quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Trocas - e não é de fraldas que estamos falando

Nos últimos dias, na verdade nas últimas semanas, tenho aprendido como trocar experiências da maternidade é bom. Sempre fui uma pessoa mais reservada em relação aos acontecimentos cotidianos da vida e isso sempre me rendeu boas doses de reflexões doídas sozinha e ansiedade.

Desde que o Benjamin nasceu o dia-a-dia de cuidados com ele têm me tomado boa parte, pra não dizer tudo, dos meus pensamentos, dos meus neurônios. Soma-se a esses pensamentos noites mal dormidas, inseguranças, medos, frustrações, expectativas e pronto! Temos uma bomba-relógio mental armada 24 horas por dia.

Mas eis que uma grata surpresa da maternidade me abriu portas. Aliás, fica a dica, filhos abrem portas, janelas e sorrisos, sempre. E comecei a conhecer melhor algumas mães aqui do bairro. Imagine só, numa cidade como São Paulo, uma moradora de prédio, não muito sociável começa a  fazer amigas do bairro! E tudo isso graças aos pimpolhos e cachorros que se reunem na Pracinha.

São pelo menos 10 mães que se encontram quase que diariamente para banhos de sol em seus pimpolhos e trocas de experiências sobre a vida de mãe. Então todos os dias a gente descobre que não é só a gente que passa por isso ou aquilo, que não é só a gente que tem filho que não dorme, que faz birra, que só gosta de colo. E isso faz um bem danado. E isso ajuda a gente a se construir mais e melhor como mãe. E isso cria relacionamentos futuros para os nossos filhos que deixarão de ser crianças de apartamento, isoladas, para serem crianças de amigos da pracinha, da rua. Isso dá a chance de eles não serem apenas viciados em videogame, como parecem ser todas as crianças dessa nova geração, mas crianças que curtem o sol, amam os bichos, sobem em árvores, empinam pipa, jogam bola, andam de bicicleta, se machucam, brincam e brigam.

A mãe trocar permite ao filho trocar e ter possibilidades de escolhas no futuro. A mãe se abrir abre o filho para o mundo e para um universo mais rico e belo. E que sejam assim as manhãs e tardes de pracinha, com estacionamento de carrinhos de bebês, coleiras, bolas e brinquedos compartilhados!

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