sexta-feira, 22 de novembro de 2013

44, -21kg e um post emprestado

Faz dias que estou para escrever esse post aqui. Um post que, a priori, nada tem a ver com a vida do Benjamin, só que tem. Esse post é sobre mim e sobre o dia em que comprei minha primeira calça 44 depois de não sei quantos anos. Ok. Pra um monte de gente uma calça 44 deve parecer absurdo, mas pra quem chegou no 48 (jesus me abana!), 44 é um número lindo de Deus! Pra quem nunca foi magrinha, mas nunca foi uma obesa e chegou a pesar quase 100 quilos, voltar pra casa dos 70kg é o máximo. Foram, em menos de um ano, até agora, 20 quilos a menos - pra resumir a história.

Tudo começou a um tempo atrás... rsrsrs. Tive uma gravidez super tranquila, não posso me queixar, mas engordei bem mais do que eu devia até o 5 mês de gestação. Fiquei apavorada com o ganho de peso (foram quase 8 quilos em 5 meses) e decidi procurar ajuda de uma nutricionista. Da minha consulta com a nutricionista em diante, segui a risca as orientações que ela me deu e ao final de 40 semanas de gestação eu havia engordado 16kg (4 a mais do que era a minha meta e o ideal). Mas tudo bem. A gente resolveria isso depois. Quando Benjamin completou 1 mês eu já havia mandado embora doze, dos 16kg que engordei. Estava feliz.

Aí veio o remédio para amamentar. Um remédio controlado, que tem como efeito colateral aumentar a prolactina. Eu, que quando engravidei já estava um pouco acima do peso, nem me dei conta do que estava acontecendo. Então tínhamos o seguinte cenário: eu um pouco acima do peso antes de engravidar + 4 quilos não eliminados pós gravidez + um remédio que me ajudou a amamentar, mas me dava uma fome dos diabos + todas as preocupações de uma recém-mãe, com um bebê mamão, que não dormia nunca e com APLV. O que aconteceu? + 20 quilos na balança. Ao total, 25 quilos extras. :-O

Bom, aí veio um dia desesperador. Era dezembro de 2012 e eu tive uma super entrevista de emprego e não havia nenhuma roupa que me cabia. Aí fui numa loja de grávida e comprei uma calça enooorme, sem estar grávida #fail. Daquele dia em diante decidi que eu precisava tomar uma atitude pra me resgatar.

Comecei uma dieta por minha conta e por ela perdi 3 quilos. No aniversário do Benjamin, em fevereiro deste ano eu estava com 92 quilos e não conseguia emagrecer mais. Foi quando uma amiga muito querida me indicou uma super nutricionista e eu decidi ir.

A nutri fez pra mim uma dieta específica. Não foi fácil. Passei uma certa fome no começo? Passei. Precisei me organizar para seguir à risca a dieta, preparando os alimentos corretamente e nas quantidades certas. Deu trabalho? Muito. Pensei em desistir? Muitas vezes. Encheu meu saco? Super. Mas o fato é que só com a reeducação alimentar - sem fazer exercícios - mandei embora 18 quilos em 6 meses. Quando eu já estava mais leve e havia incorporado a rotina da alimentação saudável na minha vida consegui me animar em me exercitar e comecei então a correr. Faz dois meses que corro duas vezes por semana (na verdade às vezes nem consigo cumprir essa meta, mas pelo 1 vez na semana corro uns 4k) e desde que a corrida começou mandei embora mais 3kg, totalizando os 21kg eliminados de abri até novembro.

Há duas semanas fui ao shopping e decidi experimentar uma calça jeans. Tive medo, mas pedi ao vendedor uma calça 46 e uma 44. E a 44 serviu!!!!!!!!!! Ele me trouxe uma 42, e eu, provei, certa de que ela nem passaria na minha batata da perna, mas ela passou! Tá certo, num ficou assim otimissima, mas serviu!

Então é isso, fui do 48 ao 44 em 7 meses e agora estou perto de chegar ao tamanho 42! Ainda faltam uns quilos pra eliminar, mas a gente chega lá, não é? Com altos e baixos, com persistência a gente consegue!

E tudo isso está aqui no Blog do Benjamin porque eu devo agradecer a muitas pessoas nessa jornada de me resgatar. Em primeiro lugar ao Benja, que me faz querer ser uma pessoa melhor todos os dias. E isso inclui, ser uma pessoa mais saudável, mais ativa, mais equilibrada, mais feliz. Ao Rafael, meu marido, que não me deixou desistir de reencontrar a mim mesma. À minha querida amiga Luísa Pinheiro, que me indicou a Nutri e me apoia sempre nos meus momentos de fraqueza e de vontade de "si jogar" no brigadeiro. À nutri Pri Di Ciero, que me ensinou muitas coisas sobre comer melhor. E algumas pessoas da internet, que mesmo sem eu conhecer - e sem me conhecerem - me inspiram e me ajudam. A Pat Feldman, a Thais Ventura (do Delícias do Dudu), Ao pessoal do Comer para crescer e a Debs, do blog da Debs, que é minha ídola do mundo das mães que se cuidam e correm!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O coração partido de uma mãe

Desde que o Benjamin nasceu eu organizei minha vida para estar, a maior parte do tempo perto dele. Mesmo tendo voltado a trabalhar quando ele tinha 2 meses, tinha uma pessoa que me ajudava durante meio período do dia para que eu pudesse fazer as coisas do meu trabalho a tarde, em home office. Depois a babá foi embora e ele começou a ir para a escola - também em meio período - e nos dias mais apertados de trabalho deixava ele alguns períodos mais longos por lá.

Mas o fato é que nessa semana, pela primeira vez nesses 1 ano e 7 meses precisei deixa-lo a semana toda em período integral na escola porque a demanda de trabalho está muito intensa - o que obviamente, por um lado, é ótimo, mas por outro, me corta o coração.

Já na segunda-feira, durante o café da manhã, expliquei à ele que tinha acontecido uma coisa muito legal. A mamãe tinha conseguido três trabalhos novos, estava muito contente e precisava da ajuda do Benjamin para trabalhar e por isso, por esses dias, ele iria para a escola por um período maior porque a mamãe precisava escrever bastante. Ele entendeu, disse que ia brincar na escola com os amiguinhos e ficou por isso mesmo.

Aí hoje cedo, na preparação para o banho, eu pergunto, como faço todos os dias, bem animada: "Quem quer ir para escola???" e esperando a resposta que ele dá, todos os dias bem animado e com a mão em riste fiquei esperando um "Eu também, Benjamin!", mas a resposta foi "Benjamin quer ficar em casa com a mamãe". Morri.

Expliquei à ele de novo que a mamãe ia trabalhar hoje e que ele ia pra escola brincar com os amiguinhos e que no fim do dia íamos fazer algo bem legal. E que amanhã, se tudo fosse como o esperado passaríamos mais tempo juntos.

Levei ele para escola, entreguei ele para a professora que ele tanto gosta, e ele foi participar da aula de leitura como um príncipe. Saí da escola, sentei no carro e chorei. Por mim, por ele e por pensar na coragem de tantas mães que fazem isso diariamente porque precisam deixar seus filhotes em casa aos 4 meses, quando termina a licença maternidade. Chorei de saudade do Benjamin. Chorei porque tive o privilégio de poder escolher sair desse sistema capitalista nojento e trabalhar de um jeito diferente, graças ao apoio do meu marido. Chorei sei lá porque, porque mães choram mesmo, de alegria, de tristeza, de culpa, de saudade, mesmo quando tudo isso é só uma bobeira momentânea, né?

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Primeira parceria do Blog!

Começamos, nessa semana, uma parceria com o laboratório Daudt, que produz o creme dental infantil Malvatrikids e o óleo para pele de bebês Dersani Baby.

Os posts aqui do VVdM serão publicados na Fanpage "Fala Bebê" (clique aqui) do laboratório no Facebook, onde estão disponíveis dicas e informações bem legais sobre diversos assuntos da maternidade.

Em breve falarei um pouco sobre os produtos que usamos, contando um pouco da experiência com cada um deles. :)

 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Sobre crianças que comem bem

Um monte de gente me pergunta como faço para o Benjamin comer bem.

A alimentação dele sempre foi uma preocupação muito grande para mim. Além dele ter passado pela APLV, desde antes de engravidar sempre tive horror ao ver aquelas crianças se entupindo de besteiras como bolachas recheadas, chocolates, Mc Donald's e afins. Digo isso porque hoje, mais do que nunca, se sabe o quanto esse tipo de comida faz mal - além de engordar.

Fora isso, penso que no mundo em que vivemos, da poluição, da comida industrializada, dos sabores artificiais, do pouco contato com a natureza, da preguiça de cozinhar, do "faz assim que é mais fácil, mais simples" sobram tão poucas referências de dedicação de tempo, que a comida pode e deve ser um exemplo bom a ser seguido e mantido. Vou explicar.

Venho de uma família em que todo mundo cozinha muito bem. Minhas avós (hoje só tenho uma viva) sempre fizeram receitas maravilhosas. De lasanha com massa artesanal finíssima a esfihas, quibes e bolos maravilhosos, a comida sempre foi pra mim, mais do que alimento; representou afeto, boas lembranças, carinho, conversa.

Não me esqueço da expectativa que era a preparação da lasanha da minha avó. Nem tampouco posso me esquecer do prazer que tinha em ajudar a mãe do meu pai a fazer as bolinhas de massa da esfiha e abri-las uma a uma para depois recheá-las e comê-las quentinhas, saídas do forno. Não me sai da cabeça de como era legal ver o pão crescer e de como eu gostava de ver meu pai e meu avô prepararem o cordeiro do Natal durante três dias, deixando a casa toda perfumada com ervas e vinho tinto.

Mas aí, a gente cresce, começa a trabalhar, casa, toma cerveja, come amendoim japonês e desencana de ficar cozinhando um monte de coisas, né? Só se dá ao trabalho mesmo de ir ao restaurante ou de pedir uma pizza de vez em quando. Um risotinho é o auge da elaboração e olhe lá.

Só que quando um bebê nasce, muda tudo. E foi o que aconteceu aqui em casa. Quando Benjamin começou a chegar perto da idade de comer comecei a pensar sobre o que eu gostaria ou não que ele comesse. Sobre quais eram as memórias que eu queria que ele tivesse sobre a comida, e aí comecei a pesquisar.

A primeira referência que encontrei foi o site da Pat Feldman (Veja aqui). Ela é uma super expert em nutrição infantil. Depois, comecei a consultar o Comer para Crescer e em meio a tudo isso conversei muito com os pediatras do Benja e li sobre quais eram as melhores alternativas para alimentação dele. E então cheguei a uma grande conclusão: Criança nenhuma come bem, se você não comer bem também. Então, eu tinha que mudar a minha alimentação.

Exemplo, minha gente, é tudo. Coma bem na frente do seu filho e a chance dele comer bem será enorme. É OBVIO que cada criança tem suas preferências e particularidades, mas paladar é treino, insistência e exemplo. Então se você insistir em uma alimentação saudável e treinar seu filhote a experimentar diversos sabores suas chances de sucesso aumentam e muito.

Por isso, a partir da semana que vem vou colocar aqui algumas dicas e receitas de papas que fazia para o Benjamin e que eram só sucesso. Um jeito bom de organizar a dieta dos pequenos e a sua também, porque seu filho pode - e deve - desde cedo - comer aquilo que você come!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

E se o perigo aparece bem perto de você. Você sabe reconhecer?

A gente tá cansado de ver e ouvir, principalmente nos noticiários, casos escabrosos sobre pedofilia. Mas a bem da verdade a gente nunca acha que isso vai acontecer com a gente, né? (bate três vezes na madeira, isola, sarava!). Acontece que semana passada passamos por uma situação (calma gentes, nada, de fato aconteceu, apenas uma luz aqui se acendeu), que me deixou bastante assustada e foi aí que comecei a ler sobre o assunto e por isso decidi escrever a respeito disso também.

Vou contar o causo, sem dar maiores detalhes ou nomes aos bois porque, como já disse, graças a Deus, nada aconteceu, mas serve como alerta para prestarmos atenção em certos tipos de comportamento de algumas pessoas.

Benjamin é um cara muito simpático. Como regra não estranha ninguém, se dá bem com todo mundo, troca ideia com todos e é conhecido por vizinhos do prédio e pelo pessoal do bairro. Tanto é que sou mais conhecida hoje em dia como "a mãe do Benjamin" do que pelo meu próprio nome.

Um monte de gente oferece coisas pro Benjamin na rua (pão de queijo, bala, refrigerante, bexiga etc) e entre a vizinhança não é diferente. Outro dia um vizinho aqui do bairro, depois de insistir por várias semanas que fossemos a casa dele, nos convidou (a mim e ao Benjamin) para tomar um café e apresentar ao pequeno um instrumento musical diferente que tinha na casa dele. Decidimos aceitar o convite.

Chegando a casa do vizinho, muito cordial, ele nos apresentou o instrumento, lindíssimo, e começou a nos mostrar um monte de bichinhos de pelúcia que estavam espalhados pela casa toda (na verdade por toda a sala). Os bichinhos -  certamente havia mais dez -  tinham nomes próprios, personalidade e histórias de vida. O vizinho então apresentou os bichos ao Benjamin, que nem deu bola a eles, e depois nos ofereceu um lanche e começou a perguntar sobre o que o Benjamin gosta de comer e fazer e tal e coisa. Na hora, fora estranhar o fato de na casa de uma pessoa de seus 60 anos, sem filhos ou netos haver um monte de bichos de pelúcia nada me ocorreu, mas depois algo ficou apitando na minha cabeça.

Tá certo, gente. Não sou, não quero e nem posso julgar ninguém. Cada um sabe "da dor e da delícia de ser o que é", mas que é esquisita uma situação dessas, é, né?

Então fui ler sobre o que é pedofilia e quem são os pedófilos e o que a maioria dos sites mostra é o seguinte (fonte: site do Ministério Público Federal):
  • Qualquer pessoa pode ser um pedófilo. Não importa idade, condição social, raça, sexo, ou nível de instrução.
  • Em geral, os pedófilos são do sexo masculino, mas há mulheres pedófilas também.
  • O pedófilo costuma ser uma pessoa "acima de qualquer suspeita", muitas vezes, alguém próximo a família, um parente, amigo, professor, vizinho. Sempre é aquela pessoa que se dá bem com a criança e se interessa por elas.
  • A casa dos pedófilos sempre é atrativa às crianças. Possuem vários objetos, jogos, guloseimas para agradar crianças e adolescentes.
  • Gostam de ficar sozinhos com crianças ou adolescentes, sendo muito atenciosos e sedutores.
  • Gostam de fazer “amizade” com crianças e adolescentes.
  • Sempre procuram agradar suas vítimas com presentes, elogios e promessas.
  • Procuram fazer carinho nas partes íntimas de crianças e adolescentes.
  • Sempre pedem para guardar segredo e nunca contar nada a ninguém sobre seus  comportamentos.
  • Às vezes, ameaçam a criança/adolescente, algo ou alguém de que goste muito, caso não ceda às suas vontades. (aqui quando o abuso já acontece)
  • Pedem para filmar ou tirar fotos de criança/adolescente, com pouca ou nenhuma roupa e pedem para fazer poses sensuais. (aqui quando o abuso já acontece)
A pedofilia é crime. Deve e precisa ser denunciada. Ela acontece no ambiente online e off-line também. Por isso, se você tomar conhecimento de um caso de pedofilia, denuncie. Fique atento. Aqui neste link você pode baixar a cartilha elaborada pelo Ministério Público Federal.
 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Eu quero lutar por menos!

Quero precisar de menos. Quero que o Benjamin cresça com menos necessidades. Quero que seja menos carente do eu fui, ainda que eu, por muito esforço dos meus pais e avós tenha sido muito pouco carente de tudo.

Quero sim uma cidade que seja mais. Mais justa, mais segura, mais acessível, mais saudável, mais - de fato - democrática. Quero que cada um possa viver na sua e ter seu espaço para viver suas liberdades. Quero poder assegurar o meu direito - e dos próximos também - de hastear as bandeiras da diversidade, sem discriminação. Não quero mais essas babaquices nomeadas no poder. Quero posicionamento.

Quando eu estava na faculdade e fazia parte do Centro Acadêmico diziam que eu era em cima do muro. E talvez essa percepção viesse pelo fato de que sempre me dispus a escutar o que os vários "lados" de uma mesma história tinham a dizer. Agora, depois da maternidade, eu me autorevolucionei e concluí, a duras penas, que não existe assim - infelizmente - um meio do caminho. Para se chegar ao "meio do caminho", a um lugar de paz, é preciso posicionar-se e escolher um lado. E eu escolhi um lado.

O lado de quem vai apoiar as causas que lutam pelos que tem menos. As lutas por direitos humanos. A luta pelo respeito ao outro em primeiro lugar. E já que não consigo sair mais e ir às ruas protestar vou me comprometer a falar e discutir com quem posso em profundidade. A pensar, debater e tentar entender a fundo que acontece nesse nosso país pra poder, enfim mudar alguma coisa dessa nossa triste realidade.

E por isso aqui vou colocar alguns links de causa importantes para se interessar, apoiar e lutar e instituições com informações que aprofundam sempre os debates políticos:

Infância Livre de Consumismo: pela regulamentação da publicidade dirigida à criança
Petição pelo NÃO AO ESTATUTO DO NASCITURO
Cooperifa SP



Mais um adendo: No dia em que eu crescer quero escrever assim bonito que nem a Super Duper Anne, nessa belíssima reflexão que aqui está.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Dar um trato na jaula

Daí que um monte de gente me pergunta sobre como que a gente faz pro Benjamin escovar os dentes e não chorar.

A gente não faz. Hahahah Ele chora, meu povo. É verdade que chora pouco, mas chora.

Aí decidi contar um pouco - inclusive pra registrar - sobre como é esse lance de "dar trato na jaula", como diz o papai, aqui em casa.

Tudo começou bem cedo, quando ele era ainda "sorribanguelo", ou seja, desdentado. Uma vez por dia, e a bem da verdade quando dava, eu limpava a boca dele (uma mini boca) com uma gaze embebida em uma solução de água e bicarbonato de sódio. (100ml de água filtrada fervida com 1 colher de chá de bicarbonato de sódio). Fomos assim até ele começar a comer, por volta do sexto mês.

Nessa época, com seis meses, passamos a usar a "dedeira". Um negócio de silicone que tem cerdas. Seguindo sempre a orientação da pediatra limpávamos a boca dele pelo menos uma vez por dia, sempre antes de dormir, com a dedeira e água filtrada. Deixávamos ele deitado no trocador e sempre fazendo caretas engraçadas e abrindo a boca enfiávamos a mão na boca dele (no caso, na gengiva) e limpávamos o que estivesse por lá). Assim foi até ele ter uns nove meses, quando apareceram os primeiros dentes.

Aí veio a primeira grande dica da pediatra pra introdução da escova de dentes: Dê uma escova de dentes pro Benjamin. (Óbvio, né?). Mas fato é que até então a gente tinha comprado uma escova de dentes pra ele, que ficava com a gente. E a ideia era, ele precisa ter uma escova de dentes pra ele, que fique com ele. E isso fez toda diferença. O cara se apaixonou pela escova de dentes.

Outra coisa, a escovação de dentes aqui em casa passou a ser coletiva. Ou seja, criamos momentos de escovar os dentes. Logo cedo todos escovamos os dentes juntos, a noite, também. E ai vira uma coisa gostosa de se fazer, como uma brincadeira.

Um outro ponto. Definimos que, por uma questão de bom senso, pelo uma escovação do dia precisaria ser feita pelo papai ou pela mamãe, uma escovação pra valer, de verdade, sem choro nem vela. Com o intuito de limpar mesmo. Mas como o hábito de escovar os dentes já está bem consolidado na maioria das vezes não temos maiores problemas.

Aí outro dia, numa palestra sobre odontopediatria, aprendi que o uso da pasta de dente SEM Flúor é superimportante e desde então inserimos a dita cuja no nosso dia a dia e isso facilitou e muito a escovação dos dentes do Benjamin.

De todo modo, pra resumir, algumas dicas importantes pra ter sucesso na coisa de escovar os dentes do pequenos é:

  • Comece desde cedo. Hábitos que vem desde que eles são bem pititicos são absorvidos mais facilmente (vide o ADtil)
  • Tenha sempre duas escovas de dentes. Uma que você usa pra escovar os dentes do seu filho e que fica com você e outra que ele usa e ele guarda e fica com ele!
  • Faça do momento de escovar os dentes (ou a gengiva) um momento gostoso
  • Não tenha medo de escovar os dentes do bebê, mesmo que ele chore, é pro bem dele
  • Algumas posições são mais fáceis para realizar a ação: deitado ou sentado com a cabeça levemente inclinada para trás (nessa posição a criança automaticamente abre a boca - se coloca-la no cadeirão é batata, dá certo!)
  • Compre uma escova de dentes muito macia
  • Se for usar pasta de dente e seu filho tiver  menos de 6 anos use uma pasta de dentes SEM FLUOR e SEMPRE CONSULTE SEU PEDIATRA/ ODONTOPEDIATRA
  • Mesmo que seu filho adormeça mamando e você não queira acordá-lo para escovar os dentes, escove BEM os dentes dele ANTES da mamadeira do soninho e não deixe de escovar os dentes dele de manhã, quando ele acordar
  • Escove os seus dentes na frente do seu filho e mostre à ele como isso é gostoso de se fazer e prazeroso. Não esqueça: crianças aprendem pelo exemplo! :-)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Upgrade no vocabulário parte II


Novas palavras foram incorporadas ao vocabulário do Benjamin em velocidade recorde. Aí  vão algumas delas:

"Bus" = Onibus
"Boboê" = borboleta - Agora temos uma versão atualizada, que vocês conferem no vídeo abaixo!
"Guti" = iogurte
"Bá" = bolacha
"Pônma" = pomba
"Piupiu" = passarinho
"Puma" = espuma
"Bãnh" = banho
"Pêta" = preta (para falar da gata, Margarida) 
"Abóba" = abóbora 
"Móto" = moto 
"Bici" = bicicleta 
"Vião"= avião
"Meancia" = Melancia



sexta-feira, 12 de abril de 2013

Dica de passeio

Passando só para postar uma dica de passeio para o fim de semana.
No sábado, dia 13 de abril, acontece na Livraria da Vila da Al. Lorena o lançamento do livro“Ciranda do Pantanal”. A quarta publicação de uma série de cinco, faz parte do projeto “Redescobrindo o Brasil”, idealizado pela fundadora da marca de roupas Green, Márcia Missako Oura.



Serviço – lançamento do livro “Ciranda do Pantanal”
Data: 13.04 (sábado)
Local: Livraria da Vila
Horário: das 15h00 às 18h00
Apresentação Ateliê Teatro às 16h00
Oficina de pintura e dobradura
Endereço: Al. Lorena, 1731


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Feliz aniversário e os desejos de uma mãe

Mais de um ano depois eu arrisco dizer o que desejo para você, meu amor, passado esse seu primeiro ano de vida.

Desejo, Benjamin, que você tenha uma vida feliz e intensa. Que em todos os momentos você seja uma pessoa saudável, íntegra, justa (sobretudo com você mesmo) e amorosa. Que você saiba que amar é tão bom quanto ser amado. E que entenda que todas as ações que temos produzem um efeito, e que esses efeitos nem sempre são aqueles que a gente espera.

Desejo, filho, que a vida te ensine, por vias menos dolorosas do que as que eu precisei passar para aprender, que as coisas são como são e não como a gente gostaria que elas fossem, mas que isso não nos impede - muito pelo contrário - de lutar pelos nossos sonhos, convicções e desejos.

Quero, meu amor, que você creia em Deus. Eu te ensinarei a crer em nosso Senhor Jesus Cristo e a ser um bom cristão, mas se no futuro essa não for sua escolha, tudo bem. Espero apenas que você leve em conta os dois principais ensinamentos desse homem admirável que foi Jesus: "Ame a Deus sobre todas as coisas e ame ao próximo como a ti mesmo". O resto, filho, o bem, vem como consequência dessas duas ações.

Desejo que você viva uma vida de verdade, que procure seguir aquilo que te faz feliz, sempre. Que seus caminhos sejam abençoados com amigos e amores verdadeiros. Que você enfrente as dores que a vida traz com bravura, e que não endureça seu coração por elas, apenas que aprenda ser mais e mais forte.

Desejo, meu príncipe, que você sorria sempre que quiser e mais do que isso, que tenha o direito de chorar quando e onde desejar. Que possa expressar suas emoções, dúvidas e sentimentos sem ser recriminado ou mal visto. Que todas as suas escolhas na vida sejam respeitadas por aqueles que te importam e que você tenha instrumentos para fazer as melhores escolhas possíveis.

Que eu possa, filho, estar ao seu lado por muitos e muitos anos, te acompanhando, orientando, brincando, ensinando e brigando quando for necessário.



Amo você, meu príncipe.
Feliz aniversário de um ano, um mês e 6 dias!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Cena Inesquecível - 20/03/2013

Benjamin está comendo sua bolachinha de água, a "bá", quando Margarida, a gata, chega e rouba a bolacha das mãos dele.

Ele começa a chorar copiosamente. Eu brigo com a gata e consolo o menino enquanto pego outra bolacha pra ele e deixo-o no chão da sala.

Quando volto da cozinha ele, ainda com os olhos cheios de lágrimas, olha pra Margarida, quebra um teco da bolacha e diz "qué bá?". Ela vai lá e come da mão dele, ele divide a bá com ela sem mais chorar.
Morri.
Margarida: Foto de Ana Paula Liboni

segunda-feira, 18 de março de 2013

Festa de 1 ano do Benjamin

A festa de um ano do Benjamin começou a ser pensada logo depois do Chá de Bebê! hahahah
Paranoias a parte, eu gosto dessa coisa de festa, sabe, filho?
Nos aniversários da sua prima, Maria Clara, eu sempre gostei de pensar as coisas, o tema, os detalhes, a decoração, as comidas, tudo!
No seu aniversário não foi diferente.

Desde que começamos a frequentar a pracinha a ideia original era fazer a festa lá. Um piquenique gostoso, reunindo os nossos amigos e, principalmente, os seus amigos!

Mas aí fevereiro chegou, super chuvoso, cheio de alagamentos e árvores caídas e mesmo com toda logística para fazer a festa na praça pensada, achamos melhor realizar a festa no salão de festas da casa do seu avô e preservar o conforto de todos.

Bom, como disse, o tema se fosse na praça, seria piquenique e mantivemos a ideia, mesmo fazendo a festa no salão.

Eu, sua tia Sheila e a Tia Geni fomos à 25 de março comprar as coisas da festa. Compramos tecidos, forminhas para doces, brinquedos para lembrancinhas, fitas, embalagens, copos, pratos etc. E aí as coisas foram tomando forma. Escolhemos as cores principais da festa: Vermelho, Azul, Verde e Amarelo. Depois complementamos com outras cores para deixar tudo bem alegre e colorido.
Além do xadrez, padrão de piquenique, decidimos usar cataventos.

A outra ideia era reaproveitar, ao máximo materiais que tivéssemos em casa ou que pudessem ser usados em casa após a festa. Por isso, nada de coisas completamente dedicadas ao tema festa. Usamos cachepots de flores e taças grandonas para por docinhos e que em casa podem ser úteis para servir salgadinhos.

Usei também latas de leite em pó para deixar alguns docinhos em uma altura diferente.
Como não dava para fazer todos os doces decorados que pensei, priorizei os cake pops de abelhinha, passarinho e joaninha e encomendei picks de insetinhos e maçãzinhas para compor a mesa. Tudo reciclável.

A ideia foi fazer uma festa como eu sonhei para você. Linda, feliz, colorida, gostosa e que você pudesse aproveitar.

Sobre os comes e bebes

Encomendamos sanduiches de metro e uma cesta de pães integrais variados. Fizemos patês de ricota com cenoura, azeitona, tomate seco e homus.

Os docinhos de festa tradicional também estavam lá, mas ao lado deles estava uma farta mesa de frutas com melancia, banana, uva, maçã e tudo que crianças da sua idade gostam de comer.

Para beber tinha cerveja para o adultos e refri, mas também suco natural de manga, uva e caju  (tudo sem açúcar), além de água com hortelã (uma delícia para os dias quentes de verão).

Vamos às fotos que fica mais fácil de explicar.

Os lindos pompons que enfeitam a mesa foram feitos pela Tia Camilla, que está expert nesse negócio de pompom!

Vista geral da mesa do bolo

Forminhas em forma de folha para lembrar a grama e picks de insetinhos

Bolo feito pela mamãe

Panelinhas com brigadeiro de colher como lembrancinha para os adultos

Toalhas xadrez para o piquenique e muitos pãezinhos e sanduíches

Kit de lembrancinha. Para as crianças sacolinha com catavento e bolinha de sabão

Cataventos de todas as cores

Cakepops

Detalhes da mesa. Os cakepops ficaram em cachepots com sal grosso

Caixas de feira para acomodar as lembrancinhas

Mais lembrancinhas

Cesta com pães integrais


Fotos por Carol Bastos (www.carolbastos.com) 

Um ano, dias e alguns registros - Atualizado

Filho você já tem um ano e alguns dias e eu não consegui, ainda, escrever um post a altura do sentimento que é ter você na minha vida.
Mas ando com algumas coisas na cabeça que acho melhor registrar agora antes que eu esqueça.
Seu vocabulário nas últimas semanas aumentou, e muito!

Além de mamãe, papai e água você fala vovô e vovó.

A famosa "TzáTzá"
Auau = cachorro (essa é fácil)
Bó = bola
Ãf = suco
Bá = bolacha
Papá = comida ou qualquer apetrecho relacionado a fazer comida como fogão, panelas, pratos, talheres e copos
Gol = gol (futebol, gramado ou qualquer coisa verde que apareça na TV)
Popó = a galinha, mas em geral é a Galinha Pintadinha
Bã = banho
Tssss = corinthians
Nenê = nenês menores e crianças maiores que você também
TzáTzá = Zazá do Cocoricó
Pé = pé
Mã = Mão
Dnts = dente
Tnis = tênis (o sapato)
Bé = boné
Má = maçã
Bã = banana
Mamão = mamão



Você também sabe os sons de alguns bichos.
Quando perguntamos que som faz o(a):
Cachorro você responde "Auau"
Gato você responde "miau"
Vaquinha você responde "Muuu"
Ovelinha você responde "Béééé" (esse é o mais fofo de todos)
Quando perguntamos do cavalinho você faz "Pct pct pct" e chacoalha o corpo todo como quem cavalga.

E por enquanto é só, filho. Logo que mamãe lembrar mais, ela escreve.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Reflexões e a certeza de que tudo vai passar

Há dias venho pensando nisso que vou escrever. Não sei se é por estar perto do aniversário do Benjamin e eu estar fazendo uma retrospectiva desse intenso primeiro ano de nossas vidas, ou se é pela proximidade de muitas amigas queridas grávidas, pra parir e recém paridas, mas não consigo parar de pensar sobre os primeiros dias do Benja aqui em casa.

Confesso que nunca achei que ter um filho fosse fácil, mas também, nem nos meus piores pesadelos, imaginei que fosse ser tão difícil. Talvez fossem os hormônios (ou a falta deles) nos primeiros dias, somado ao medo de não saber o que fazer com aquela pequena criatura. Talvez fosse falta da minha mãe. Talvez seja assim pra todo mundo, mas ninguém conta - dessas coisas segredos das mulheres. Talvez o medo de admitir as sensações ruins fosse tão grande e a culpa tão imensa que tudo ficava mais dolorido. No fim, acho que era tudo isso junto.

Mas fato é que eu odiei os primeiros dias do Benjamin aqui em casa. Embora, estranhamente eu tenha saudades. Para mim foram dias muito, muito ruins e difíceis. Tá certo que tivemos algumas dificuldades que já contei aqui e aqui que deixaram tudo mais complicado. Mas o fato é que mesmo sentindo um amor e uma admiração absurda pelo pequeno, aquela coisa toda de não dormir, não saber o que fazer com uma nova pessoa em casa, não conhecer os sinais do que ele precisava me deixaram desesperada, cansada, triste, de bode.

Parecia que tudo era um grande tormento, como se muitas ondas de um gigantesco tsunami não parassem de me atingir. Praticamente a cada duas horas. No meio disso as pessoas perguntavam freneticamente como ele se comportava, se estava tudo bem, se dava pra passar em casa na hora x ou y e também não cansavam de palpitar sobre as razões do choro ou sobre se estava quente demais ou frio demais pro pequeno. Sei lá. Era muita informação. Era muita novidade. Eram muito poucas as certezas. Era tudo demais, tudo pesado.

Em alguns momentos achei que aquele sentimento ruim não acabaria. Numa tarde de desespero recebi de uma amiga querida, mãe há um pouco mais de tempo do que eu, um bilhete: "Não se preocupe. É difícil mesmo, mas não se esqueça que vai passar". E desde então, sempre que me vejo numa situação ruim ou difícil, penso que "vai passar" e tento conduzir as coisas com mais leveza.

Me lembro que ir ao pediatra era uma alegria. Uma das poucas oportunidades de sair de casa nos primeiros dias. Lembro que tudo dava medo: medo de sair de carro com o bebê, medo dele não engordar, medo dele desmamar, medo do choro, medo de ele não dormir, medo de eu não dormir, medo do peito doer na hora de amamentar, medo de não acertar se o que ele tinha era fome, calor, frio, dor de barriga,.  Me lembro também de ter medo de ficar sozinha com o Benjamin e não saber o que fazer com ele. Acho que por isso ele ficou tantos meses dormindo em cima de mim mamando - era quase como querer colocá-lo de novo na barriga. No dia que o marido voltou a trabalhar e a faxineira não veio eu tinha até medo de não conseguir lavar as mamadeiras e colocá-las para esterilizar.

A verdade é que eu me sentia um bicho. Uma onça assustada, sem saber o que fazer direito, querendo fugir e, ao mesmo tempo, desejando proteger a cria. Uma maluquice.

Mas nem tudo é tormento. Fato é que com o passar dos dias as coisas foram passando, ficando mais leves. Até as dificuldades, como a APLV foram sendo mais  simples de lidar. As ondas de tsunami ainda estavam lá, mas vinham com menor frequência me afogar. E fui vivendo os dias, um de cada vez, como tem que ser.

Hoje, quase 12 meses depois daqueles primeiros e difíceis dias tenho saudades do meu bebezinho petitico nos braços, mas ao mesmo tempo me apaixono cada dia mais pela pessoinha que Benjamin é. É uma delícia vê-lo crescer, se tornar mais autônomo a cada dia, comer, brincar, arrastar-se, engatinhar, rir, falar. Tudo me deixa saudades. Tudo é mágico. Hoje, a hora de fazê-lo dormir me deixa feliz em saber que mesmo ele já sendo grandão, continua a ser meu bebezinho, pequenino.

Hoje começo a entender que ser mãe é enfrentar o maior tsunami que nunca se ouviu falar e sobreviver a ele. E entendo também que o que somos antes de sermos mães é completamente apagado de nossas vidas por um tempo, para que possamos nos construir como seres maternais. Não dá pra se entregar a maternidade sem se esquecer por um tempo, sem sofrer, sem temer, sem achar que nunca mais "Seremos nós mesmas e teremos nossa vida de volta". Cada mulher tem seu próprio tempo de se esquecer, para, depois, voltar a lembrar de si e construir um novo eu, um eu mais forte, mais completo, mais mulher e mais mãe.

E acho eu que toda mãe, assim como eu, tem saudades. Saudades dos dias bons e dos ruins ao lado da cria. Saudades de coisas que fez e de outras que deixou de fazer com os filhos. Umas sentem falta, como eu, de terem sido mais leves. Outras, acredito eu, devem se ressentir de não terem curtido tanto, inclusive as dificuldades.

Por isso, nos dias atuais, sempre que posso digo às amigas: curtam tudo, até as tristezas. Peçam ajuda. Lembrem-se de que tudo que é bom e também tudo que é ruim, vai passar. Entreguem-se a aventura de virar mãe. Sigam seus corações mais do que a qualquer regra ou palpite. Fotografem e filmem seus bebês. Observem cada detalhe. Percebam cada nova sensação em você e nessas pequenas e mágicas criaturas. Sejam leves sempre que puderem e se em alguns dias tudo pesar, deixe que assim seja e derrame as lágrimas que quiser. Tudo é importante e lindo, mesmo se difícil.

Imagem extraída de:http://missflorinda.blogspot.com.br/2012/07/tudo-vai-passar.html


Escola

Há alguns dias uma amiga querida me perguntou, depois de ler o post sobre os 11 meses do Benjamin, por qual razão eu não falei da Escola. E é mesmo! Preciso contar da escolinha!

Imagem extraída de: http://www.efecade.com.br/minha-escola/
Desde que a babá nos abandonou depois que voltamos de férias (isso é história para outro dia) decidimos que a melhor opção para o pequeno seria ir para a escolinha. Não foi uma decisão fácil de tomar. No mundo ideal (aquele das ideias) eu queria que o Benjamin fosse pra escola com 2 ou 3 anos, mas considerando a nossa experiência com a babá, observando uma série de babás que conheço e vejo como atuam no dia a dia com as crianças e escutando e lendo dezenas de histórias bizarras sobre maus tratos, decidimos - não sem medo - que a escola era a melhor opção.

Alguns critérios que usamos acho que são bons parâmetros para quem está pensando em colocar o filho(a) na escola ou berçário e por isso vou dividir aqui as nossas ideias:

- Precisava ser uma escola pequena, atenciosa, segura para o Benjamin e limpa

- Precisava, acima de qualquer coisa, priorizar o carinho e o cuidado com a criança
- Precisava  ter uma mensalidade que coubesse no nosso bolso
- Precisava ter flexibilidade nos horários
- Precisava ser perto de casa
- Precisava dar atenção a questões como: alimentação saudável, gerenciamento de conflitos de interesses (Entre as crianças), estímulos intelectuais adequados a cada faixa de idade, ter um local para amamentar (não era nosso caso na época, mas considerei isso importante) e por aí vai

Pesquisamos algumas escolinhas aqui perto e ficamos entre duas. Consultamos amigas pedagogas, que nos orientaram sobre o que observar na escola para decidir se aquele era o melhor caminho. Conversamos muito e tomamos uma decisão que levou em conta todos os itens colocados acima, mas que, prioritariamente, foi resolvida por um critério de escolha infalível: o coração. Seguimos nosso feeling de mãe e pai e optamos pelo lugar em que nos sentimos mais seguros, acolhidos e que nos pareceu dar essa sensação ao Benjamin. Esse critério pesou mais que todos e então, escolhemos a escola.

Se ele estudará para sempre nessa escola? Não sabemos. Mas o que temos certeza é que enquanto ele estiver sendo bem cuidado, alimentado, tratato com carinho e respeito é lá que ele vai ficar metade do dia dele. Construirá algumas de suas primeiras amizades, dará passinhos rumo a uma infância feliz, saudável e alegre.






terça-feira, 29 de janeiro de 2013

11 meses!

Ontem meu pequeno príncipe, você completou 11 meses. Daqui um mês fará um ano que você chegou nesse mundo maluco e eu nem posso acreditar que você existe.

Durante esses 11 meses de vida mudamos muito. Todos nós. O mundo ficou mais bonito e feliz por sua causa.

Nesses 11 meses você fez mais amigos. Mostra-se cada dia mais um menino inteligente, bem humorado e dengoso. Adora um colo e um chamego. Ainda não parou de mamar no peito, embora tenha diminuido bastante a demanda pelo mama. Você ainda não dorme a noite toda, mas de vez em quando, nos surpreende com longas horas de sono.

Já sabe ficar de pé sozinho, anda apoiado nos móveis. Fala algumas palavras que já sabemos decifrar. a Mais nítida delas é "Água". Temos também o "Abo" que serve para  "Quadro", "Luz" e como verbo "Abrir" quando você pede para abrir um livirinho. Fala "Papa" para mostrar a comida e para se referir ao seu pai. Embora, verdade seja dita, "Mãmã" seja a sua palavra mais recorrente e sirva para me chamar ou chamar qualquer um que te acuda.

Já fala e faz o gesto "1", quando perguntamos quantos anos o Benjamin vai fazer. Manda beijo, dá piscadas, dá tchau e agora aprendeu a fazer o "Psht, Acabou", chacoalhando os bracinhos. Também chama a Margarida, abrindo e fechando as mãozinhas e fazendo um barulhinho de "pshhhh, pshhhh".

Ficou 10 dias de férias na praia e comeu toda a areia do mundo, entrou no mar diversas vezes, levou caldo, fez castelinho de areia, engatinhou pela grama do jardim da casa da vovó, comeu strogonoff, pizza, bolo de cenoura e bolo de laranja.

Teve uma super virose no fim do ano (do dia 29 para o dia 30 de dezembro) e precisamos levar você ao pronto socorro e passar por uma das mais difíceis tarefas da vida: deixar aplicarem soro na veia em você. Você chorou, mas como sempre foi muito bem comportado e doce.

Adora as músicas do Cocoricó, sabe o nome dos seus brinquedos em especial o "Júlio", que o Miguel, seu amigo, te deu de presente de Natal. Adora andar na sua motoca nova. Joga bola e grita GOL. E, pasme, pede para ligar o videogame: fica olhando para TV e chacoalhando os bracinhos e gritando GOL até que o sua vontade seja feita.

Já toma banho sozinho no chuveiro. Adora a água correndo pelo seu corpo. E nas ocasiões em que toma banho de banheira fica olhando para o chuveiro esperando a água cair do alto.

Logo, logo você completará o primeiro e um dos mais importantes anos da sua vida. E eu estou feliz por saber que você é menino saudável, contente e amado, que se desenvolve a cada dia.

Mamãe te ama!