu nessas horas que estou fora de casa?
Ao mesmo tempo fica uma sensação boa de liberdade, de realização profissional, de ser "eu mesma" sozinha. E para ele, acredito que começa um aprendizado de independência e autonomia em relação aos pequenos fatos da vida.
Fonte: Google |
terça-feira, 28 de agosto de 2012
6 meses!
Foto de Rodrigo Assad |
Está apaixonado pela Margarida. Segue ela com os olhos o dia todo e tem uma certa paranoia em pegá-la. Fico imaginando como será quando você engatinhar.Coitada da gata.
Daqui apenas seis meses você terá completado um ano! Parece que o tempo está passando rápido demais e meu amor aumentando na velocidade da luz. Onde será que esse amor vai parar? Veremos, se a mamãe não explodirá de amor algum dia desses.
Parabéns, filho!
P.S.: O dia foi muito corrido hoje e por isso não tiramos foto. Então vai aqui uma imagem que a mamãe ama, feita pelo Tio Rodrigo no dia do aniversário do seu amigo Gabi, quando você tinha 5 meses e algumas semanas.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
O primeiro suco a gente nunca esquece!
Aí que Benjamin entrou no mundo dos suquinhos e o primeiro deles, como já contei aqui, foi o de laranja lima.
Aqui está um breve vídeo da cara de prazer e indulgência(só que não) de Benjamin ao tomar seu primeiro gole de suco no dia 19 de agosto. #todasgrita!
Estamos no 5º dia consecutivo de suco e não é que a cara dele para a frutinha tenha melhorado muito não. Arduamente conseguimos que ele tomasse 40ml do suco ontem! Uma vitória!
Pensei em mudar o sabor do suco para ver se ele se anima mais. Alguém tem dicas? Experiências para compartilhar? Como a gente sabe que ele não gosta de alguma coisa ou que está apenas "treinando"?
Aqui está um breve vídeo da cara de prazer e indulgência
Estamos no 5º dia consecutivo de suco e não é que a cara dele para a frutinha tenha melhorado muito não. Arduamente conseguimos que ele tomasse 40ml do suco ontem! Uma vitória!
Pensei em mudar o sabor do suco para ver se ele se anima mais. Alguém tem dicas? Experiências para compartilhar? Como a gente sabe que ele não gosta de alguma coisa ou que está apenas "treinando"?
terça-feira, 21 de agosto de 2012
O Mar
O mar e o ar
"O mar pode nos afogar
Pode nos inundar
Com o seu rosto azul
Porém não consegue nos separar
Porque o amor respira sobre o mar (...)" , Orquestra Imperial.
Com o seu rosto azul
Porém não consegue nos separar
Porque o amor respira sobre o mar (...)" , Orquestra Imperial.
E Benja conheceu um dos meus lugares preferidos no mundo, o mar. Acho que é o lugar (espaço físico) que eu mais amo, os outros, que estão na lista dos melhores lugares do mundo são locais de companhia, de pensamento, de estado de espírito, particulares.
Viemos todos do mar. O mar, a imensidão azul, renova as energias, traz novas possibilidades, nos apresenta um novo mundo e grandes ensinamentos.
Hoje a pessoa que mais amo, mora no mar. Em todo lugar que eu vou e há praia, posso reencontrá-la. Construí com o mar essa relação de amor, de saudades, de confiança, de esperança. Para mim era importante apresentar o mar ao Benjamin. Proporcionar a ele as sensações que esse novo mundo traz.
Experimentar o sol queimando a pele, a areia em contato com os pés, as ondas lambendo as pernas, o sal temperando o corpo.
Eis aqui um breve vídeo de Benjamin conhecendo o mar em 18/08/2012.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Pediatra e novidades!
Semana passada fizemos uma visita ao pediatra e muitas novidades virão pela frente.
Além das boas notícias sobre o crescimento do Benja, que aos 5 meses e 15 dias pesava 8,420kg e media 69,2cm, recebemos a missão de começar a introduzir outros alimentos, que não leite, na dieta dele!
É isso, meu bebezico vai começar a comer!
Ele já andava curioso sobre as coisas que a gente coloca na boca e demonstra, a todo tempo, querer "comer" o que estamos comendo. Agora será dado o primeiro passo para a independência gastronômica dele.
O primeiro estágio será dar suco de laranja lima. A quantidade dos primeiros dias é bem pouca, 3 colherinhas de chá. No segundo dia a quantidade dobra e assim por diante. Ou seja, no terceiro dia passaremos do "suco em colher" para o suco na mamadeira, porque já ofereceremos mais do que 50ml para ele.
Fiquei pensando que além de ter que se acostumar com um novo sabor ele ainda precisará aprender a usar a colher (não sozinho, nesse momento, é claro). Como ele nunca, graças a Deus, precisou usar remédio nunca conheceu uma colher, logo, não sabe o que fazer com ela (leia-se abrir a boca quando ela aparecer na frente dele).
Fora o lance da colher, haverá uma progressão em relação a como alimentá-lo. Os primeiros novos alimentos serão suco de laranja lima e suco de cenoura. Depois de seis dias se adaptando aos sucos entrarão as papas de frutas - mamão papaya e banana nanica - que deverão ajudar a regular o intestino dele. Na sequência entrarão as sopinhas, lá pelo décimo dia após o primeiro suco de laranja.
O médico recomendou, e eu estou de acordo, que a gente priorize - sobretudo na alimentação dele - o consumo de alimentos orgânicos. E foi por isso que resolvi investir em comprar esse tipo de comida. Fui a dois lugares que vendem orgânicos aqui perto de casa, mas em nenhum deles havia laranja lima disponível. Foi aí que resolvi investir em outra opção para fazer a feira: Orgânicos online! Sim minha gente! É possível fazer a feira sem sair de casa. Não que eu não goste de fazer feira, pelo contrário, mas como as feiras que eu frequento não vendem orgânicos, encontrei o pessoal do www.obomverdureiro.com.br .
Entrei no site do O Bom Verdureiro e me cadastrei. Depois disso você deve baixar uma planilha onde constam os alimentos que etão sendo vendidos naquela semana. Achei a variedade de itens bastante boa e os preços não são muito mais caros do que costumo pagar na feira (não orgânica) aqui perto de casa ou na Quitanda. Selecionei os itens que me interessavam e envei por email, como eles orientam no site. Recebi um excelente atendimento.
Logo após fazer o cadastro recebi um email de confirmação e após enviar meu pedido e um email fazendo algumas perguntas prontamente fui atendida. Recebi inclusive uma ligação do pessoal de lá, que se apresentou e explicou todo o sistema de funcionamento da empresa. Fiquei muito impressionada com a qualiudade do atendimento e estou ansiosa esperando meus legumes, frutas e verduras chegarem em casa amanhã. Depois conto para vocês se deu certo e se as coisas são realmente boas!
Achei uma ótima alternativa para quem está começando a alimentar seus bebês ou para quem deseja ter uma alimentação mais natural no dia-a-dia.
E que venham os orgânicos e os sucos, papas e sopinhas de Benja!
Mais novidades em breve!
P.S.: Esse post não é um post pago. É só um relato de uma experiência de compra que estou compartilhando.
Além das boas notícias sobre o crescimento do Benja, que aos 5 meses e 15 dias pesava 8,420kg e media 69,2cm, recebemos a missão de começar a introduzir outros alimentos, que não leite, na dieta dele!
Fonte: Google |
É isso, meu bebezico vai começar a comer!
Ele já andava curioso sobre as coisas que a gente coloca na boca e demonstra, a todo tempo, querer "comer" o que estamos comendo. Agora será dado o primeiro passo para a independência gastronômica dele.
O primeiro estágio será dar suco de laranja lima. A quantidade dos primeiros dias é bem pouca, 3 colherinhas de chá. No segundo dia a quantidade dobra e assim por diante. Ou seja, no terceiro dia passaremos do "suco em colher" para o suco na mamadeira, porque já ofereceremos mais do que 50ml para ele.
Fiquei pensando que além de ter que se acostumar com um novo sabor ele ainda precisará aprender a usar a colher (não sozinho, nesse momento, é claro). Como ele nunca, graças a Deus, precisou usar remédio nunca conheceu uma colher, logo, não sabe o que fazer com ela (leia-se abrir a boca quando ela aparecer na frente dele).
Fora o lance da colher, haverá uma progressão em relação a como alimentá-lo. Os primeiros novos alimentos serão suco de laranja lima e suco de cenoura. Depois de seis dias se adaptando aos sucos entrarão as papas de frutas - mamão papaya e banana nanica - que deverão ajudar a regular o intestino dele. Na sequência entrarão as sopinhas, lá pelo décimo dia após o primeiro suco de laranja.
O médico recomendou, e eu estou de acordo, que a gente priorize - sobretudo na alimentação dele - o consumo de alimentos orgânicos. E foi por isso que resolvi investir em comprar esse tipo de comida. Fui a dois lugares que vendem orgânicos aqui perto de casa, mas em nenhum deles havia laranja lima disponível. Foi aí que resolvi investir em outra opção para fazer a feira: Orgânicos online! Sim minha gente! É possível fazer a feira sem sair de casa. Não que eu não goste de fazer feira, pelo contrário, mas como as feiras que eu frequento não vendem orgânicos, encontrei o pessoal do www.obomverdureiro.com.br .
Entrei no site do O Bom Verdureiro e me cadastrei. Depois disso você deve baixar uma planilha onde constam os alimentos que etão sendo vendidos naquela semana. Achei a variedade de itens bastante boa e os preços não são muito mais caros do que costumo pagar na feira (não orgânica) aqui perto de casa ou na Quitanda. Selecionei os itens que me interessavam e envei por email, como eles orientam no site. Recebi um excelente atendimento.
Logo após fazer o cadastro recebi um email de confirmação e após enviar meu pedido e um email fazendo algumas perguntas prontamente fui atendida. Recebi inclusive uma ligação do pessoal de lá, que se apresentou e explicou todo o sistema de funcionamento da empresa. Fiquei muito impressionada com a qualiudade do atendimento e estou ansiosa esperando meus legumes, frutas e verduras chegarem em casa amanhã. Depois conto para vocês se deu certo e se as coisas são realmente boas!
Achei uma ótima alternativa para quem está começando a alimentar seus bebês ou para quem deseja ter uma alimentação mais natural no dia-a-dia.
E que venham os orgânicos e os sucos, papas e sopinhas de Benja!
Mais novidades em breve!
P.S.: Esse post não é um post pago. É só um relato de uma experiência de compra que estou compartilhando.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Trocas - e não é de fraldas que estamos falando
Nos últimos dias, na verdade nas últimas semanas, tenho aprendido como trocar experiências da maternidade é bom. Sempre fui uma pessoa mais reservada em relação aos acontecimentos cotidianos da vida e isso sempre me rendeu boas doses de reflexões doídas sozinha e ansiedade.
Desde que o Benjamin nasceu o dia-a-dia de cuidados com ele têm me tomado boa parte, pra não dizer tudo, dos meus pensamentos, dos meus neurônios. Soma-se a esses pensamentos noites mal dormidas, inseguranças, medos, frustrações, expectativas e pronto! Temos uma bomba-relógio mental armada 24 horas por dia.
Mas eis que uma grata surpresa da maternidade me abriu portas. Aliás, fica a dica, filhos abrem portas, janelas e sorrisos, sempre. E comecei a conhecer melhor algumas mães aqui do bairro. Imagine só, numa cidade como São Paulo, uma moradora de prédio, não muito sociável começa a fazer amigas do bairro! E tudo isso graças aos pimpolhos e cachorros que se reunem na Pracinha.
São pelo menos 10 mães que se encontram quase que diariamente para banhos de sol em seus pimpolhos e trocas de experiências sobre a vida de mãe. Então todos os dias a gente descobre que não é só a gente que passa por isso ou aquilo, que não é só a gente que tem filho que não dorme, que faz birra, que só gosta de colo. E isso faz um bem danado. E isso ajuda a gente a se construir mais e melhor como mãe. E isso cria relacionamentos futuros para os nossos filhos que deixarão de ser crianças de apartamento, isoladas, para serem crianças de amigos da pracinha, da rua. Isso dá a chance de eles não serem apenas viciados em videogame, como parecem ser todas as crianças dessa nova geração, mas crianças que curtem o sol, amam os bichos, sobem em árvores, empinam pipa, jogam bola, andam de bicicleta, se machucam, brincam e brigam.
A mãe trocar permite ao filho trocar e ter possibilidades de escolhas no futuro. A mãe se abrir abre o filho para o mundo e para um universo mais rico e belo. E que sejam assim as manhãs e tardes de pracinha, com estacionamento de carrinhos de bebês, coleiras, bolas e brinquedos compartilhados!
Desde que o Benjamin nasceu o dia-a-dia de cuidados com ele têm me tomado boa parte, pra não dizer tudo, dos meus pensamentos, dos meus neurônios. Soma-se a esses pensamentos noites mal dormidas, inseguranças, medos, frustrações, expectativas e pronto! Temos uma bomba-relógio mental armada 24 horas por dia.
Mas eis que uma grata surpresa da maternidade me abriu portas. Aliás, fica a dica, filhos abrem portas, janelas e sorrisos, sempre. E comecei a conhecer melhor algumas mães aqui do bairro. Imagine só, numa cidade como São Paulo, uma moradora de prédio, não muito sociável começa a fazer amigas do bairro! E tudo isso graças aos pimpolhos e cachorros que se reunem na Pracinha.
São pelo menos 10 mães que se encontram quase que diariamente para banhos de sol em seus pimpolhos e trocas de experiências sobre a vida de mãe. Então todos os dias a gente descobre que não é só a gente que passa por isso ou aquilo, que não é só a gente que tem filho que não dorme, que faz birra, que só gosta de colo. E isso faz um bem danado. E isso ajuda a gente a se construir mais e melhor como mãe. E isso cria relacionamentos futuros para os nossos filhos que deixarão de ser crianças de apartamento, isoladas, para serem crianças de amigos da pracinha, da rua. Isso dá a chance de eles não serem apenas viciados em videogame, como parecem ser todas as crianças dessa nova geração, mas crianças que curtem o sol, amam os bichos, sobem em árvores, empinam pipa, jogam bola, andam de bicicleta, se machucam, brincam e brigam.
A mãe trocar permite ao filho trocar e ter possibilidades de escolhas no futuro. A mãe se abrir abre o filho para o mundo e para um universo mais rico e belo. E que sejam assim as manhãs e tardes de pracinha, com estacionamento de carrinhos de bebês, coleiras, bolas e brinquedos compartilhados!
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Benja já toma leitinho!
Agora a vaquinha é nossa amiga de novo! |
Foi um processo que demorou semanas a acontecer, com a provocação indireta acontecendo por quase um mês, por meio da liberação do consumo de leite de vaca e derivados na dieta da mamãe aqui e depois de quase 10 dias, reintroduzindo o leite de vaca (por meio de fórmulas) na alimentação gradualmente.
Hoje Benjamin está mamando no peito, animado como sempre, e já toma um leitinho da mamadeira normal e bem mais saboroso!
De todo esse tempo com a alergia e depois o teste ficam alguns aprendizados:
1. O primeiro deles é ter paciência, muita paciência.
2. Os problemas surgem mesmo na vida e a gente tem que ter sabedoria pra encará-los de maneira sempre positiva.
3. Filhos vem com programações especiais adaptadas a cada pai e mãe, de preferência pra ajudarem a trabalhar as nossas próprias dificuldades.
4. Essa coisa de alergia é chata sim, mas passa.
5. A gente pode ter uma alimentação muito mais saudável se a gente parar pra pensar um pouco e começar a ler os rótulos do que a gente consome. Isso eu aprendi com essa alergia e vou carregar para a alimentação dele e minha daqui por diante.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Expectativas
As expectativas dos outros matam, né não gente?
Desde a gravidez que eu percebo como as pessoas são ansiosas em relação aos outros.
Na gravidez as perguntas evoluíram do "quantos meses?" até o "quando nasce?" passando por "é menino ou menina?" repetidas e sempre antecipadamente.
Depois que o bebe nasce entra a questão do peso e do tamanho. O "mama bem?" também é recorrente e até aí a gente pode administrar bem, sem maiores neuras.
Mas quando as pessoas começam a questionar se o bebê já faz isso ou aquilo, se é capaz de dar tchauzinho, virar ou dormir a noite toda, aí o bicho pega. Aí as pessoas começam a depositar expectativas e ansiedades em cima de um bebêzinho. Aí começam as comparações, ansiedades e críticas.
E não é que eu pense que isso não faz parte do mundo, mas que é cruel, é, né?
Por isso sempre me pergunto por qual razão as pessoas fazem isso e com qual intuito?
Por que não somos mais cuidadosos ao inquirir os outros, sobretudo em relação aos filhos? Por qual motivo desejamos comparar o tempo todo?
Fica a reflexão sobre de onde vem essa ansiedade que movimenta o mundo e deixa as coisas sempre mais difíceis.
Desde a gravidez que eu percebo como as pessoas são ansiosas em relação aos outros.
Na gravidez as perguntas evoluíram do "quantos meses?" até o "quando nasce?" passando por "é menino ou menina?" repetidas e sempre antecipadamente.
Depois que o bebe nasce entra a questão do peso e do tamanho. O "mama bem?" também é recorrente e até aí a gente pode administrar bem, sem maiores neuras.
Mas quando as pessoas começam a questionar se o bebê já faz isso ou aquilo, se é capaz de dar tchauzinho, virar ou dormir a noite toda, aí o bicho pega. Aí as pessoas começam a depositar expectativas e ansiedades em cima de um bebêzinho. Aí começam as comparações, ansiedades e críticas.
E não é que eu pense que isso não faz parte do mundo, mas que é cruel, é, né?
Por isso sempre me pergunto por qual razão as pessoas fazem isso e com qual intuito?
Por que não somos mais cuidadosos ao inquirir os outros, sobretudo em relação aos filhos? Por qual motivo desejamos comparar o tempo todo?
Fica a reflexão sobre de onde vem essa ansiedade que movimenta o mundo e deixa as coisas sempre mais difíceis.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Novos olhares
Desde que me tornei mãe de um bebê que existe fora da barriga tenho
feito um exercício, que não sei se todo mundo faz. Tento, o tempo todo,
me colocar no lugar do Benjamin, sem julgamentos ou grandes fantasias.
Como será que é ser bebê? Como é enxergar o mundo pelo teto (ou pelo
céu, num lugar aberto) o tempo todo? Afinal de contas, ficar deitado o tempo todo deve ser um saco. Como é depender de alguém para se movimentar ou, simplesmente, olhar ao redor por outro ângulo?
Qual a sensação que os objetos mais corriqueiros nos trazem quando colocados a boca? O que os sons nos transmitem quando estamos apenas atentos à eles, soltos de compreender significados? Qual a reação que a pele tem quando tocada por uma mão demasiadamente fria? Quando estamos com calor e nossos pés estão cobertos ou estamos muito agasalhados, como nos sentimos?
Essas reflexões têm feito com que eu consiga me colocar um pouco mais no lugar do meu pequeno e, por conseguinte, respeitar um pouco mais o tempo dele e o jeito dele para se relacionar com as coisas e com o mundo. Imagine que você está num novo trabalho e, de repente, seu chefe exige de você que os resultados sejam superados diariamente, que você seja obrigado a ter, de um dia para o outro uma super habilidade para fazer contas, ou analisar cases. Seria difícil, não? Você ficaria estressado, não ficaria?
Pois bem, a vida de um bebê é assim. Todo dia é um desafio novo, uma descoberta. Todo dia tem um limite superado. Todo dia é difícil. Imagina se você for pressionado a dar resultados rápido, fica bem mais complicado, não? E é por isso que esse meu exercício de me colocar no lugar dele me faz mais complacente, mais terna, menos rígida, menos exigente com ele. A infância é difícil, embora não seja fácil entender isso. Ser bebê é ter um monte de limitações, que se abrem em mil possibilidades, mas nem por isso a vida a gente tira de letra, né não? Então porque não tornar tudo mais leve e despretensioso? Porque não deixar as coisas rolarem com menos, ou nenhuma, ansiedade? E que os aprendizados que os pequenos nos trazem sejam cada dia melhor aproveitados para o nosso dia-a-dia.
Qual a sensação que os objetos mais corriqueiros nos trazem quando colocados a boca? O que os sons nos transmitem quando estamos apenas atentos à eles, soltos de compreender significados? Qual a reação que a pele tem quando tocada por uma mão demasiadamente fria? Quando estamos com calor e nossos pés estão cobertos ou estamos muito agasalhados, como nos sentimos?
Essas reflexões têm feito com que eu consiga me colocar um pouco mais no lugar do meu pequeno e, por conseguinte, respeitar um pouco mais o tempo dele e o jeito dele para se relacionar com as coisas e com o mundo. Imagine que você está num novo trabalho e, de repente, seu chefe exige de você que os resultados sejam superados diariamente, que você seja obrigado a ter, de um dia para o outro uma super habilidade para fazer contas, ou analisar cases. Seria difícil, não? Você ficaria estressado, não ficaria?
Pois bem, a vida de um bebê é assim. Todo dia é um desafio novo, uma descoberta. Todo dia tem um limite superado. Todo dia é difícil. Imagina se você for pressionado a dar resultados rápido, fica bem mais complicado, não? E é por isso que esse meu exercício de me colocar no lugar dele me faz mais complacente, mais terna, menos rígida, menos exigente com ele. A infância é difícil, embora não seja fácil entender isso. Ser bebê é ter um monte de limitações, que se abrem em mil possibilidades, mas nem por isso a vida a gente tira de letra, né não? Então porque não tornar tudo mais leve e despretensioso? Porque não deixar as coisas rolarem com menos, ou nenhuma, ansiedade? E que os aprendizados que os pequenos nos trazem sejam cada dia melhor aproveitados para o nosso dia-a-dia.
sábado, 28 de julho de 2012
5 meses!
Papai e Benjamin na pracinha no dia dos 5 meses! |
Já se interessa por tudo que vai à boca das pessoas, sobretudo por copos transparentes e água. Acho que você imagina que tudo é a sua mamadeira, ou poderia ser, se dependesse de você.
É risonho e cosquento. Morre de cócegas no pescoço e acha engraçado quando eu mordo suas bochechas com o lábio. Identifica a minha voz e a do seu pai em qualquer ambiente e demonstra clara predileção por nós - ainda bem, rsrsrs.
Já usa roupas G ou o tamanho de 6 a 9 meses e seu sapato já precisa ser maior que o número 17.
Gosta de música, a da onça pintada é uma das que está nas paradas de sucesso. Está a cada dia maior e mais esperto. Na última consulta médica você media 67,5cm e pesava 7,6kg.
Está aprendendo, aos poucos, a dormir no seu berço durante o dia. Continua duro na queda para adormeces, mas com paciência as coisas têm evoluído bem.
Ainda acorda uma ou duas vezes para mamar durante a noite, quando não resolve despertar para brincar em horários inapropriados para menores.
É lindo e conquista todos a sua volta. Vai à pracinha quase todos os dias e já virou conhecido no bairro, sobretudo na padaria.
Como diz sua Bisa: "Benzadeus e que Deus conserve!"
Feliz 5 meses, filho!
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Enxoval do bebê (Parte I)
Há tempos estou para escrever sobre o enxoval. Esse item não me causou grande estresse na gravidez e nem acho que deveria causar às outras pessoas. A única coisa com a qual realmente me preocupei, no sentido de correr atrás, foi de deixar os itens que precisaria levar para a maternidade comprados e devidamente lavados e passados com antecedência.
Depois de muito pesquisar listas na internet concluí que não precisaria de muitas coisas para os primeiros dias do bebê e que partir da lista da maternidade para pensar no resto seria o caminho mais simples.
A maioria das maternidades pede que se leve seis conjuntos completos de troca de roupa, ou seja, seis bodys, seis calçolas, seis macacões. Com esse número em mãos pensei que durante uma semana, se o bebê, por uma eventualidade, usasse num dia três trocas de roupas diferentes (o que é bastante improvável) ainda restariam outras três e daria tempo de lavar e secar as roupas. Pensando nessa conta e incluindo uma margem de erro, cheguei ao número 8. Ou seja, oito trocas de roupas completas para os primeiros dias do bebê seriam suficientes considerando qualquer tipo de eventualidade e qualquer tipo de clima (e falando dos tamanhos RN e P).
Para o bebê um pouco maior achei justo aumentar um pouco a quantidade, afinal de contas eles passam mais tempo no chão e começam a babar horrores, o que aumenta bem a quantidade de vezes que você precisa trocar, ao menos o body. Então, para as roupas M e G estabelecemos a quantidade de 10 trocas completas.
Vale relembrar que estamos falando aqui de um número mínimo de peças. Não que eu ache que seja necessário mais do que isso, mas a gente também sabe que bebês sempre ganham muita roupa.
Uma outra dúvida que eu tinha era: Certo, são 10 peças de cada, mas como sei quantas de manga curta e quantas de manga cumprida? Eu fui de acordo com a estação do ano. Como o Benjamin nasceu no verão escaldante priorizei as peças de manga curta e os macacões de malha. Eram 5 macacões de manga curta e 3 de manga cumprida. Para os M e G, fiz a conta segundo a época do ano e sempre há mais peças que combinam melhor com a estação que vai vir. Agora estamos no inverno, portanto, mais mangas cumpridas do que curtas.
Uma coisa que eu não imaginei que fosse ser tão útil, mas é são os cueiros. Cueiros são uma espécie de manta quadrada bem grande que serve para enrolar o bebê. Uma pesquisa holandesa mostra os benefícios do uso dessa peça nos bebês, sobretudo nos menorzinhos (veja a matéria aqui). Um número mínimo, bom de cueiros para enrolar o bebê são 3 peças. Além disso, duas mantas mais quentinhas e duas mais leves são mais do que suficientes para aquecer os pequenos.
Fora isso, meias, gorros e luvinhas podem ser utilizadas com critério, umas vez que os bebês transpiram por suas extremidades, ou seja, mãos, pés e cabeça. Por essa razão é importante não deixar essas partes do corpinho cobertas do tempo todose não estiver realmente frio.
Depois de muito pesquisar listas na internet concluí que não precisaria de muitas coisas para os primeiros dias do bebê e que partir da lista da maternidade para pensar no resto seria o caminho mais simples.
A maioria das maternidades pede que se leve seis conjuntos completos de troca de roupa, ou seja, seis bodys, seis calçolas, seis macacões. Com esse número em mãos pensei que durante uma semana, se o bebê, por uma eventualidade, usasse num dia três trocas de roupas diferentes (o que é bastante improvável) ainda restariam outras três e daria tempo de lavar e secar as roupas. Pensando nessa conta e incluindo uma margem de erro, cheguei ao número 8. Ou seja, oito trocas de roupas completas para os primeiros dias do bebê seriam suficientes considerando qualquer tipo de eventualidade e qualquer tipo de clima (e falando dos tamanhos RN e P).
Para o bebê um pouco maior achei justo aumentar um pouco a quantidade, afinal de contas eles passam mais tempo no chão e começam a babar horrores, o que aumenta bem a quantidade de vezes que você precisa trocar, ao menos o body. Então, para as roupas M e G estabelecemos a quantidade de 10 trocas completas.
Vale relembrar que estamos falando aqui de um número mínimo de peças. Não que eu ache que seja necessário mais do que isso, mas a gente também sabe que bebês sempre ganham muita roupa.
Uma outra dúvida que eu tinha era: Certo, são 10 peças de cada, mas como sei quantas de manga curta e quantas de manga cumprida? Eu fui de acordo com a estação do ano. Como o Benjamin nasceu no verão escaldante priorizei as peças de manga curta e os macacões de malha. Eram 5 macacões de manga curta e 3 de manga cumprida. Para os M e G, fiz a conta segundo a época do ano e sempre há mais peças que combinam melhor com a estação que vai vir. Agora estamos no inverno, portanto, mais mangas cumpridas do que curtas.
Fonte: google |
Uma coisa que eu não imaginei que fosse ser tão útil, mas é são os cueiros. Cueiros são uma espécie de manta quadrada bem grande que serve para enrolar o bebê. Uma pesquisa holandesa mostra os benefícios do uso dessa peça nos bebês, sobretudo nos menorzinhos (veja a matéria aqui). Um número mínimo, bom de cueiros para enrolar o bebê são 3 peças. Além disso, duas mantas mais quentinhas e duas mais leves são mais do que suficientes para aquecer os pequenos.
Fora isso, meias, gorros e luvinhas podem ser utilizadas com critério, umas vez que os bebês transpiram por suas extremidades, ou seja, mãos, pés e cabeça. Por essa razão é importante não deixar essas partes do corpinho cobertas do tempo todose não estiver realmente frio.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Teste de provocação APLV - fase 1
Amanhã completaremos as duas semanas com a minha dieta liberada para leite e derivados e até agora, tudo normal!!!!! \o/
Isso significa que a partir de sexta-feira Benjamin começará a receber leite de vaca direto na mamadeira para testar, mais um pouco, seu organismo pelos próximos 15 dias. A partir da reação dele ao final desse mês de teste começaremos a introduzir outros alimentos como suquinhos e frutas.
O único problema maior desses últimos dias têm sido a frequência de evacuações. O célebre cocô é coisa rara de se ver por essas bandas. Acontece a cada dois ou três dias na melhor das hipóteses e já chegamos ao recorde - aflitivo - de 4 dias sem o dito fedidão.
Hoje é dia de consulta no médico e de pedir orientações a respeito. A água de ameixa, tão salvadora nos primeiros meses de vida dele têm sido rejeitada pelo pequeno nos últimos dias. E agora? O que fazer? Alguém tem alguma dica sobre o que ajuda a regular o intestino do bebê que só toma leite?
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Maus hábitos
Há algumas semanas Benjamin tem se mostrado fissurado em alguns maus hábitos que temos batalhado para melhorar.
O mais antigo deles é o fato de, em 99% da vezes, ele só dormir no colo durante o dia. Já tentei várias técnicas e nada funciona. Carrinho, balancinho, berço, bebê conforto, tudo. Ele não dorme fora do colo a menos que, depois de andar com ele uns 40 minutos no carrinho os santos todos conspirem a favor e ele permaneça nas asas de morfeu. Segundo algumas pessoas isso é manha, de acordo com algumas teorias da psicologia isso mostra a necessidade de contato dele, e é algo que irá se resolver naturalmente com o passar do tempo e à medida que ele fica mais e mais seguro sobre si e sobre o mundo ao seu redor.
Outro mau hábito é adormecer mamando ou sendo freneticamente ninado. Essa começou há pouco tempo e boa parte da culpa é minha. Às vezes é mais rápido fazer ele dormir mamando, noutros momentos é ele mesmoque procura o peito e eu acho uma sacanagem negar. Percebo também que à medida que ele cresce mais chato fica dormir, afinal de contas é tão bom fazer outras coisas, né?
Colo, colo, colo. Você adora colo e eu confesso, não acho ruim não. Poxa vida, tenho certeza que quando ele começar a engatinhar ou andar o colo ficará muito, muito menos interessante. De qualquer modo, estamos trabalhando intensivamente no módulo "Benjamin fica no chão" e parece estar funcionando. A cada dia ele me parece mais independente.
E por hora esses têm sido nossos pequenos dilemas. Será que conseguiremos resolvê-los? Só o tempo e a persistência dirão!
Fonte da imagem: www.babydicas.com.br |
Outro mau hábito é adormecer mamando ou sendo freneticamente ninado. Essa começou há pouco tempo e boa parte da culpa é minha. Às vezes é mais rápido fazer ele dormir mamando, noutros momentos é ele mesmoque procura o peito e eu acho uma sacanagem negar. Percebo também que à medida que ele cresce mais chato fica dormir, afinal de contas é tão bom fazer outras coisas, né?
Colo, colo, colo. Você adora colo e eu confesso, não acho ruim não. Poxa vida, tenho certeza que quando ele começar a engatinhar ou andar o colo ficará muito, muito menos interessante. De qualquer modo, estamos trabalhando intensivamente no módulo "Benjamin fica no chão" e parece estar funcionando. A cada dia ele me parece mais independente.
E por hora esses têm sido nossos pequenos dilemas. Será que conseguiremos resolvê-los? Só o tempo e a persistência dirão!
sexta-feira, 13 de julho de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
O Vira!
Aos 12 dias do mês de julho do ano de 2012 fomos surpreendidos com uma façanha do nosso pequeno gigante. Há semanas ele já ensaiava essa evolução, mas hoje, num piscar de olhos, tudo mudou. Tudo mudou e ele virou! O primeiro grande passo da vida dele para ser mais um bípede da espécie humana!
Foi tudo muito rápido. Ele estava na cama, de manhã, brincando com os pés como sempre faz e eu estava acompanhando tudo enquanto me trocava. De repente, não mais que de repente, cataploft! O rapazinho estava de bruços na cama sem saber o que fazer e um tanto assustado com seu próprio feito. Ele assustado, sem rumo e eu morrendo de orgulho! Dei um beijo nele, dei os parabéns e como ele não sabia o que fazer ajudei ele a desdobrar o braço e depois a se desvirar. O pior de tudo é que eu estava do lado e não vi o momento "H". Aconteceu numa hora em que eu me virei de costas.
Fiquei pensando que era uma grande injustiça eu não ter visto ele virar, já que há dias estou esperando por esse momento, mas depois fiquei pensando que assim mesmo seria a vida. Tantas coisas que a gente quer ver acontecer na vida dele, partilhar, ajudar a fazer acontecer e simplesmente não dá. Não dá porque é ele mesmo que tem seu tempo e a gente não pode, nem deve, interferir. Muitas vezes ele tomará decisões, alcançará objetivos, crescerá e eu não vou ver tudo acontecer em detalhes. Só posso ficar ao lado dele para ajudá-lo a se desvirar nas situações mais difíceis e apoiar e vibrar com suas conquistas!
E que ele siga se virando pelo mundo, sempre!
Foi tudo muito rápido. Ele estava na cama, de manhã, brincando com os pés como sempre faz e eu estava acompanhando tudo enquanto me trocava. De repente, não mais que de repente, cataploft! O rapazinho estava de bruços na cama sem saber o que fazer e um tanto assustado com seu próprio feito. Ele assustado, sem rumo e eu morrendo de orgulho! Dei um beijo nele, dei os parabéns e como ele não sabia o que fazer ajudei ele a desdobrar o braço e depois a se desvirar. O pior de tudo é que eu estava do lado e não vi o momento "H". Aconteceu numa hora em que eu me virei de costas.
Fiquei pensando que era uma grande injustiça eu não ter visto ele virar, já que há dias estou esperando por esse momento, mas depois fiquei pensando que assim mesmo seria a vida. Tantas coisas que a gente quer ver acontecer na vida dele, partilhar, ajudar a fazer acontecer e simplesmente não dá. Não dá porque é ele mesmo que tem seu tempo e a gente não pode, nem deve, interferir. Muitas vezes ele tomará decisões, alcançará objetivos, crescerá e eu não vou ver tudo acontecer em detalhes. Só posso ficar ao lado dele para ajudá-lo a se desvirar nas situações mais difíceis e apoiar e vibrar com suas conquistas!
E que ele siga se virando pelo mundo, sempre!
terça-feira, 10 de julho de 2012
Banho de chuveiro, de ofurô, banho de balde e de banheira!
Hoje resolvi escrever sobre o banho do Benjamin. Desde que ele chegou em casa a grande maioria dos banhos que ele tomou foi de chuveiro. Essa ideia surgiu a partir da vontade de que ele se relacionasse bem, desde cedo, com a água corrente e também pelo incomodo que é você dar banho nas banheiras convencionais quando se têm mais de 1,60m de altura e um banheiro bem estreito.
No início não foi super simples desenvolver a técnica do banho de chuveiro. Embora ele sempre tenha sido um bebê grande e razoavelmente firme a gente ficava inseguro, com medo de escorregar e por isso, colocar uma banqueta dentro do box foi fundamental para o sucesso da empreitada. A outra coisa que ajuda bastante são embalagens de xampú que não exijam que você tenha que ficar desrosqueando a tampa para abrir, nesse aspecto quando mais prático e tosco, melhor.
O segredo do banho de chuveiro é não ter medo de afogar a criança. Primeiro de tudo, pensa sempre: ela não vai afogar porque ela veio de dentro da água, sabe o que fazer. Segundo, você não vai deixar a criança debaixo do chuveiro por 5 minutos e sim, colocar e tirar aos poucos. Terceiro a sensação da água escorrendo no corpo, o barulho do chuveiro e o pele-a-pele no banho são extremamente confortáveis e relaxantes para o bebê, basta manter a calma e curtir a experiência. Quarto: a hora que a criança fica maior e consegue observar o que acontece ao redor o chuveiro vira um grande móbile. É bonito ver o encantamento dele vendo a água, brilhante, cair lá de cima.
Sobre a saída do banho - Se você tiver alguém em casa que possa ajudar na hora de sair do banho isso super ajuda. Se não, prepare-se para uma ligeira molhaceira. Nessa hora a toalha do bebê à mão e um roupão para você ajudam muito, afinal você não vai conseguir se secar com a toalha enquanto segura seu pimpolho.
Banho de ofurô. A gente tem aqui em casa um mini-ofurô e desde que o Benjamin tem uns 3 meses a gente tem dado banho de ofurô nele nos finais de semana. Ele adora. Tentamos bem no início, mas assim como foi com o banho de balde, o banho de ofurô, no começo, não funcionou. Acho que ele ficava inseguro com aquela quantidade de água e se estressava. Hoje a história é outra. Ele adora o banho, bóia na água, brinca com seus brinquedinhos de banho e treina um pouco de natação, assim no instinto mesmo.
Já o banho de banheira, convencional, foi usado no começo, antes de eu adquirir as técnicas de sair com ele do chuveiro sozinha e, definitivamente, não acho que seja a melhor opção até a criança sentar. Quando ela sentar as coisas mudam de figura e aí exige-se menos de quem está dando o banho...Ou seja, você não precisa ficar tão curvado e durante tanto tempo para a criança curtir o banho. Certamente quando o Benja sentar a banheira voltará a ocupar um lugar no nosso banheiro.
Sobre o banho de balde. Quando eu estava grávida morria de vontade de dar banho de balde nele e qual foi a minha decepção quando eu vi que ele não curtiu? Compramos um balde super legal pra ele e ele não ficou confortável. Não sei se fomos nós que não conseguimos transmitir segurança a ele, mas fato é que ele chorava, se mexia demais e aí o balde foi aposentado. Hoje, nem que quisessemos conseguiriamos retomar a técnica já que ele não cabe mais no balde. Quem sabe no próximo filho, né?
No início não foi super simples desenvolver a técnica do banho de chuveiro. Embora ele sempre tenha sido um bebê grande e razoavelmente firme a gente ficava inseguro, com medo de escorregar e por isso, colocar uma banqueta dentro do box foi fundamental para o sucesso da empreitada. A outra coisa que ajuda bastante são embalagens de xampú que não exijam que você tenha que ficar desrosqueando a tampa para abrir, nesse aspecto quando mais prático e tosco, melhor.
O segredo do banho de chuveiro é não ter medo de afogar a criança. Primeiro de tudo, pensa sempre: ela não vai afogar porque ela veio de dentro da água, sabe o que fazer. Segundo, você não vai deixar a criança debaixo do chuveiro por 5 minutos e sim, colocar e tirar aos poucos. Terceiro a sensação da água escorrendo no corpo, o barulho do chuveiro e o pele-a-pele no banho são extremamente confortáveis e relaxantes para o bebê, basta manter a calma e curtir a experiência. Quarto: a hora que a criança fica maior e consegue observar o que acontece ao redor o chuveiro vira um grande móbile. É bonito ver o encantamento dele vendo a água, brilhante, cair lá de cima.
Sobre a saída do banho - Se você tiver alguém em casa que possa ajudar na hora de sair do banho isso super ajuda. Se não, prepare-se para uma ligeira molhaceira. Nessa hora a toalha do bebê à mão e um roupão para você ajudam muito, afinal você não vai conseguir se secar com a toalha enquanto segura seu pimpolho.
Banho de ofurô. A gente tem aqui em casa um mini-ofurô e desde que o Benjamin tem uns 3 meses a gente tem dado banho de ofurô nele nos finais de semana. Ele adora. Tentamos bem no início, mas assim como foi com o banho de balde, o banho de ofurô, no começo, não funcionou. Acho que ele ficava inseguro com aquela quantidade de água e se estressava. Hoje a história é outra. Ele adora o banho, bóia na água, brinca com seus brinquedinhos de banho e treina um pouco de natação, assim no instinto mesmo.
Já o banho de banheira, convencional, foi usado no começo, antes de eu adquirir as técnicas de sair com ele do chuveiro sozinha e, definitivamente, não acho que seja a melhor opção até a criança sentar. Quando ela sentar as coisas mudam de figura e aí exige-se menos de quem está dando o banho...Ou seja, você não precisa ficar tão curvado e durante tanto tempo para a criança curtir o banho. Certamente quando o Benja sentar a banheira voltará a ocupar um lugar no nosso banheiro.
Sobre o banho de balde. Quando eu estava grávida morria de vontade de dar banho de balde nele e qual foi a minha decepção quando eu vi que ele não curtiu? Compramos um balde super legal pra ele e ele não ficou confortável. Não sei se fomos nós que não conseguimos transmitir segurança a ele, mas fato é que ele chorava, se mexia demais e aí o balde foi aposentado. Hoje, nem que quisessemos conseguiriamos retomar a técnica já que ele não cabe mais no balde. Quem sabe no próximo filho, né?
quinta-feira, 5 de julho de 2012
O que aprendo com a APLV
Como já contei aqui quando tinha mais ou menos um mês e meio de vida Benjamin foi diagnosticado com Alergia a Proteína do Leite de Vaca e desde então estou numa dieta bastante rigorosa, que exclui leite e qualquer um de seus derivados.
Fonte: www.alergiaaoleitedevaca.com.br |
O começo
da dieta não foi fácil. A gente esquece que um monte de coisas que a gente come
no dia-a-dia e que, aparentemente são inofensivas, masque levam derivados de
leite. Um arroz feito na manteiga, um pão que leva margarina na massa, um bolo
que tem achocolatado, uma bala que contém espessantes, um refrigerante que usa
corante caramelo....Por isso li bastante a respeito e encontrei algumas listas
de discussão que davam dicas de como fazer a dieta ficar sem furos. Entre as
fontes que pesquisei está o site Alergia ao Leite de Vaca
(http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/), que tem essa tabela ótima e super
completa sobre o que não se pode comer se você está numa dieta de restrição de
leite de vaca.
O começo
foi difícil, além de não saber o que eu podia ou não comer, a gente passa uma
vontade do cão. Sempre adorei leite e ele sempre fez parte da minha dieta, de
repente me ver sem ele não foi assim super simples.
Fato é
que desde que a dieta ficou restrita e mudamos o LA Benjamin é outro bebê,
muito mais tranquilo, risonho e calmo. E eu uma pessoa mais controlada e
saudável.
Certa vez
recebi a visita de uma grande amiga, que quando soube da alergia dele, em vez
de ter a reação padrão de quase todo mundo que é um
"Ai...tadinhos..." me disse: "Olha que coisa boa isso, que
oportunidade de você tornar sua dieta mais saudável e fazer bem a ele!".
Isso mudou meu olhar sobre a APLV. Deixei de encarar a dieta como um problema e
passei a vê-la como um presente, uma oportunidade.
Segundo
os médicos, esse tipo de alergia desaparece na maioria das crianças até os 2
anos de idade, podendo acontecer antes desse prazo; e é por isso que ao longo
da vida do bebê com alergia se fazem testes de reintrodução de proteína de
leite de vaca para saber como a criança vai reagir. Para os bebês que são
alimentados exclusivamente no peito o teste é feito pela reintrodução do leite
na dieta da mãe. Nos bebês que usam complementação de LA, caso do Benjamin, há
dois caminhos: a provocação indireta (Quando a mãe recomeça a tomar leite) e a
provocação direta (misturando-se ao leite especial da mamadeira as fórmulas
comuns de leite, que levam leite de vaca).
Hoje faz 3 meses que estamos na dieta e chegou o momento de
fazermos o teste de provocação indireta. Segundo o Pediatra, em 20% dos casos
as crianças que têm APLV apresentam
reações alérgicas a reintrodução do leite de vaca na dieta materna em 2 dias.
Os outros 80% demoram até 15 dias para demonstrar alguma alteração. Entre os
sintomas que precisam ser observados estão choro, irritabilidade, manifestações
na pele e evacuações. Ou seja, teremos 15 dias, daqui em diante para ver como
ele se comportará. Se passarmos nesse teste iremos para a fase direta de
provocação, introduzindo, aos poucos (aumentando as proporções gradualmente)
leite de vaca na mamadeira dele, até que ele seja capaz de digerir sozinho as
proteínas do leite.
Confesso que dá um medo a gente fazer esse teste e expô-lo
ao mal estar, mas ao mesmo tempo é algo que pode dar certo e permitir que ele
tenha uma alimentação um pouco mais simples e barata, considerando que o LA
especial é bem caro.
Disso tudo, além da minha confiança de que dará tudo certo
fica um grande aprendizado. A gente não precisa do leite de vaca na nossa vida.
A alimentação pode ser, mesmo sem o leite e seus derivados, gostosa e saudável
e isso vou levar para a minha vida e para a dele. Os excessos podem ser
cortados sem prejuízo de experiências do paladar. Para quem duvida um texto do
MMQD, que pode ser lido aqui
e fala sobre isso, crianças que têm alergia alimentar comem melhor.
Daqui alguns dias conto como está sendo nosso teste e se,
finalmente, Benjamin poderá comer uma pizza quatro queijos bem gordinha quando
for grandão!
Reflexões sobre ser mãe
Não é fácil esse negócio de ser mãe, né? Tá certo que esforço e preocupação nenhuma do mundo são maiores do que a alegria de um sorriso banguelo e um olhar encantado olhando pra gente, mas aff, que trabalheira.
Tudo que a gente faz, a nossa mínima ação - ou falta de - refletem, sabe-se lá de qual maneira no futuro do ser que a gente mais ama e isso faz tudo tomar uma dimensão muito, muito grande. Não é só "Ah deixa ele chorar até acalmar" ou "Ah, pega ele no colo e desencana". Por trás de cada atitude dessa existem dezenas de valores que estão em jogo. Por trás de cada tentativa de fazê-lo dormir no berço e ceder ao colo, por trás das tentativas de amamentar, por trás da decisão de não deixá-lo em frente a televisão. Tudo tem uma razão, um motivo, por mais escondido que ele esteja.
E essa é a vida de mãe. Esse é o raciocínio das mães. Mães não conseguem ser óbvias e simples o tempo todo. Mãe é um ser complexo, inseguro, tentando mostrar segurança o tempo todo nas suas escolhas. Mãe pensa mais com o coração do que com a cabeça. Mãe sente mais do que raciocina. Mãe é ser intuitivo. Mãe é bicho, experimenta mexer com a cria dela pra ver. Mãe ama mais que tudo, mais que todos, mais que a si mesma. Mãe é entrega, é dor, é regojizo tudo junto ao mesmo tempo e agora. Mãe é gato, que lambe a cria e espanta quem ameaça a paz da família.
Tudo que a gente faz, a nossa mínima ação - ou falta de - refletem, sabe-se lá de qual maneira no futuro do ser que a gente mais ama e isso faz tudo tomar uma dimensão muito, muito grande. Não é só "Ah deixa ele chorar até acalmar" ou "Ah, pega ele no colo e desencana". Por trás de cada atitude dessa existem dezenas de valores que estão em jogo. Por trás de cada tentativa de fazê-lo dormir no berço e ceder ao colo, por trás das tentativas de amamentar, por trás da decisão de não deixá-lo em frente a televisão. Tudo tem uma razão, um motivo, por mais escondido que ele esteja.
E essa é a vida de mãe. Esse é o raciocínio das mães. Mães não conseguem ser óbvias e simples o tempo todo. Mãe é um ser complexo, inseguro, tentando mostrar segurança o tempo todo nas suas escolhas. Mãe pensa mais com o coração do que com a cabeça. Mãe sente mais do que raciocina. Mãe é ser intuitivo. Mãe é bicho, experimenta mexer com a cria dela pra ver. Mãe ama mais que tudo, mais que todos, mais que a si mesma. Mãe é entrega, é dor, é regojizo tudo junto ao mesmo tempo e agora. Mãe é gato, que lambe a cria e espanta quem ameaça a paz da família.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Comentários
Pessoal,
Obrigada pelos comentários. Não imaginam como eles me estimulam a continuar escrevendo. Tá certo que são poucos dias de blog e histórias, mas faço votos que esses dias aumentem, assim como as memórias e reflexões sobre a maternidade.
Vou sempre responder aos comentários nos próprios posts, certo?
Mais uma vez, mil vezes obrigada!
Bj
Obrigada pelos comentários. Não imaginam como eles me estimulam a continuar escrevendo. Tá certo que são poucos dias de blog e histórias, mas faço votos que esses dias aumentem, assim como as memórias e reflexões sobre a maternidade.
Vou sempre responder aos comentários nos próprios posts, certo?
Mais uma vez, mil vezes obrigada!
Bj
terça-feira, 3 de julho de 2012
Coisas que eu não quero esquecer sobre você (Parte II)
Filho, outro dia me dei conta de que agora você já demonstra preferências por algumas coisas. Desde que o Tio Tiago trouxe pra você o tapetão de brincar você passa bom tempo do seu dia lá cercado de brinquedos e, até agora, os três que você mais gosta (sem contar o tapete em si) são:
A Bola, o Mordedor de mãozinha e o Chocalho do Corinthians. Todos eles foram presente de pessoas muito especiais. Quem te deu a Bola foi a Tia Dê, O mordedor os Tios Marcelo e Dedé, Mauro e Andressa que te deram. Não é que eles tenham dividido o presente, mas eles te deram o mesmo presente! (Quanto bom gosto, né). O chocalho do Corinthians foi presente de Natal de antes de você nascer e quem te deu foram os Tios Thiago, Carla e Nataniel.
Você adora todos eles e vive com eles na boca, apertando, babando mordendo. Acho que o mais legal é que além de todos eles serem super leves todos fazem barulho e você gosta de barulho (acho que puxou ao seu pai).
Não podia, filho, deixar de registrar aqui suas preferências nesses seus 4 meses e uma semana de vida. E que venham muitos brinquedos, bagunças, cores e sabores na sua vida!
A Bola, o Mordedor de mãozinha e o Chocalho do Corinthians. Todos eles foram presente de pessoas muito especiais. Quem te deu a Bola foi a Tia Dê, O mordedor os Tios Marcelo e Dedé, Mauro e Andressa que te deram. Não é que eles tenham dividido o presente, mas eles te deram o mesmo presente! (Quanto bom gosto, né). O chocalho do Corinthians foi presente de Natal de antes de você nascer e quem te deu foram os Tios Thiago, Carla e Nataniel.
Você adora todos eles e vive com eles na boca, apertando, babando mordendo. Acho que o mais legal é que além de todos eles serem super leves todos fazem barulho e você gosta de barulho (acho que puxou ao seu pai).
Não podia, filho, deixar de registrar aqui suas preferências nesses seus 4 meses e uma semana de vida. E que venham muitos brinquedos, bagunças, cores e sabores na sua vida!
O melhor bolo de laranja ever (e sem leite e manteiga)
Aí que isso aqui é um blog de família e inspirada num post do MMQD, muito saboroso, que você pode ler aqui: resolvi postar a receita de um bolo de laranja sensacional sem leite e sem manteiga que fica sempre úmido, fofinho, corado e nunca, nunca dá errado!
Bolo de Laranja (sem leite e sem manteiga)
Ingredientes
2 ovos
1 xícara de chá de óleo
1 xícara de chá de suco de laranja (já usei suco de maracujá e também ficou ótimo)
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1/2 pacote de coco ralado ou quanto baste de coco ralado fresco (opcional)
Preparo
Preaqueça o forno por cerca de 15 minutos. Depois, em uma tigela misture bem os 2 ovos, o óleo, o açúcar e o suco de laranja até a mistura ficar bem incorporada. Na sequência adicione, aos poucos, a farinha de trigo, sempre mexendo bem para não empelotar. Se quiser, depois da massa homogênea, adicione o coco ralado. Coloque em forma untada (sempre unto com óleo e povilho com farinha de trigo depois) e leve para assar. Em 30 minutos o bolo fica pronto, mas é claro que você deve monitorar e ver se o palitinho sai seco. Não deixe queimar para fazer a montagem abaixo.
Montagem
Faça duas receitas do bolo em formas de aro removível, deixe esfriar a massa e desenforme. Corte o centro da parte superior de uma das massas (a que vai ficar por baixo) fazendo uma cavidade no bolo. Lembre-se de deixar bordas largas porque não vai cobertura no bolo. Recheie com a geleia de sua preferência. Nesse bolo da foto o recheio foi de geleia de frutas vermelhas. Depois, coloque por cima a segunda massa e povilhe com açúcar de confeiteiro. Enfeite com frutas frescas.
Bolo de Laranja (sem leite e sem manteiga)
Ingredientes
2 ovos
1 xícara de chá de óleo
1 xícara de chá de suco de laranja (já usei suco de maracujá e também ficou ótimo)
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1/2 pacote de coco ralado ou quanto baste de coco ralado fresco (opcional)
Preparo
Preaqueça o forno por cerca de 15 minutos. Depois, em uma tigela misture bem os 2 ovos, o óleo, o açúcar e o suco de laranja até a mistura ficar bem incorporada. Na sequência adicione, aos poucos, a farinha de trigo, sempre mexendo bem para não empelotar. Se quiser, depois da massa homogênea, adicione o coco ralado. Coloque em forma untada (sempre unto com óleo e povilho com farinha de trigo depois) e leve para assar. Em 30 minutos o bolo fica pronto, mas é claro que você deve monitorar e ver se o palitinho sai seco. Não deixe queimar para fazer a montagem abaixo.
Montagem
Bolo de laranja com coco e geleia de frutas vermelhas |
Relato de amamentação e APLV (Parte II)
Como já contei aqui o começo da amamentação não foi nada fácil. Quando escrevi o primeiro texto Benjamin tinha 25 dias e estava com a alimentação sendo complementada por NAN Confor 1.
A alimentação com LA (Leite Artificial) não é nada simples. Em alguns bebês, sobretudo no início, ela pode causar prisão de ventre e cólicas então é importante acertar o leite aos poucos. Hoje existem muitas marcas no mercado o que permite que as mães, sempre junto aos pediatras de seus filhos, encontrem a melhor opção para o bebê.
Mas fato é que aos 25 dias de vida Benjamin só chorava. O dia todo, todos os dias e grande parte da noite. Foi um período muito difícil, desses duros de lembrar porque ao choro dele misturava-se meu cansaço, a insegurança e os hormônios mega alterados depois do parto.
O choro incessante foi motivo de teorias inesgotáveis de todos, até de quem via o menino chorando na rua... "Ah! É fome!", "Ah! é cólica!", "Nossa essa mãe é uma monstruosidade e belisca essa criança o dia todo." (a última ninguém falou, mas que pensaram, pensaram. rsrsrs). Bom, sabíamos que fome não era o motivo das lágrimas. Benjamin sempre ganhou peso muito bem, graças a Deus. Então acreditamos que era a hora da cólica. Fizemos de tudo que existe. Massagem, reza brava, remédio alopático, homeopatia e tudo mais. Até encontramos o último pote de Funchicórea do mundo, cedido por uma amiga. E sabe qual foi o resultado? Nenhum. O choro não parava e o menino seguia dependurado nos meus peitos dia e noite.
Passamos ao passo 2: Refluxo. Ele chora porque tem refluxo. E eu pensava "Como ele tem refluxo se ele quase nunca regurgita?". Mas o médico disse que era isso e então começamos a tratar o tal refluxo. Foram 7 dias com medicamento e nenhum sinal de melhora. Foi quando numa inocente troca de fraldas, depois de levar um cocô voador na roupa vi que havia algo errado. O bumbum dele estava vermelho e a mucosa do anus parecia estar inflamada. A sorte é que no dia seguinte teríamos consulta no médico e ele poderia avaliar se o que eu vi era um exagero meu sobre uma simples assadura de bumbum ou se realmente representava algo a mais.
No dia seguinte fomos ao médico e relatamos a fissura. Ele examinou bem, perguntou sobre o choro e quantidade de vezes que o Benjamin evacuava e aí veio a sugestão do diagnóstico. Alergia a proteína do leite de vaca (APLV). Isso explicaria o choro excessivo, a prisão de ventre e a tal fissura. Para confirmar o diagnóstico precisaríamos insentá-lo de todo o contato com leite de vaca e isso incluia mexer na minha dieta, já que ele é alimentado no peito, e mudar, de novo, a fórmula de LA.
Encaramos mais essa e desde que ele tem 1,5 mês não como nenhum tipo de derivado de leite e isso inclui uma lista ENORME de produtos industrializados, que a priori parecem inofensivos, mas que são enriquecidos com proteína de leite de vaca. Com a minha dieta em vigor e com a mudança de leite (do Aptamil para o Aptamil Pepti) ele melhorou bem por uns 5 ou 6 dias e depois recomeçou o choro.
Foi quando decidimos ouvir uma segunda opinião médica e houve a concordância em relação a Alergia a Proteína do leite de Vaca (APLV) mais a suspeita de intolerância a lactose. Isso significou que mudamos, mais uma vez, o LA e chegamos ao Pregomin Pepti, uma fórmula chamada de hidrolisado proteico. Ou seja, não contém nenhum tipo de proteína, vem praticamente digerida para o organismo. Desde então Benjamin é outro neném. Parou de chorar, é risonho, feliz e gordinho. Só que essa fórmula também prende o intestino e por isso, durante 2 meses preparamos o leite dele em água de ameixa.
Nesse interim a amamentação estava indo bem, com Equilid, Homeopatia, Chá da mamãe, tintura de algodoeiro e muuuuitos litros de água até que veio a Mastite. Começou com uma dorzinha, bem tolerável para amamentar até que não deu mais. Amamentar era impossível.
A mastite é a inflamação da glândula mamária. As mamas ficam extremamente doloridas, inchadas, avermelhadas e quentes e o pior: diminui a produção de leite. O tratamento, se feito bem no principio é simples e eficaz. Requer o uso de antibióticos, mas dá bons resultados. Foram 7 dias de antibiótico e antiinflamatorio até que as coisas melhorassem.
E como Murphy, aquele da lei, insiste em aparecer. Não bastava a pouca produção de leite, não bastava a APLV, não bastava a mastite, agora ele resolveu Rejeitar o seio. Segundo os pediatras esse é um comportamento razoavelmente comum entre os bebês e não significa que ele esteja pronto para desmamar. As causas para a rejeição do seio podem ser muitas, mas entre elas - e acho que é o nosso caso - está no uso da mamadeira junto com o seio. Em algum momento da vidinha dele de 4 meses ele percebeu que é muito, muito mais fácil mamar na mamadeira do que extrair leite do peito e aí ele faz o que? Chora, grita, esperneia, vira a cara. Tá fácil.
Agora temos tentado contornar a situação... Com muita paciência, paz de espírito e intervalos maiores entre as mamadas para que elas fiquem mais cheias de leite e ele consiga fazer menos esforço para mamar e como segunda opção a translactação (mais informações daqui alguns dias, depois de feito o teste...).
E se você chegou até o fim desse post, parabéns, porque você foi guerreiro(a) e merece um MUITO OBRIGADA!!!!
A alimentação com LA (Leite Artificial) não é nada simples. Em alguns bebês, sobretudo no início, ela pode causar prisão de ventre e cólicas então é importante acertar o leite aos poucos. Hoje existem muitas marcas no mercado o que permite que as mães, sempre junto aos pediatras de seus filhos, encontrem a melhor opção para o bebê.
Mas fato é que aos 25 dias de vida Benjamin só chorava. O dia todo, todos os dias e grande parte da noite. Foi um período muito difícil, desses duros de lembrar porque ao choro dele misturava-se meu cansaço, a insegurança e os hormônios mega alterados depois do parto.
O choro incessante foi motivo de teorias inesgotáveis de todos, até de quem via o menino chorando na rua... "Ah! É fome!", "Ah! é cólica!", "Nossa essa mãe é uma monstruosidade e belisca essa criança o dia todo." (a última ninguém falou, mas que pensaram, pensaram. rsrsrs). Bom, sabíamos que fome não era o motivo das lágrimas. Benjamin sempre ganhou peso muito bem, graças a Deus. Então acreditamos que era a hora da cólica. Fizemos de tudo que existe. Massagem, reza brava, remédio alopático, homeopatia e tudo mais. Até encontramos o último pote de Funchicórea do mundo, cedido por uma amiga. E sabe qual foi o resultado? Nenhum. O choro não parava e o menino seguia dependurado nos meus peitos dia e noite.
Passamos ao passo 2: Refluxo. Ele chora porque tem refluxo. E eu pensava "Como ele tem refluxo se ele quase nunca regurgita?". Mas o médico disse que era isso e então começamos a tratar o tal refluxo. Foram 7 dias com medicamento e nenhum sinal de melhora. Foi quando numa inocente troca de fraldas, depois de levar um cocô voador na roupa vi que havia algo errado. O bumbum dele estava vermelho e a mucosa do anus parecia estar inflamada. A sorte é que no dia seguinte teríamos consulta no médico e ele poderia avaliar se o que eu vi era um exagero meu sobre uma simples assadura de bumbum ou se realmente representava algo a mais.
No dia seguinte fomos ao médico e relatamos a fissura. Ele examinou bem, perguntou sobre o choro e quantidade de vezes que o Benjamin evacuava e aí veio a sugestão do diagnóstico. Alergia a proteína do leite de vaca (APLV). Isso explicaria o choro excessivo, a prisão de ventre e a tal fissura. Para confirmar o diagnóstico precisaríamos insentá-lo de todo o contato com leite de vaca e isso incluia mexer na minha dieta, já que ele é alimentado no peito, e mudar, de novo, a fórmula de LA.
Encaramos mais essa e desde que ele tem 1,5 mês não como nenhum tipo de derivado de leite e isso inclui uma lista ENORME de produtos industrializados, que a priori parecem inofensivos, mas que são enriquecidos com proteína de leite de vaca. Com a minha dieta em vigor e com a mudança de leite (do Aptamil para o Aptamil Pepti) ele melhorou bem por uns 5 ou 6 dias e depois recomeçou o choro.
Foi quando decidimos ouvir uma segunda opinião médica e houve a concordância em relação a Alergia a Proteína do leite de Vaca (APLV) mais a suspeita de intolerância a lactose. Isso significou que mudamos, mais uma vez, o LA e chegamos ao Pregomin Pepti, uma fórmula chamada de hidrolisado proteico. Ou seja, não contém nenhum tipo de proteína, vem praticamente digerida para o organismo. Desde então Benjamin é outro neném. Parou de chorar, é risonho, feliz e gordinho. Só que essa fórmula também prende o intestino e por isso, durante 2 meses preparamos o leite dele em água de ameixa.
Nesse interim a amamentação estava indo bem, com Equilid, Homeopatia, Chá da mamãe, tintura de algodoeiro e muuuuitos litros de água até que veio a Mastite. Começou com uma dorzinha, bem tolerável para amamentar até que não deu mais. Amamentar era impossível.
A mastite é a inflamação da glândula mamária. As mamas ficam extremamente doloridas, inchadas, avermelhadas e quentes e o pior: diminui a produção de leite. O tratamento, se feito bem no principio é simples e eficaz. Requer o uso de antibióticos, mas dá bons resultados. Foram 7 dias de antibiótico e antiinflamatorio até que as coisas melhorassem.
E como Murphy, aquele da lei, insiste em aparecer. Não bastava a pouca produção de leite, não bastava a APLV, não bastava a mastite, agora ele resolveu Rejeitar o seio. Segundo os pediatras esse é um comportamento razoavelmente comum entre os bebês e não significa que ele esteja pronto para desmamar. As causas para a rejeição do seio podem ser muitas, mas entre elas - e acho que é o nosso caso - está no uso da mamadeira junto com o seio. Em algum momento da vidinha dele de 4 meses ele percebeu que é muito, muito mais fácil mamar na mamadeira do que extrair leite do peito e aí ele faz o que? Chora, grita, esperneia, vira a cara. Tá fácil.
Agora temos tentado contornar a situação... Com muita paciência, paz de espírito e intervalos maiores entre as mamadas para que elas fiquem mais cheias de leite e ele consiga fazer menos esforço para mamar e como segunda opção a translactação (mais informações daqui alguns dias, depois de feito o teste...).
E se você chegou até o fim desse post, parabéns, porque você foi guerreiro(a) e merece um MUITO OBRIGADA!!!!
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Relato de parto (Parte II)
Parir é muito legal. É como saltar de paraquedas, só que sem o paraquedas e com a certeza de não morrer no final. Deu pra imaginar a adrenalina? Se fosse pela sensação do parto, mesmo o meu não tendo sido do jeito que eu tinha sonhado, eu teria uns 12 filhos.
Os dias que antecederam ao parto foram muito especiais. Ele nasceu numa terça-feira, mas comecei a sentir contrações do domingo para segunda. Passei uma noite inteira acordada, indo ao banheiro achando que eu estava com dor de barriga. Bobinha, era o início dos pródromos.
Na segunda tive dor durante o dia todo, mas sempre dores irregulares. Por volta de duas horas da tarde a dor começou a apertar e eu achei que coisa poderia, de fato engrenar... Foi quando liguei para a minha Obstetriz que me orientou a descansar, tomar banhos com água bem quentinha, se possível entrar na banheira e quando eu percebesse alguma regularidade nas contrações, começar a anotá-las.
Às 16h as dores já eram bem mais intensas. Mandei uma mensagem pro meu marido perguntando se ele demoraria. Ele disse que não e perguntou se estava tudo bem. Eu respondi que sim, a intenção não era alarmar ninguém. Às 18h, já com bastante dor e contrações mais ou menos regulares meu pai resolveu aparecer para uma visita. Eu não queria contar nada para ninguém, estava tranquila de reboliços ao meu redor. Foi quando liguei pro marido e pedi para ele vir para casa para despachar meu pai e dar um apoio moral. Nessa hora eu anotava contrações a cada 6 minutos.
Quando meu marido chegou e meu pai foi embora liguei para a obstetriz que me disse, quando elas (as contrações) estiverem regulares, a cada 5 minutos vá para o hospital. Enquanto isso tentamos relaxar, comer alguma coisa (o que para mim foi bem difícil) e vimos a novela.Quando finalmente as contrações apareciam a cada 5 minutos fomos para o hospital. Pedi que o esposo dirigisse devagar, era a última vez que eu veria o mundo com meus olhos de filha, de esposa, de amiga, de casada. Aquela noite me pareceu especialmente bonita e aconchegante, um dia ideal para tomar um chopp e ter um filho.
Às 22h demos entrada no hospital. Eu estava com bastante dor e logo me examinaram. Colo alto e contrações a cada 10 minutos com braxton (as contrações de treinamento) nos intervalos. Quando a enfermeira me disse isso eu quis MORRER!! Eu estava com toda aquela dor, sentindo contrações a cada 5 minutos e ela me diz que na verdade estavam em 10minutos e havia contrações de treinamento???? Treinamento pro BOPE, só se for. Mesmo assim acionamos meu médico, que presecreveu um buscopan para alivar a dor (HA-HA-HA) e disse que era para mantermos contato.
O marido cuidou da papelada da internação enquanto eu fui encaminhada ao pré-parto. Nessa altura do campeonato eu estava bem animada e confiante que teria meu tão sonhado PN. As horas foram passando e eu, sei lá como, sabia que as coisas não estavam caminhando como deveriam. A cada toque as enfermeiras, decepcionadas, me diziam apenas 1,5 dedos, Thais.
Enquanto isso, na sala ao lado, uma moça que havia entrado no pré-parto 40 minutos depois de mim saiu, 20 minutos após chegar com 8 dedos de dilatação!! Quando a enfermeira me contou que a moça que berrava já estava indo ter o bebê soltei um sonoro "QUE INVEJA!". A enfermeira riu. Disse que nunca havia escutado alguém ter inveja de 8 dedos de dilatação. Oras, eu estava lá há horas e nada acontecia, andava feito um bicho pelos corredores do centro cirurgico e nada... E a moça chega depois de mim e vai parir antes? É pra morrer de inveja mesmo. rsrsrs
Por volta das 3h da manhã meu médico aparece. Tinha ido fazer um outro parto (normal) e passou para me ver. Diante do cenário em que estávamos (eu há muitas horas no hospital e com uma evolução bem lenta do TP) decidimos entrar na ocitocina. E a maldita ocitocina sintética correu por uma hora e quinze, quando eu tive as piores dores que não se pode imaginar. Foi quando, finalmente rompeu a bolsa e eu vi o líquido verde.
Nessa hora praticamente perdi as esperanças. Tinha mecônio e eu sabia que o TP não estava evoluindo como deveria. Como dizer, eu não sentia nada acontecer. Parecia que as dores não estavam fazendo o corpo funcionar como devia. Essa era a minha sensação, que foi confirmada com o exame de toque. Uma hora e quninze na ocitocina e nenhuma evolução na dilatação.
A essa altura do campeonato eu já estava exausta, mau humorada, aflita e com muita, muita dor. Pedi remédio e não havia remédio que resolvesse. Foi quando decidimos, juntos, encarar a faca. Os batimentos cardíacos do Benjamin estavam bons, mas mostravam que ele poderia entrar em sofrimento logo. Preferi não arriscar. Aquela era a hora dele, o dia dele. Minha parte eu tinha feito o resto, entreguei a Deus e a confiança no meu médico.
A anestesia foi uma coisa linda de Deus. Cessou a dor na hora. Eu virei outra pessoa, mais bem humorada, mais serena, mais eu mesma.
A cesárea foi ótima. Rápida e indolor como eu contei aqui. Depois que ele nasceu, levaram-no para pesar, medir e fazer os procedimentos padrão do hospital, que eu relutei muito em aceitar que fossem feitos, mas que no fim não consegui evitar - quem sabe no próximo filho. Isso deve ter levado por volta de 20 minutos.
Depois trouxeram ele para mim e ele mamou. Naquela hora, ainda imobilizada pela cirurgia eu não sabia o que fazer, mas ele sabia. Sabia sugar, sabia fazer a péga. Sabido demais esse meu menino. Enquanto terminavam a cirurgia ele mamou. Depois, foi levado ao berçário enquanto eu fiquei no pós-operatório e admito essa é a pior sensação. Ficar longe da cria.
Passaram-se 6 ou 7 horas até que quando, já no quarto, trouxeram ele para mim. Chegou esfomeado e de novo, já sabia o que fazer.
Ficamos três dias internados, praxe dos procedimentos cirúrgicos, e passamos por alguns contratempos na maternidade, que depois concluí que foram interferir na nossa história de amamentação. Mas isso é tema para um outro post.
Benjamin chegou em casa, depois dos 3 dias de hospital e mamou alucinadamente, foi quando descobri que meu leite não era suficiente (como já contei aqui). E desde então nos conhecemos cada dia mais, cada dia melhor e nos apaixonamos mais, diariamente.
Os dias que antecederam ao parto foram muito especiais. Ele nasceu numa terça-feira, mas comecei a sentir contrações do domingo para segunda. Passei uma noite inteira acordada, indo ao banheiro achando que eu estava com dor de barriga. Bobinha, era o início dos pródromos.
Na segunda tive dor durante o dia todo, mas sempre dores irregulares. Por volta de duas horas da tarde a dor começou a apertar e eu achei que coisa poderia, de fato engrenar... Foi quando liguei para a minha Obstetriz que me orientou a descansar, tomar banhos com água bem quentinha, se possível entrar na banheira e quando eu percebesse alguma regularidade nas contrações, começar a anotá-las.
Às 16h as dores já eram bem mais intensas. Mandei uma mensagem pro meu marido perguntando se ele demoraria. Ele disse que não e perguntou se estava tudo bem. Eu respondi que sim, a intenção não era alarmar ninguém. Às 18h, já com bastante dor e contrações mais ou menos regulares meu pai resolveu aparecer para uma visita. Eu não queria contar nada para ninguém, estava tranquila de reboliços ao meu redor. Foi quando liguei pro marido e pedi para ele vir para casa para despachar meu pai e dar um apoio moral. Nessa hora eu anotava contrações a cada 6 minutos.
Quando meu marido chegou e meu pai foi embora liguei para a obstetriz que me disse, quando elas (as contrações) estiverem regulares, a cada 5 minutos vá para o hospital. Enquanto isso tentamos relaxar, comer alguma coisa (o que para mim foi bem difícil) e vimos a novela.Quando finalmente as contrações apareciam a cada 5 minutos fomos para o hospital. Pedi que o esposo dirigisse devagar, era a última vez que eu veria o mundo com meus olhos de filha, de esposa, de amiga, de casada. Aquela noite me pareceu especialmente bonita e aconchegante, um dia ideal para tomar um chopp e ter um filho.
Às 22h demos entrada no hospital. Eu estava com bastante dor e logo me examinaram. Colo alto e contrações a cada 10 minutos com braxton (as contrações de treinamento) nos intervalos. Quando a enfermeira me disse isso eu quis MORRER!! Eu estava com toda aquela dor, sentindo contrações a cada 5 minutos e ela me diz que na verdade estavam em 10minutos e havia contrações de treinamento???? Treinamento pro BOPE, só se for. Mesmo assim acionamos meu médico, que presecreveu um buscopan para alivar a dor (HA-HA-HA) e disse que era para mantermos contato.
O marido cuidou da papelada da internação enquanto eu fui encaminhada ao pré-parto. Nessa altura do campeonato eu estava bem animada e confiante que teria meu tão sonhado PN. As horas foram passando e eu, sei lá como, sabia que as coisas não estavam caminhando como deveriam. A cada toque as enfermeiras, decepcionadas, me diziam apenas 1,5 dedos, Thais.
Enquanto isso, na sala ao lado, uma moça que havia entrado no pré-parto 40 minutos depois de mim saiu, 20 minutos após chegar com 8 dedos de dilatação!! Quando a enfermeira me contou que a moça que berrava já estava indo ter o bebê soltei um sonoro "QUE INVEJA!". A enfermeira riu. Disse que nunca havia escutado alguém ter inveja de 8 dedos de dilatação. Oras, eu estava lá há horas e nada acontecia, andava feito um bicho pelos corredores do centro cirurgico e nada... E a moça chega depois de mim e vai parir antes? É pra morrer de inveja mesmo. rsrsrs
Por volta das 3h da manhã meu médico aparece. Tinha ido fazer um outro parto (normal) e passou para me ver. Diante do cenário em que estávamos (eu há muitas horas no hospital e com uma evolução bem lenta do TP) decidimos entrar na ocitocina. E a maldita ocitocina sintética correu por uma hora e quinze, quando eu tive as piores dores que não se pode imaginar. Foi quando, finalmente rompeu a bolsa e eu vi o líquido verde.
Nessa hora praticamente perdi as esperanças. Tinha mecônio e eu sabia que o TP não estava evoluindo como deveria. Como dizer, eu não sentia nada acontecer. Parecia que as dores não estavam fazendo o corpo funcionar como devia. Essa era a minha sensação, que foi confirmada com o exame de toque. Uma hora e quninze na ocitocina e nenhuma evolução na dilatação.
A essa altura do campeonato eu já estava exausta, mau humorada, aflita e com muita, muita dor. Pedi remédio e não havia remédio que resolvesse. Foi quando decidimos, juntos, encarar a faca. Os batimentos cardíacos do Benjamin estavam bons, mas mostravam que ele poderia entrar em sofrimento logo. Preferi não arriscar. Aquela era a hora dele, o dia dele. Minha parte eu tinha feito o resto, entreguei a Deus e a confiança no meu médico.
A anestesia foi uma coisa linda de Deus. Cessou a dor na hora. Eu virei outra pessoa, mais bem humorada, mais serena, mais eu mesma.
A cesárea foi ótima. Rápida e indolor como eu contei aqui. Depois que ele nasceu, levaram-no para pesar, medir e fazer os procedimentos padrão do hospital, que eu relutei muito em aceitar que fossem feitos, mas que no fim não consegui evitar - quem sabe no próximo filho. Isso deve ter levado por volta de 20 minutos.
Depois trouxeram ele para mim e ele mamou. Naquela hora, ainda imobilizada pela cirurgia eu não sabia o que fazer, mas ele sabia. Sabia sugar, sabia fazer a péga. Sabido demais esse meu menino. Enquanto terminavam a cirurgia ele mamou. Depois, foi levado ao berçário enquanto eu fiquei no pós-operatório e admito essa é a pior sensação. Ficar longe da cria.
Passaram-se 6 ou 7 horas até que quando, já no quarto, trouxeram ele para mim. Chegou esfomeado e de novo, já sabia o que fazer.
Ficamos três dias internados, praxe dos procedimentos cirúrgicos, e passamos por alguns contratempos na maternidade, que depois concluí que foram interferir na nossa história de amamentação. Mas isso é tema para um outro post.
Benjamin chegou em casa, depois dos 3 dias de hospital e mamou alucinadamente, foi quando descobri que meu leite não era suficiente (como já contei aqui). E desde então nos conhecemos cada dia mais, cada dia melhor e nos apaixonamos mais, diariamente.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
A pracinha, ou a vida como ela acontece
Aqui do lado de casa tem uma praça, a qual chamamos de pracinha e que de "inha" nada tem. A praça, para mim, espelha um tanto da vida, em todas as suas etapas, belezas e detalhes.
O dito espaço fica num bairro residencial, numa ladeira bastante íngreme e se divide, basicamente em três estágios. Na parte de cima, próximo a escola, está a vida de solteiro. Habitam a região legiões de estudantes e baladeiros, sempre acompanhados de cerveja e baseados. A bagunça impera. Aos sábados parece circo. Tem malabarista, trapezista e homem que cospe fogo.
No meio da praça, numa área mais plana e acimentada estão os cachorros, numa grande democracia. Misturam-se aos vira-latas Goldens, Rotweillers, Daschounds e também todas as espécies de donos. Cachorreiros, pitboys, senhorinhas e algumas pessoas mais jovens, com seus filhos de 4 patas. Ali, ficam aqueles que ainda não tem seus filhos humanos e direcionam suas energias aos peludinhos, ou então algumas senhoras e protetores de animais que dedicam suas horas e tardes inteiras a realizarem-se com um bate-papo enquanto os cachorros se divertem correndo soltos por todos os lados.
No fim da praça, lá pra baixo, numa região que mistura árvores, cimento e playgrounds estão os bebês e crianças. Eles dominam o pedaço, sobretudo nas manhãs ensolaradas. Ali, gerações e gerações de crianças cresceram e foram, aos poucos subindo a praça. Estejam acompanhados de suas mães, pais, avós ou babás ali retoma-se um pouco do que acontece nas pequenas cidades do interior ou até mesmo em bairros mais afastados. Nascem amizades de infância, brigas de momento por uma bola perdida, corridas de infinitos metros rasos e alçam voôs pipas coloridas que desafiam os galhos das árvores ora floridas, ora secas pelo frio do inverno.
Desde que me mudei para o bairro frequento a praça. Comecei lá de cima e aos poucos fui descendo. Hoje estou lá em baixo com meu pequeno, esperando o dia em que ele vai, finalmente, subir a pracinha com suas próprias pernas, experiências e amizades.
O dito espaço fica num bairro residencial, numa ladeira bastante íngreme e se divide, basicamente em três estágios. Na parte de cima, próximo a escola, está a vida de solteiro. Habitam a região legiões de estudantes e baladeiros, sempre acompanhados de cerveja e baseados. A bagunça impera. Aos sábados parece circo. Tem malabarista, trapezista e homem que cospe fogo.
No meio da praça, numa área mais plana e acimentada estão os cachorros, numa grande democracia. Misturam-se aos vira-latas Goldens, Rotweillers, Daschounds e também todas as espécies de donos. Cachorreiros, pitboys, senhorinhas e algumas pessoas mais jovens, com seus filhos de 4 patas. Ali, ficam aqueles que ainda não tem seus filhos humanos e direcionam suas energias aos peludinhos, ou então algumas senhoras e protetores de animais que dedicam suas horas e tardes inteiras a realizarem-se com um bate-papo enquanto os cachorros se divertem correndo soltos por todos os lados.
No fim da praça, lá pra baixo, numa região que mistura árvores, cimento e playgrounds estão os bebês e crianças. Eles dominam o pedaço, sobretudo nas manhãs ensolaradas. Ali, gerações e gerações de crianças cresceram e foram, aos poucos subindo a praça. Estejam acompanhados de suas mães, pais, avós ou babás ali retoma-se um pouco do que acontece nas pequenas cidades do interior ou até mesmo em bairros mais afastados. Nascem amizades de infância, brigas de momento por uma bola perdida, corridas de infinitos metros rasos e alçam voôs pipas coloridas que desafiam os galhos das árvores ora floridas, ora secas pelo frio do inverno.
Desde que me mudei para o bairro frequento a praça. Comecei lá de cima e aos poucos fui descendo. Hoje estou lá em baixo com meu pequeno, esperando o dia em que ele vai, finalmente, subir a pracinha com suas próprias pernas, experiências e amizades.
4 meses
Hoje você faz 4 meses, meu filho! Está mais lindo e habilidoso do que nunca! Sabe segurar seus pés com suas próprias mãos e expressa uma predileção clara pelo seu pé direito. É capaz de ficar longos minutos observando o movimento dos seus dedos, realmente encantado.
Além disso, já sabe dar gritinhos de alegria. Eles acontecem normalmente logo que você acorda e sempre, no fim do dia. Não gosta de ficar só e se entedia logo quando não é estimulado por outras pessoas. Responde aos nossos estimulos sempre, seja com caretas, olhares, e fica balbuciando o dia todo "Ahhh uuuunnn", "Nhaaaannnn". Eu me derreto toda por você.
Está grandão, um gigante, como prevíamos. Pesa mais de 7kg e já está com 65cm. Sempre ganha parabéns dos pediatras.
Temos (todos em casa) nos esforçado para ensinar você a dormir fora do colo. A moda do momento é dormir no carrinho e nos últimos dois dias têm dado certo. Pela primeira vez você conseguiu dormir duas horas seguidas sem estar no colo ou ser ninado durante o dia! Um grande feito!
Agora temos deixado você mais tempo no chão e isso têm contribuído para a sua autonomia e desenvolvimento motor. Vejo seus progressos diariamente.
É isso filho. Hoje é dia de celebrar! Celebrar sua saúde, seus sorrisos, seu desenvolvimento!
Além disso, já sabe dar gritinhos de alegria. Eles acontecem normalmente logo que você acorda e sempre, no fim do dia. Não gosta de ficar só e se entedia logo quando não é estimulado por outras pessoas. Responde aos nossos estimulos sempre, seja com caretas, olhares, e fica balbuciando o dia todo "Ahhh uuuunnn", "Nhaaaannnn". Eu me derreto toda por você.
Está grandão, um gigante, como prevíamos. Pesa mais de 7kg e já está com 65cm. Sempre ganha parabéns dos pediatras.
Temos (todos em casa) nos esforçado para ensinar você a dormir fora do colo. A moda do momento é dormir no carrinho e nos últimos dois dias têm dado certo. Pela primeira vez você conseguiu dormir duas horas seguidas sem estar no colo ou ser ninado durante o dia! Um grande feito!
Agora temos deixado você mais tempo no chão e isso têm contribuído para a sua autonomia e desenvolvimento motor. Vejo seus progressos diariamente.
É isso filho. Hoje é dia de celebrar! Celebrar sua saúde, seus sorrisos, seu desenvolvimento!
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Relato da amamentaçao (Parte I)
Eu achava que alimentar o bebê com o meu leite seria automático. Parir + amar + querer = amamentar. Não sem imaginar que não pudesse doer ou machucar, fisicamente falando. Só que não foi exatamente isso que aconteceu. Durante o final da gestação eu já tinha, fazendo a expressão das mamas colostro. Quando ele nasceu, assim que saiu da minha barriga, foi colocado nos meus seios e mamou (como eu já disse aqui), como se soubesse a vida toda dele o que devia fazer. Naquela hora eu pensei “ah, é assim? Vai ser fácil.”. Não foi.
Durante os três dias de hospital tudo correu bem, mas bastou chegarmos em casa para termos, sem sombra de dúvida, uma das piores noites da nossa vida. Foram 14 horas de choro intermináveis e inconsoláveis pendurado aos peitos da recém-mãe aqui. Tantas horas mamando fizeram com que, por consequência, os mamilos estivessem absolutamente machucados. Às 14h30 do sábado, depois de 14 horas ouvindo o Benjamin chorar ligamos para o pediatra e ele apontou 3 possíveis causas para o choro: Fralda suja, Calor ou Frio e Fome. FOME! E a orientação foi direta e reta, se não é nenhuma das duas primeiras opções saiam, comprem NAN Confor 1 e deem 60ml para ver o que acontece. Ali, naquela hora, meu mundo desabou. Eu tinha deixado meu filho passar 14 horas com fome e ainda por cima estava tão machucada que não tinha mais vontade ou coragem de amamentá-lo.
Comprou-se o NAN. Fez-se a mamadeira enquanto um mar de lágrimas vertia pelos meus olhos. Eu rezava tanto antes de dar a mamadeira... Não sabia se rezava pra ele tomar ou não tomar o leite. E ele tomou.
Mamou como se não houvesse amanhã. E eu chorei, como se não houvesse amanhã. Nesse meio do caminho muito medo, frustração e um sentimento maior que todos esses juntos, o de decepção comigo mesma. Como assim eu não consegui? Como assim?
E foi isso, eu não tinha leite suficiente para dar conta de amamentar meu menino. A demanda dele era – e ainda é – maior do que a que meu corpo consegue produzir. Ele tomou NAN aos 4 dias de vida. E nessa hora eu entendi de novo, uma lição que a vida insiste em me dar de maneira dura: a vida não é como a gente quer que ela seja, ela é como é.
Hoje eu ele nos conhecemos há 25 dias. Ele está indo bem. Mamando no peito e tomando complemento – em três rounds (2 peitos + mamadeira). Ganhou peso, 50g por dia e é lindo, feliz e saudável, um gorducho, lindo! E toda essa dificuldade para amamentar me fez refletir sobre uma questão importante, essa coisa "natureba", "humanizada" da blogosfera materna, das informações que encontramos na internet que podem ser libertadoras ou então, absolutamente castradoras, frustrantes.
Fiquei pensando no porque - além de ser um sonho meu amamentar exclusivamente - está sendo tão difícil lidar com a questão da complementação da amamentação. E um desses porquês vem, com certeza, de conceitos que li e absorvi durante anos lendo sobre o tema. E a verdade é que para o mundo, se você não amamenta em exclusividade você é uma espécie de bruxa má que no seu subconsciente não quer amamentar e por isso prejudica seu filho. E agora vejo que não é nada disso.
Pode ser realmente que o subconsciente esteja agindo de alguma maneira e dificultando o aleitamento, mas oras bolas, e aí? Faço o que? Vou pra terapia tentar resolver em horas (sim, porque um bebê não espera mais do que horas por alguma coisa) aquilo que eu nem sabia que era um problema? E outra coisa, se os complementos não existissem como ficariam tantas crianças que não têm chance de ser amamentadas, ainda que parcialmente? O NAN, o Aptamil não existiriam se não fossem necessários, se não tivessem ocupado um espaço que só fez crianças que antes não teriam chance alguma de crescer saudáveis, assim serem.
Por que se grita aos quatro ventos que amamentar é muito mais do que dar alimento, é dar amor? Quem não sabe que amar seu filho vai muito, muito além de dar de mamar? Amamentar é sim entrega, forma sim vínculos, é sim importante, mas amamentar é antes de mais nada, dar comida.
Oferecer alimento na quantidade e hora certas a um bebê que precisa. É fazer o bebê crescer, ser saudável e isso garante-se com algumas calorias/dia oriundas do leite materno ou do artificial e com amor, com bons sentimentos, bons exemplos, boas atitudes.
Fiz e estou fazendo tudo que é possível para ter mais leite: Equilid, chás, líquido, alimentação correta, descanso (na medida do possível), livre demanda etc, mas mesmo assim o complemento ainda é necessário e pode ser que o seja enquanto ele ainda se alimentar de leite. E agora eu penso, e daí?
Como disse meu médico, quando eu falei que estava triste por não dar conta de amamentar “Prefiro uma mãe feliz, transmitindo bons sentimentos e vibrações ao bebê com uma mamadeira de NAN do que uma mãe frustrada e chorosa sofrendo por que quer amamentar exclusivamente a qualquer custo”. E essa é a verdade. Amamentar é dar comida. Ter um filho e criá-lo bem é dar amor, muito mais que comida (não fosse verdade filhos adotivos não seriam amados mesmo sem terem sido aleitados por suas mães).
E eu escrevo porque não desejo que nenhuma outra recém-mãe sinta o que eu senti nesses dias todos de tristeza. Não quero que nenhuma mulher se sinta, com o perdão da expressão, uma bosta por não conseguir amamentar. Isso acontece. Pouco leite acontece, não ter leite, acontece e nem sempre é porque a gente quer. Mais do que isso, mesmo numa situação dessas, não é amamentar no peito ou não que vai determinar nem a saúde do seu bebê e nem seu amor ou bem querer por ele. Ser mãe e amar é querer sempre o melhor pra sua cria e o melhor às vezes não vem do jeito que a gente imaginou.
Enfim são questões que não imaginei que eu fosse viver porque tive uma gestação mais do que tranquila, um parto quase normal que virou uma cesárea e toda a tranquilidade e vontade do mundo para amamentar e ainda assim o leite não veio como eu esperava. Sou má por que não quero deixar meu filho ficar com fome? Má por que não suportei sentir dor nos mamilos por dias? Má por que passei noites em claro com uma criança berrando até eu descobrir que se tratava de fome? Não, não sou. Carrego sim uma tristeza por que um sonho meu não se realizou, ainda, mas vou persistir em amamentar, mas sem perder de vista o mais importante, o meu amor por ele, a saúde e o bem estar dele e meu em primeiro lugar.
Durante os três dias de hospital tudo correu bem, mas bastou chegarmos em casa para termos, sem sombra de dúvida, uma das piores noites da nossa vida. Foram 14 horas de choro intermináveis e inconsoláveis pendurado aos peitos da recém-mãe aqui. Tantas horas mamando fizeram com que, por consequência, os mamilos estivessem absolutamente machucados. Às 14h30 do sábado, depois de 14 horas ouvindo o Benjamin chorar ligamos para o pediatra e ele apontou 3 possíveis causas para o choro: Fralda suja, Calor ou Frio e Fome. FOME! E a orientação foi direta e reta, se não é nenhuma das duas primeiras opções saiam, comprem NAN Confor 1 e deem 60ml para ver o que acontece. Ali, naquela hora, meu mundo desabou. Eu tinha deixado meu filho passar 14 horas com fome e ainda por cima estava tão machucada que não tinha mais vontade ou coragem de amamentá-lo.
Comprou-se o NAN. Fez-se a mamadeira enquanto um mar de lágrimas vertia pelos meus olhos. Eu rezava tanto antes de dar a mamadeira... Não sabia se rezava pra ele tomar ou não tomar o leite. E ele tomou.
Mamou como se não houvesse amanhã. E eu chorei, como se não houvesse amanhã. Nesse meio do caminho muito medo, frustração e um sentimento maior que todos esses juntos, o de decepção comigo mesma. Como assim eu não consegui? Como assim?
E foi isso, eu não tinha leite suficiente para dar conta de amamentar meu menino. A demanda dele era – e ainda é – maior do que a que meu corpo consegue produzir. Ele tomou NAN aos 4 dias de vida. E nessa hora eu entendi de novo, uma lição que a vida insiste em me dar de maneira dura: a vida não é como a gente quer que ela seja, ela é como é.
Hoje eu ele nos conhecemos há 25 dias. Ele está indo bem. Mamando no peito e tomando complemento – em três rounds (2 peitos + mamadeira). Ganhou peso, 50g por dia e é lindo, feliz e saudável, um gorducho, lindo! E toda essa dificuldade para amamentar me fez refletir sobre uma questão importante, essa coisa "natureba", "humanizada" da blogosfera materna, das informações que encontramos na internet que podem ser libertadoras ou então, absolutamente castradoras, frustrantes.
Fiquei pensando no porque - além de ser um sonho meu amamentar exclusivamente - está sendo tão difícil lidar com a questão da complementação da amamentação. E um desses porquês vem, com certeza, de conceitos que li e absorvi durante anos lendo sobre o tema. E a verdade é que para o mundo, se você não amamenta em exclusividade você é uma espécie de bruxa má que no seu subconsciente não quer amamentar e por isso prejudica seu filho. E agora vejo que não é nada disso.
Pode ser realmente que o subconsciente esteja agindo de alguma maneira e dificultando o aleitamento, mas oras bolas, e aí? Faço o que? Vou pra terapia tentar resolver em horas (sim, porque um bebê não espera mais do que horas por alguma coisa) aquilo que eu nem sabia que era um problema? E outra coisa, se os complementos não existissem como ficariam tantas crianças que não têm chance de ser amamentadas, ainda que parcialmente? O NAN, o Aptamil não existiriam se não fossem necessários, se não tivessem ocupado um espaço que só fez crianças que antes não teriam chance alguma de crescer saudáveis, assim serem.
Por que se grita aos quatro ventos que amamentar é muito mais do que dar alimento, é dar amor? Quem não sabe que amar seu filho vai muito, muito além de dar de mamar? Amamentar é sim entrega, forma sim vínculos, é sim importante, mas amamentar é antes de mais nada, dar comida.
Oferecer alimento na quantidade e hora certas a um bebê que precisa. É fazer o bebê crescer, ser saudável e isso garante-se com algumas calorias/dia oriundas do leite materno ou do artificial e com amor, com bons sentimentos, bons exemplos, boas atitudes.
Fiz e estou fazendo tudo que é possível para ter mais leite: Equilid, chás, líquido, alimentação correta, descanso (na medida do possível), livre demanda etc, mas mesmo assim o complemento ainda é necessário e pode ser que o seja enquanto ele ainda se alimentar de leite. E agora eu penso, e daí?
Como disse meu médico, quando eu falei que estava triste por não dar conta de amamentar “Prefiro uma mãe feliz, transmitindo bons sentimentos e vibrações ao bebê com uma mamadeira de NAN do que uma mãe frustrada e chorosa sofrendo por que quer amamentar exclusivamente a qualquer custo”. E essa é a verdade. Amamentar é dar comida. Ter um filho e criá-lo bem é dar amor, muito mais que comida (não fosse verdade filhos adotivos não seriam amados mesmo sem terem sido aleitados por suas mães).
E eu escrevo porque não desejo que nenhuma outra recém-mãe sinta o que eu senti nesses dias todos de tristeza. Não quero que nenhuma mulher se sinta, com o perdão da expressão, uma bosta por não conseguir amamentar. Isso acontece. Pouco leite acontece, não ter leite, acontece e nem sempre é porque a gente quer. Mais do que isso, mesmo numa situação dessas, não é amamentar no peito ou não que vai determinar nem a saúde do seu bebê e nem seu amor ou bem querer por ele. Ser mãe e amar é querer sempre o melhor pra sua cria e o melhor às vezes não vem do jeito que a gente imaginou.
Enfim são questões que não imaginei que eu fosse viver porque tive uma gestação mais do que tranquila, um parto quase normal que virou uma cesárea e toda a tranquilidade e vontade do mundo para amamentar e ainda assim o leite não veio como eu esperava. Sou má por que não quero deixar meu filho ficar com fome? Má por que não suportei sentir dor nos mamilos por dias? Má por que passei noites em claro com uma criança berrando até eu descobrir que se tratava de fome? Não, não sou. Carrego sim uma tristeza por que um sonho meu não se realizou, ainda, mas vou persistir em amamentar, mas sem perder de vista o mais importante, o meu amor por ele, a saúde e o bem estar dele e meu em primeiro lugar.
Relato de parto (Parte I)
Quem escreve essas palavras é uma puérpera de 7 dias. Ouso, sem pretensões, me comparar ao meu recém-nascido Benjamin. Nascemos ele, para o mundo em que vivemos e eu para um que eu não sabia que existia.
Depois de 40 semanas e 5 dias esperando por esse amado bebê, no dia 28 de fevereiro ele resolveu dar o ar de sua graça. Foi numa terça-feira, às 4h37 que ele nasceu via cesariana após algumas horas
de trabalho de parto e pouquíssima dilatação. E aí começaram a desabar os tijolinhos do meu mundo.
Eu, que antes mesmo de pensar em ser mãe sempre me interessei por esse universo da maternidade e por tudo aquilo que o cerca, me preparei durante toda a gestação para um parto normal. Troquei de obstetra duas vezes durante a gravidez até me convencer que o médico que me acompanharia entendia e respeitaria a minha decisão de tentar um PN até o limite do que fosse saudável para mim e para o bebê.
Depois de 40 semanas de dúvidas, mais de 6 horas com contrações no hospital, 1,5 dedo de dilatação, uma bolsa rota e mecônio no líquido aminiótico decidi encarar a cesárea. Era o dia do Benjamin nascer, fosse por via alta ou baixa e o que eu mais esperei durante toda a gravidez, a chance de pari-lo no tempo dele, aconteceu. Obviamente que não consegui pensar tudo isso na hora. Na hora eu tinha dois pensamentos: “meu deus, como sou fraca, não aguento mais essas dores” e “tudo bem, se isso é o melhor pra ele e pra mim, que assim seja, façamos o que tem que ser feito, doutor”. Era só isso que eu pensava. Não tinha poesia, não tinha vontade de ver o rosto do bebe, não tinha nada disso. Eu só pensava que aquilo precisava acabar e acabar bem para então a vida prosseguir.
Ele nasceu, como disse, numa cesárea rápida e praticamente indolor (inclusive no pós-parto) e mamou, como um bezerro por 20 minutos logo que foi colocado em cima do meu peito com os médicos ainda “terminando o serviço”. Nessa hora pensei: “fiz bem. Estamos bem. Era isso mesmo. Ele está aqui e está bem”. É claro que até colocarem ele no meu peito, o que deve ter demorado uns 20 minutos, eu virei um bicho. Ouvia o bebe chorar, enquanto pesavam e mediam eu não entendia porque raios ele ainda não tinha vindo pra mim. Nessa hora, comecei a virar um leão, que só se tranquilizou a hora em que pode, finalmente, lamber a cria.
Os três dias de internação após a cesárea custaram a passar. Se eu soubesse como é um inferno ficar no hospital e ouvir a cada entrada de enfermeira no quarto uma bobagem do tipo “seu bebê é bravo”, “seu bebê é chorão”, “seu bebê é lindo”, “seu bebê não gosta de xpto” eu teria, certamente, preferido parir na pracinha. Ora, começa aí então uma série de bobagens que as mães estão sujeitas a ouvir desde o primeiro momento em que seu filho nasce. Quem, meu Deus, pode dizer que um ser humano é isso ou aquilo quando ele não tem nem 72 horas de vida? Um bebê quando nasce apenas é. Apenas está. Não se pode criar juízo de valor sobre uma criaturinha dessas. Não se pode dizer que um bebe de três dias está mal acostumado a algo. Isso não existe.
Depois de 40 semanas e 5 dias esperando por esse amado bebê, no dia 28 de fevereiro ele resolveu dar o ar de sua graça. Foi numa terça-feira, às 4h37 que ele nasceu via cesariana após algumas horas
de trabalho de parto e pouquíssima dilatação. E aí começaram a desabar os tijolinhos do meu mundo.
Eu, que antes mesmo de pensar em ser mãe sempre me interessei por esse universo da maternidade e por tudo aquilo que o cerca, me preparei durante toda a gestação para um parto normal. Troquei de obstetra duas vezes durante a gravidez até me convencer que o médico que me acompanharia entendia e respeitaria a minha decisão de tentar um PN até o limite do que fosse saudável para mim e para o bebê.
Depois de 40 semanas de dúvidas, mais de 6 horas com contrações no hospital, 1,5 dedo de dilatação, uma bolsa rota e mecônio no líquido aminiótico decidi encarar a cesárea. Era o dia do Benjamin nascer, fosse por via alta ou baixa e o que eu mais esperei durante toda a gravidez, a chance de pari-lo no tempo dele, aconteceu. Obviamente que não consegui pensar tudo isso na hora. Na hora eu tinha dois pensamentos: “meu deus, como sou fraca, não aguento mais essas dores” e “tudo bem, se isso é o melhor pra ele e pra mim, que assim seja, façamos o que tem que ser feito, doutor”. Era só isso que eu pensava. Não tinha poesia, não tinha vontade de ver o rosto do bebe, não tinha nada disso. Eu só pensava que aquilo precisava acabar e acabar bem para então a vida prosseguir.
Ele nasceu, como disse, numa cesárea rápida e praticamente indolor (inclusive no pós-parto) e mamou, como um bezerro por 20 minutos logo que foi colocado em cima do meu peito com os médicos ainda “terminando o serviço”. Nessa hora pensei: “fiz bem. Estamos bem. Era isso mesmo. Ele está aqui e está bem”. É claro que até colocarem ele no meu peito, o que deve ter demorado uns 20 minutos, eu virei um bicho. Ouvia o bebe chorar, enquanto pesavam e mediam eu não entendia porque raios ele ainda não tinha vindo pra mim. Nessa hora, comecei a virar um leão, que só se tranquilizou a hora em que pode, finalmente, lamber a cria.
Os três dias de internação após a cesárea custaram a passar. Se eu soubesse como é um inferno ficar no hospital e ouvir a cada entrada de enfermeira no quarto uma bobagem do tipo “seu bebê é bravo”, “seu bebê é chorão”, “seu bebê é lindo”, “seu bebê não gosta de xpto” eu teria, certamente, preferido parir na pracinha. Ora, começa aí então uma série de bobagens que as mães estão sujeitas a ouvir desde o primeiro momento em que seu filho nasce. Quem, meu Deus, pode dizer que um ser humano é isso ou aquilo quando ele não tem nem 72 horas de vida? Um bebê quando nasce apenas é. Apenas está. Não se pode criar juízo de valor sobre uma criaturinha dessas. Não se pode dizer que um bebe de três dias está mal acostumado a algo. Isso não existe.
Coisas que eu não quero esquecer sobre você (Parte I)
Filho, nesse primeiro post vou escrever algumas coisas que deveriam estar no meu caderno, mas como essa vida moderna me preenche o registro fica no virtual. Então, aqui vai:
- Não quero esquecer como você se acomoda entre meu pescoço e meu ombro, com os cabelos e a nuca suados depois de mamar, na hora de dormir.
- Não quero esquecer de como você, de vez em quando, fica derretido nas minhas mãos, tomado pelo sono do começo da noite, completamente entregue.
- Não quero me esquecer como você mama e dorme ou dorme e mama e solta a boca do bico do meu seio como quem ficou exausto de tanto se deliciar com seu mamá.
- Não quero esquecer do seu sorriso de madrugada, quando chegamos para trocá-lo e dar, de novo, mamá.
- Não quero me esquecer de como você chora quando fica bravo e sua pele se avermelha e você tem espasmos e fica sem ar, tamanha a fúria... e que logo e seguida, depois de se acalmar você sorri, lindamente.
- Não quero me esquecer de você fazendo natação nos meus braços enquanto mama.
- Não quero me esquecer de você entretido pela minha fala quando mama. Da sua cara sorrindo pra mim, como quem diz "mãe, você está me desconcentrando do meu mamá, mas tudo bem, eu gosto de olhar pra você".
- Não quero esquecer do seu olhar profundo e quero me lembrar que mesmo quando você está sério, sempre há um sorriso para a mamãe.
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