segunda-feira, 30 de julho de 2012

Novos olhares

Desde que me tornei mãe de um bebê que existe fora da barriga tenho feito um exercício, que não sei se todo mundo faz. Tento, o tempo todo, me colocar no lugar do Benjamin, sem julgamentos ou grandes fantasias. Como será que é ser bebê? Como é enxergar o mundo pelo teto (ou pelo céu, num lugar aberto) o tempo todo? Afinal de contas, ficar deitado o tempo todo deve ser um saco. Como é depender de alguém para se movimentar ou, simplesmente, olhar ao redor por outro ângulo?

Qual a sensação que os objetos mais corriqueiros nos trazem quando colocados a boca? O que os sons nos transmitem quando estamos apenas atentos à eles, soltos de compreender significados? Qual a reação que a pele tem quando tocada por uma mão demasiadamente fria? Quando estamos com calor e nossos pés estão cobertos ou estamos muito agasalhados, como nos sentimos?

Essas reflexões têm feito com que eu consiga me colocar um pouco mais no lugar do meu pequeno e, por conseguinte, respeitar um pouco mais o tempo dele e o jeito dele para se relacionar com as coisas e com o mundo. Imagine que você está num novo trabalho e, de repente, seu chefe exige de você que os resultados sejam superados diariamente, que você seja obrigado a ter, de um dia para o outro uma super habilidade para fazer contas, ou analisar cases. Seria difícil, não? Você ficaria estressado, não ficaria?

Pois bem, a vida de um bebê é assim. Todo dia é um desafio novo, uma descoberta. Todo dia tem um limite superado. Todo dia é difícil. Imagina se você for pressionado a dar resultados rápido, fica bem mais complicado, não? E é por isso que esse meu exercício de me colocar no lugar dele me faz mais complacente, mais terna, menos rígida, menos exigente com ele. A infância é difícil, embora não seja fácil entender isso. Ser bebê é ter um monte de limitações, que se abrem em mil possibilidades, mas nem por isso a vida a gente tira de letra, né não? Então porque não tornar tudo mais leve e despretensioso? Porque não deixar as coisas rolarem com menos, ou nenhuma, ansiedade? E que os aprendizados que os pequenos nos trazem sejam cada dia melhor aproveitados para o nosso dia-a-dia.


sábado, 28 de julho de 2012

5 meses!

Papai e Benjamin na pracinha no dia dos 5 meses!
Filho, hoje você completa 5 meses! Já está craque na arte de rolar, embora desvirar ainda seja, algumas vezes, um desafio. Coloca os pés na boca e tudo o mais que estiver ao seu alcance.

Já se interessa por tudo que vai à boca das pessoas, sobretudo por copos transparentes e água. Acho que você imagina que tudo é a sua mamadeira, ou poderia ser, se dependesse de você.

É risonho e cosquento. Morre de cócegas no pescoço e acha engraçado quando eu mordo suas bochechas com o lábio. Identifica a minha voz e a do seu pai em qualquer ambiente e demonstra clara predileção por nós - ainda bem, rsrsrs.

Já usa roupas G ou o tamanho de 6 a 9 meses e seu sapato já precisa ser maior que o número 17.

Gosta de música, a da onça pintada é uma das que está nas paradas de sucesso. Está a cada dia maior e mais esperto. Na última consulta médica você media 67,5cm e pesava 7,6kg.

Está aprendendo, aos poucos, a dormir no seu berço durante o dia. Continua duro na queda para adormeces, mas com paciência as coisas têm evoluído bem.

Ainda acorda uma ou duas vezes para mamar durante a noite, quando não resolve despertar para brincar em horários inapropriados para menores.

É lindo e conquista todos a sua volta. Vai à pracinha quase todos os dias e já virou conhecido no bairro, sobretudo na padaria.

Como diz sua Bisa: "Benzadeus e que Deus conserve!"

Feliz 5 meses, filho!



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Enxoval do bebê (Parte I)

Há tempos estou para escrever sobre o enxoval. Esse item não me causou grande estresse na gravidez e nem acho que deveria causar às outras pessoas. A única coisa com a qual realmente me preocupei, no sentido de correr atrás, foi de deixar os itens que precisaria levar para a maternidade comprados e devidamente lavados e passados com antecedência.

Depois de muito pesquisar listas na internet concluí que não precisaria de muitas coisas para os primeiros dias do bebê e que partir da lista da maternidade para pensar no resto seria o caminho mais simples.

A maioria das maternidades pede que se leve seis conjuntos completos de troca de roupa, ou seja, seis bodys, seis calçolas, seis macacões. Com esse número em mãos pensei que durante uma semana, se o bebê, por uma eventualidade, usasse num dia três trocas de roupas diferentes (o que é bastante improvável) ainda restariam outras três e daria tempo de lavar e secar as roupas. Pensando nessa conta e incluindo uma margem de erro, cheguei ao número 8. Ou seja, oito trocas de roupas completas para os primeiros dias do bebê seriam suficientes considerando qualquer tipo de eventualidade e qualquer tipo de clima (e falando dos tamanhos RN e P).

Para o bebê um pouco maior achei justo aumentar um pouco a quantidade, afinal de contas eles passam mais tempo no chão e começam a babar horrores, o que aumenta bem a quantidade de vezes que você precisa trocar, ao menos o body. Então, para as roupas M e G estabelecemos a quantidade de 10 trocas completas.

Vale relembrar que estamos falando aqui de um número mínimo de peças. Não que eu ache que seja necessário mais do que isso, mas a gente também sabe que bebês sempre ganham muita roupa.

Uma outra dúvida que eu tinha era: Certo, são 10 peças de cada, mas como sei quantas de manga curta e quantas de manga cumprida? Eu fui de acordo com a estação do ano. Como o Benjamin nasceu no verão escaldante priorizei as peças de manga curta e os macacões de malha. Eram 5 macacões de manga curta e 3 de manga cumprida. Para os M e G, fiz a conta segundo a época do ano e sempre há mais peças que combinam melhor com a estação que vai vir. Agora estamos no inverno, portanto, mais mangas cumpridas do que curtas.
Fonte: google

Uma coisa que eu não imaginei que fosse ser tão útil, mas é são os cueiros. Cueiros são uma espécie de manta quadrada bem grande que serve para enrolar o bebê. Uma pesquisa holandesa mostra os benefícios do uso dessa peça nos bebês, sobretudo nos menorzinhos (veja a matéria aqui). Um número mínimo, bom de cueiros para enrolar o bebê são 3 peças. Além disso, duas mantas mais quentinhas e duas mais leves são mais do que suficientes para aquecer os pequenos.

Fora isso, meias, gorros e luvinhas podem ser utilizadas com critério, umas vez que os bebês transpiram por suas extremidades, ou seja, mãos, pés e cabeça. Por essa razão é importante não deixar essas partes do corpinho cobertas do tempo todose não estiver realmente frio.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Teste de provocação APLV - fase 1


Amanhã completaremos as duas semanas com a minha dieta liberada para leite e derivados e até agora, tudo normal!!!!! \o/

Isso significa que a partir de sexta-feira Benjamin começará a receber leite de vaca direto na mamadeira para testar, mais um pouco, seu organismo pelos próximos 15 dias. A partir da reação dele ao final desse mês de teste começaremos a introduzir outros alimentos como suquinhos e frutas.

O único problema maior desses últimos dias têm sido a frequência de evacuações. O célebre cocô é coisa rara de se ver por essas bandas. Acontece a cada dois ou três dias na melhor das hipóteses e já chegamos ao recorde - aflitivo - de 4 dias sem o dito fedidão.

Hoje é dia de consulta no médico e de pedir orientações a respeito. A água de ameixa, tão salvadora nos primeiros meses de vida dele têm sido rejeitada pelo pequeno nos últimos dias. E agora? O que fazer? Alguém tem alguma dica sobre o que ajuda a regular o intestino do bebê que só toma leite?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Maus hábitos

Há algumas semanas Benjamin tem se mostrado fissurado em alguns maus hábitos que temos batalhado para melhorar.

Fonte da imagem: www.babydicas.com.br
O mais antigo deles é o fato de, em 99% da vezes, ele só dormir no colo durante o dia. Já tentei várias técnicas e nada funciona. Carrinho, balancinho, berço, bebê conforto, tudo. Ele não dorme fora do colo a menos que, depois de andar com ele uns 40 minutos no carrinho os santos todos conspirem a favor e ele permaneça nas asas de morfeu. Segundo algumas pessoas isso é manha, de acordo com algumas teorias da psicologia isso mostra a necessidade de contato dele, e é algo que irá se resolver naturalmente com o passar do tempo e à medida que ele fica mais e mais seguro sobre si e sobre o mundo ao seu redor.

Outro mau hábito é adormecer mamando ou sendo freneticamente ninado. Essa começou há pouco tempo e boa parte da culpa é minha. Às vezes é mais rápido fazer  ele dormir mamando, noutros momentos é ele mesmoque procura o peito e eu acho uma sacanagem negar. Percebo também que à medida que ele cresce mais chato fica dormir, afinal de contas é tão bom fazer outras coisas, né?

Colo, colo, colo. Você adora colo e eu confesso, não acho ruim não. Poxa vida, tenho certeza que quando ele começar a engatinhar ou andar o colo ficará muito, muito menos interessante. De qualquer modo, estamos trabalhando intensivamente no módulo "Benjamin fica no chão" e parece estar funcionando. A cada dia ele me parece mais independente.

E por hora esses têm sido nossos pequenos dilemas. Será que conseguiremos resolvê-los? Só o tempo e a persistência dirão!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O Vira!

Aos 12 dias do mês de julho do ano de 2012 fomos surpreendidos com uma façanha do nosso pequeno gigante. Há semanas ele já ensaiava essa evolução, mas hoje, num piscar de olhos, tudo mudou. Tudo mudou e ele virou! O primeiro grande passo da vida dele para ser mais um bípede da espécie humana!

Foi tudo muito rápido. Ele estava na cama, de manhã, brincando com os pés como sempre faz e eu estava acompanhando tudo enquanto me trocava. De repente, não mais que de repente, cataploft! O rapazinho estava de bruços na cama sem saber o que fazer e um tanto assustado com seu próprio feito. Ele assustado, sem rumo e eu morrendo de orgulho! Dei um beijo nele, dei os parabéns e como ele não sabia o que fazer ajudei ele a desdobrar o braço e depois a se desvirar. O pior de tudo é que eu estava do lado e não vi o momento "H". Aconteceu numa hora em que eu me virei de costas.

Fiquei pensando que era uma grande injustiça eu não ter visto ele virar, já que há dias estou esperando por esse momento, mas depois fiquei pensando que assim mesmo seria a vida. Tantas coisas que a gente quer ver acontecer na vida dele, partilhar, ajudar a fazer acontecer e simplesmente não dá. Não dá porque é ele mesmo que tem seu tempo e a gente não pode, nem deve, interferir. Muitas vezes ele tomará decisões, alcançará objetivos, crescerá e eu não vou ver tudo acontecer em detalhes. Só posso ficar ao lado dele para ajudá-lo a se desvirar nas situações mais difíceis e apoiar e vibrar com suas conquistas!

E que ele siga se virando pelo mundo, sempre!


terça-feira, 10 de julho de 2012

Banho de chuveiro, de ofurô, banho de balde e de banheira!

Hoje resolvi escrever sobre o banho do Benjamin. Desde que ele chegou em casa a grande maioria dos banhos que ele tomou foi de chuveiro. Essa ideia surgiu a partir da vontade de que ele se relacionasse bem, desde cedo, com a água corrente e também pelo incomodo que é você dar banho nas banheiras convencionais quando se têm mais de 1,60m de altura e um banheiro bem estreito.

No início não foi super simples desenvolver a técnica do banho de chuveiro. Embora ele sempre tenha sido um bebê grande e razoavelmente firme a gente ficava inseguro, com medo de escorregar e por isso, colocar uma banqueta dentro do box foi fundamental para o sucesso da empreitada. A outra coisa que ajuda bastante são embalagens de xampú que não exijam que você tenha que ficar desrosqueando a tampa para abrir, nesse aspecto quando mais prático e tosco, melhor.

O segredo do banho de chuveiro é não ter medo de afogar a criança. Primeiro de tudo, pensa sempre: ela não vai afogar porque ela veio de dentro da água, sabe o que fazer. Segundo, você não vai deixar a criança debaixo do chuveiro por 5 minutos e sim, colocar e tirar aos poucos. Terceiro a sensação da água escorrendo no corpo, o barulho do chuveiro e o pele-a-pele no banho são extremamente confortáveis e relaxantes para o bebê, basta manter a calma e curtir a experiência. Quarto: a hora que a criança fica maior e consegue observar o que acontece ao redor o chuveiro vira um grande móbile. É bonito ver o encantamento dele vendo a água, brilhante, cair lá de cima.


Sobre a saída do banho - Se você tiver alguém em casa que possa ajudar na hora de sair do banho isso super ajuda. Se não, prepare-se para uma ligeira molhaceira. Nessa hora a toalha do bebê à mão e um roupão para você ajudam muito, afinal você não vai conseguir se secar com a toalha enquanto segura seu pimpolho.

Banho de ofurô. A gente tem aqui em casa um mini-ofurô e desde que o Benjamin tem uns 3 meses a gente tem dado banho de ofurô nele nos finais de semana. Ele adora. Tentamos bem no início, mas assim como foi com o banho de balde, o banho de ofurô, no começo, não funcionou. Acho que ele ficava inseguro com aquela quantidade de água e se estressava. Hoje a história é outra. Ele adora o banho, bóia na água, brinca com seus brinquedinhos de banho e treina um pouco de natação, assim no instinto mesmo.

Já o banho de banheira, convencional, foi usado no começo, antes de eu adquirir as técnicas de sair com ele do chuveiro sozinha e, definitivamente, não acho que seja a melhor opção até a criança sentar. Quando ela sentar as coisas mudam de figura e aí exige-se menos de quem está dando o banho...Ou seja, você não precisa ficar tão curvado e durante tanto tempo para a criança curtir o banho. Certamente quando o Benja sentar a banheira voltará a ocupar um lugar no nosso banheiro.

Sobre o banho de balde. Quando eu estava grávida morria de vontade de dar banho de balde nele e qual foi a minha decepção quando eu vi que ele não curtiu? Compramos um balde super legal pra ele e ele não ficou confortável. Não sei se fomos nós que não conseguimos transmitir segurança a ele, mas fato é que ele chorava, se mexia demais e aí o balde foi aposentado. Hoje, nem que quisessemos conseguiriamos retomar a técnica já que ele não cabe mais no balde. Quem sabe no próximo filho, né?





quinta-feira, 5 de julho de 2012

O que aprendo com a APLV

Como já contei aqui quando tinha mais ou menos um mês e meio de vida Benjamin foi diagnosticado com Alergia a Proteína do Leite de Vaca e desde então estou numa dieta bastante rigorosa, que exclui leite e qualquer um de seus derivados.


Fonte: www.alergiaaoleitedevaca.com.br
O começo da dieta não foi fácil. A gente esquece que um monte de coisas que a gente come no dia-a-dia e que, aparentemente são inofensivas, masque levam derivados de leite. Um arroz feito na manteiga, um pão que leva margarina na massa, um bolo que tem achocolatado, uma bala que contém espessantes, um refrigerante que usa corante caramelo....Por isso li bastante a respeito e encontrei algumas listas de discussão que davam dicas de como fazer a dieta ficar sem furos. Entre as fontes que pesquisei está o site Alergia ao Leite de Vaca (http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/), que tem essa tabela ótima e super completa sobre o que não se pode comer se você está numa dieta de restrição de leite de vaca.

O começo foi difícil, além de não saber o que eu podia ou não comer, a gente passa uma vontade do cão. Sempre adorei leite e ele sempre fez parte da minha dieta, de repente me ver sem ele não foi assim super simples.

Fato é que desde que a dieta ficou restrita e mudamos o LA Benjamin é outro bebê, muito mais tranquilo, risonho e calmo. E eu uma pessoa mais controlada e saudável.

Certa vez recebi a visita de uma grande amiga, que quando soube da alergia dele, em vez de ter a reação padrão de quase todo mundo que é um "Ai...tadinhos..." me disse: "Olha que coisa boa isso, que oportunidade de você tornar sua dieta mais saudável e fazer bem a ele!". Isso mudou meu olhar sobre a APLV. Deixei de encarar a dieta como um problema e passei a vê-la como um presente, uma oportunidade.

Segundo os médicos, esse tipo de alergia desaparece na maioria das crianças até os 2 anos de idade, podendo acontecer antes desse prazo; e é por isso que ao longo da vida do bebê com alergia se fazem testes de reintrodução de proteína de leite de vaca para saber como a criança vai reagir. Para os bebês que  são alimentados exclusivamente no peito o teste é feito pela reintrodução do leite na dieta da mãe. Nos bebês que usam complementação de LA, caso do Benjamin, há dois caminhos: a provocação indireta (Quando a mãe recomeça a tomar leite) e a provocação direta (misturando-se ao leite especial da mamadeira as fórmulas comuns de leite, que levam leite de vaca).

Hoje faz 3 meses que estamos na dieta e chegou o momento de fazermos o teste de provocação indireta. Segundo o Pediatra, em 20% dos casos as crianças que têm APLV  apresentam reações alérgicas a reintrodução do leite de vaca na dieta materna em 2 dias. Os outros 80% demoram até 15 dias para demonstrar alguma alteração. Entre os sintomas que precisam ser observados estão choro, irritabilidade, manifestações na pele e evacuações. Ou seja, teremos 15 dias, daqui em diante para ver como ele se comportará. Se passarmos nesse teste iremos para a fase direta de provocação, introduzindo, aos poucos (aumentando as proporções gradualmente) leite de vaca na mamadeira dele, até que ele seja capaz de digerir sozinho as proteínas do leite.

Confesso que dá um medo a gente fazer esse teste e expô-lo ao mal estar, mas ao mesmo tempo é algo que pode dar certo e permitir que ele tenha uma alimentação um pouco mais simples e barata, considerando que o LA especial é bem caro.

Disso tudo, além da minha confiança de que dará tudo certo fica um grande aprendizado. A gente não precisa do leite de vaca na nossa vida. A alimentação pode ser, mesmo sem o leite e seus derivados, gostosa e saudável e isso vou levar para a minha vida e para a dele. Os excessos podem ser cortados sem prejuízo de experiências do paladar. Para quem duvida um texto do MMQD, que pode ser lido aqui  e fala sobre isso, crianças que têm alergia alimentar comem melhor.

Daqui alguns dias conto como está sendo nosso teste e se, finalmente, Benjamin poderá comer uma pizza quatro queijos bem gordinha quando for grandão!

Reflexões sobre ser mãe

Não é fácil esse negócio de ser mãe, né? Tá certo que esforço e preocupação nenhuma do mundo são maiores do que a alegria de um sorriso banguelo e um olhar encantado olhando pra gente, mas aff, que trabalheira.

Tudo que a gente faz, a nossa mínima ação - ou falta de - refletem, sabe-se lá de qual maneira no futuro do ser que a gente mais ama e isso faz tudo tomar uma dimensão muito, muito grande. Não é só "Ah deixa ele chorar até acalmar" ou "Ah, pega ele no colo e desencana". Por trás de cada atitude dessa existem dezenas de valores que estão em jogo. Por trás de cada tentativa de fazê-lo dormir no berço e ceder ao colo, por trás das tentativas de amamentar, por trás da decisão de não deixá-lo em frente a televisão. Tudo tem uma razão, um motivo, por mais escondido que ele esteja.

E essa é a vida de mãe. Esse é o raciocínio das mães. Mães não conseguem ser óbvias e simples o tempo todo. Mãe é um ser complexo, inseguro, tentando mostrar segurança o tempo todo nas suas escolhas. Mãe pensa mais com o coração do que com a cabeça. Mãe sente mais do que raciocina. Mãe é ser intuitivo. Mãe é bicho, experimenta mexer com a cria dela pra ver. Mãe ama mais que tudo, mais que todos, mais que a si mesma. Mãe é entrega, é dor, é regojizo tudo junto ao mesmo tempo e agora. Mãe é gato, que lambe a cria e espanta quem ameaça a paz da família.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Comentários

Pessoal,
Obrigada pelos comentários. Não imaginam como eles me estimulam a continuar escrevendo. Tá certo que são poucos dias de blog e histórias, mas faço votos que esses dias aumentem, assim como as memórias e reflexões sobre a maternidade.

Vou sempre responder aos comentários nos próprios posts, certo?
Mais uma vez, mil vezes obrigada!

Bj

terça-feira, 3 de julho de 2012

Coisas que eu não quero esquecer sobre você (Parte II)

Filho, outro dia me dei conta de que agora você já demonstra preferências por algumas coisas. Desde que o Tio Tiago trouxe pra você o tapetão de brincar você passa bom tempo do seu dia lá cercado de brinquedos e, até agora, os três que você mais gosta (sem contar o tapete em si) são:

A Bola, o Mordedor de mãozinha e o Chocalho do Corinthians. Todos eles foram presente de pessoas muito especiais. Quem te deu a Bola foi a Tia Dê, O mordedor os Tios Marcelo e Dedé, Mauro e Andressa que te deram. Não é que eles tenham dividido o presente, mas eles te deram o mesmo presente! (Quanto bom gosto, né). O chocalho do Corinthians foi presente de Natal de antes de você nascer e quem te deu foram os Tios Thiago, Carla e Nataniel.

Você adora todos eles e vive com eles na boca, apertando, babando mordendo. Acho que o mais legal é que além de todos eles serem super leves todos fazem barulho e você gosta de barulho (acho que puxou ao seu pai).


Não podia, filho, deixar de registrar aqui suas preferências nesses seus 4 meses e uma semana de vida. E que venham muitos brinquedos, bagunças, cores e sabores na sua vida!

O melhor bolo de laranja ever (e sem leite e manteiga)

Aí que isso aqui é um blog de família e inspirada num post do MMQD, muito saboroso, que você pode ler aqui:  resolvi postar a receita de um bolo de laranja sensacional sem leite e sem manteiga que fica sempre úmido, fofinho, corado e nunca, nunca dá errado!

Bolo de Laranja (sem leite e sem manteiga)

Ingredientes
2 ovos
1 xícara de chá de óleo
1 xícara de chá de suco de laranja (já usei suco de maracujá e também ficou ótimo)
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1/2 pacote de coco ralado ou quanto baste de coco ralado fresco (opcional)

Preparo

Preaqueça o forno por cerca de 15 minutos. Depois, em uma tigela misture bem os 2 ovos, o óleo, o açúcar e o suco de laranja até a mistura ficar bem incorporada. Na sequência adicione, aos poucos, a farinha de trigo, sempre mexendo bem para não empelotar. Se quiser, depois da massa homogênea, adicione o coco ralado. Coloque em forma untada (sempre unto com óleo e povilho com farinha de trigo depois) e leve para assar. Em 30 minutos o bolo fica pronto, mas é claro que você deve monitorar e ver se o palitinho sai seco. Não deixe queimar para fazer a montagem abaixo.

Montagem

Bolo de laranja com coco e geleia de frutas vermelhas
Faça duas receitas do bolo em formas de aro removível, deixe esfriar a massa e desenforme. Corte o centro da parte superior de uma das massas (a que vai ficar por baixo) fazendo uma cavidade no bolo. Lembre-se de deixar bordas largas porque não vai cobertura no bolo. Recheie com a geleia de sua preferência. Nesse bolo da foto o recheio foi de geleia de frutas vermelhas. Depois, coloque por cima a segunda massa e povilhe com açúcar de confeiteiro.  Enfeite com frutas frescas.

Relato de amamentação e APLV (Parte II)

Como já contei aqui o começo da amamentação não foi nada fácil. Quando escrevi o primeiro texto Benjamin tinha 25 dias e estava com a alimentação sendo complementada por NAN Confor 1.

A alimentação com LA (Leite Artificial) não é nada simples. Em alguns bebês, sobretudo no início, ela pode causar prisão de ventre e cólicas então é importante acertar o leite aos poucos. Hoje existem muitas marcas no mercado o que permite que as mães, sempre junto aos pediatras de seus filhos, encontrem a melhor opção para o bebê.

Mas fato é que aos 25 dias de vida Benjamin só chorava. O dia todo, todos os dias e grande parte da noite. Foi um período muito difícil, desses duros de lembrar porque ao choro dele misturava-se meu cansaço, a insegurança e os hormônios mega alterados depois do parto.

O choro incessante foi motivo de teorias inesgotáveis de todos, até de quem via o menino chorando na rua... "Ah! É fome!", "Ah! é cólica!", "Nossa essa mãe é uma monstruosidade e belisca essa criança o dia todo." (a última ninguém falou, mas que pensaram, pensaram. rsrsrs). Bom, sabíamos que fome não era o motivo das lágrimas. Benjamin sempre ganhou peso muito bem, graças a Deus. Então acreditamos que era a hora da cólica. Fizemos de tudo que existe. Massagem, reza brava, remédio alopático, homeopatia e tudo mais. Até encontramos o último pote de Funchicórea do mundo, cedido por uma amiga. E sabe qual foi o resultado? Nenhum. O choro não parava e o menino seguia dependurado nos meus peitos dia e noite.

Passamos ao passo 2: Refluxo. Ele chora porque tem refluxo. E eu pensava "Como ele tem refluxo se ele quase nunca regurgita?". Mas o médico disse que era isso e então começamos a tratar o tal refluxo. Foram 7 dias com medicamento e nenhum sinal de melhora. Foi quando numa inocente troca de fraldas, depois de levar um cocô voador na roupa vi que havia algo errado. O bumbum dele estava vermelho e a mucosa do anus parecia estar inflamada. A sorte é que no dia seguinte teríamos consulta no médico e ele poderia avaliar se o que eu vi era um exagero meu sobre uma simples assadura de bumbum ou se realmente representava algo a mais.

No dia seguinte fomos ao médico e relatamos a fissura. Ele examinou bem, perguntou sobre o choro e quantidade de vezes que o Benjamin evacuava e aí veio a sugestão do diagnóstico. Alergia a proteína do leite de vaca (APLV). Isso explicaria o choro excessivo, a prisão de ventre e a tal fissura. Para confirmar o diagnóstico precisaríamos insentá-lo de todo o contato com leite de vaca e isso incluia mexer na minha dieta, já que ele é alimentado no peito, e mudar, de novo, a fórmula de LA.

Encaramos mais essa e desde que ele tem 1,5 mês não como nenhum tipo de derivado de leite e isso inclui uma lista ENORME de produtos industrializados, que a priori parecem inofensivos, mas que são enriquecidos com proteína de leite de vaca. Com a minha dieta em vigor e com a mudança de leite (do Aptamil para o Aptamil Pepti) ele melhorou bem por uns 5 ou 6 dias e depois recomeçou o choro.

Foi quando decidimos ouvir uma segunda opinião médica e houve a concordância em relação a Alergia a Proteína do leite de Vaca (APLV) mais a suspeita de intolerância a lactose. Isso significou que mudamos, mais uma vez, o LA e chegamos ao Pregomin Pepti, uma fórmula chamada de hidrolisado proteico. Ou seja, não contém nenhum tipo de proteína, vem praticamente digerida para o organismo. Desde então Benjamin é outro neném. Parou de chorar, é risonho, feliz e gordinho. Só que essa fórmula também prende o intestino e por isso, durante 2 meses preparamos o leite dele em água de ameixa.

Nesse interim a amamentação estava indo bem, com Equilid, Homeopatia, Chá da mamãe, tintura de algodoeiro e muuuuitos litros de água até que veio a Mastite. Começou com uma dorzinha, bem tolerável para amamentar até que não deu mais. Amamentar era impossível.

A mastite é a inflamação da glândula mamária. As mamas ficam extremamente doloridas, inchadas, avermelhadas e quentes e o pior: diminui a produção de leite. O tratamento, se feito bem no principio é simples e eficaz. Requer o uso de antibióticos, mas dá bons resultados. Foram 7 dias de antibiótico e antiinflamatorio até que as coisas melhorassem.

E como Murphy, aquele da lei, insiste em aparecer. Não bastava a pouca produção de leite, não bastava a APLV, não bastava a mastite, agora ele resolveu Rejeitar o seio. Segundo os pediatras esse é um comportamento razoavelmente comum entre os bebês e não significa que ele esteja pronto para desmamar. As causas para a rejeição do seio podem ser muitas, mas entre elas - e acho que é o nosso caso - está no uso da mamadeira junto com o seio. Em algum momento da vidinha dele de 4 meses ele percebeu que é muito, muito mais fácil mamar na mamadeira do que extrair leite do peito e aí ele faz o que? Chora, grita, esperneia, vira a cara. Tá fácil.

Agora temos tentado contornar a situação... Com muita paciência, paz de espírito e intervalos maiores entre as mamadas para que elas fiquem mais cheias de leite e ele consiga fazer menos esforço para mamar e como segunda opção a translactação (mais informações daqui alguns dias, depois de feito o teste...).

E se você chegou até o fim desse post, parabéns, porque você foi guerreiro(a) e merece um MUITO OBRIGADA!!!!