Faz dias que estou para escrever esse post aqui. Um post que, a priori, nada tem a ver com a vida do Benjamin, só que tem. Esse post é sobre mim e sobre o dia em que comprei minha primeira calça 44 depois de não sei quantos anos. Ok. Pra um monte de gente uma calça 44 deve parecer absurdo, mas pra quem chegou no 48 (jesus me abana!), 44 é um número lindo de Deus! Pra quem nunca foi magrinha, mas nunca foi uma obesa e chegou a pesar quase 100 quilos, voltar pra casa dos 70kg é o máximo. Foram, em menos de um ano, até agora, 20 quilos a menos - pra resumir a história.
Tudo começou a um tempo atrás... rsrsrs. Tive uma gravidez super tranquila, não posso me queixar, mas engordei bem mais do que eu devia até o 5 mês de gestação. Fiquei apavorada com o ganho de peso (foram quase 8 quilos em 5 meses) e decidi procurar ajuda de uma nutricionista. Da minha consulta com a nutricionista em diante, segui a risca as orientações que ela me deu e ao final de 40 semanas de gestação eu havia engordado 16kg (4 a mais do que era a minha meta e o ideal). Mas tudo bem. A gente resolveria isso depois. Quando Benjamin completou 1 mês eu já havia mandado embora doze, dos 16kg que engordei. Estava feliz.
Aí veio o remédio para amamentar. Um remédio controlado, que tem como efeito colateral aumentar a prolactina. Eu, que quando engravidei já estava um pouco acima do peso, nem me dei conta do que estava acontecendo. Então tínhamos o seguinte cenário: eu um pouco acima do peso antes de engravidar + 4 quilos não eliminados pós gravidez + um remédio que me ajudou a amamentar, mas me dava uma fome dos diabos + todas as preocupações de uma recém-mãe, com um bebê mamão, que não dormia nunca e com APLV. O que aconteceu? + 20 quilos na balança. Ao total, 25 quilos extras. :-O
Bom, aí veio um dia desesperador. Era dezembro de 2012 e eu tive uma super entrevista de emprego e não havia nenhuma roupa que me cabia. Aí fui numa loja de grávida e comprei uma calça enooorme, sem estar grávida #fail. Daquele dia em diante decidi que eu precisava tomar uma atitude pra me resgatar.
Comecei uma dieta por minha conta e por ela perdi 3 quilos. No aniversário do Benjamin, em fevereiro deste ano eu estava com 92 quilos e não conseguia emagrecer mais. Foi quando uma amiga muito querida me indicou uma super nutricionista e eu decidi ir.
A nutri fez pra mim uma dieta específica. Não foi fácil. Passei uma certa fome no começo? Passei. Precisei me organizar para seguir à risca a dieta, preparando os alimentos corretamente e nas quantidades certas. Deu trabalho? Muito. Pensei em desistir? Muitas vezes. Encheu meu saco? Super. Mas o fato é que só com a reeducação alimentar - sem fazer exercícios - mandei embora 18 quilos em 6 meses. Quando eu já estava mais leve e havia incorporado a rotina da alimentação saudável na minha vida consegui me animar em me exercitar e comecei então a correr. Faz dois meses que corro duas vezes por semana (na verdade às vezes nem consigo cumprir essa meta, mas pelo 1 vez na semana corro uns 4k) e desde que a corrida começou mandei embora mais 3kg, totalizando os 21kg eliminados de abri até novembro.
Há duas semanas fui ao shopping e decidi experimentar uma calça jeans. Tive medo, mas pedi ao vendedor uma calça 46 e uma 44. E a 44 serviu!!!!!!!!!! Ele me trouxe uma 42, e eu, provei, certa de que ela nem passaria na minha batata da perna, mas ela passou! Tá certo, num ficou assim otimissima, mas serviu!
Então é isso, fui do 48 ao 44 em 7 meses e agora estou perto de chegar ao tamanho 42! Ainda faltam uns quilos pra eliminar, mas a gente chega lá, não é? Com altos e baixos, com persistência a gente consegue!
E tudo isso está aqui no Blog do Benjamin porque eu devo agradecer a muitas pessoas nessa jornada de me resgatar. Em primeiro lugar ao Benja, que me faz querer ser uma pessoa melhor todos os dias. E isso inclui, ser uma pessoa mais saudável, mais ativa, mais equilibrada, mais feliz. Ao Rafael, meu marido, que não me deixou desistir de reencontrar a mim mesma. À minha querida amiga Luísa Pinheiro, que me indicou a Nutri e me apoia sempre nos meus momentos de fraqueza e de vontade de "si jogar" no brigadeiro. À nutri Pri Di Ciero, que me ensinou muitas coisas sobre comer melhor. E algumas pessoas da internet, que mesmo sem eu conhecer - e sem me conhecerem - me inspiram e me ajudam. A Pat Feldman, a Thais Ventura (do Delícias do Dudu), Ao pessoal do Comer para crescer e a Debs, do blog da Debs, que é minha ídola do mundo das mães que se cuidam e correm!
Vivendo a vida de mãe
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
O coração partido de uma mãe
Desde que o Benjamin nasceu eu organizei minha vida para estar, a maior parte do tempo perto dele. Mesmo tendo voltado a trabalhar quando ele tinha 2 meses, tinha uma pessoa que me ajudava durante meio período do dia para que eu pudesse fazer as coisas do meu trabalho a tarde, em home office. Depois a babá foi embora e ele começou a ir para a escola - também em meio período - e nos dias mais apertados de trabalho deixava ele alguns períodos mais longos por lá.
Mas o fato é que nessa semana, pela primeira vez nesses 1 ano e 7 meses precisei deixa-lo a semana toda em período integral na escola porque a demanda de trabalho está muito intensa - o que obviamente, por um lado, é ótimo, mas por outro, me corta o coração.
Já na segunda-feira, durante o café da manhã, expliquei à ele que tinha acontecido uma coisa muito legal. A mamãe tinha conseguido três trabalhos novos, estava muito contente e precisava da ajuda do Benjamin para trabalhar e por isso, por esses dias, ele iria para a escola por um período maior porque a mamãe precisava escrever bastante. Ele entendeu, disse que ia brincar na escola com os amiguinhos e ficou por isso mesmo.
Aí hoje cedo, na preparação para o banho, eu pergunto, como faço todos os dias, bem animada: "Quem quer ir para escola???" e esperando a resposta que ele dá, todos os dias bem animado e com a mão em riste fiquei esperando um "Eu também, Benjamin!", mas a resposta foi "Benjamin quer ficar em casa com a mamãe". Morri.
Expliquei à ele de novo que a mamãe ia trabalhar hoje e que ele ia pra escola brincar com os amiguinhos e que no fim do dia íamos fazer algo bem legal. E que amanhã, se tudo fosse como o esperado passaríamos mais tempo juntos.
Levei ele para escola, entreguei ele para a professora que ele tanto gosta, e ele foi participar da aula de leitura como um príncipe. Saí da escola, sentei no carro e chorei. Por mim, por ele e por pensar na coragem de tantas mães que fazem isso diariamente porque precisam deixar seus filhotes em casa aos 4 meses, quando termina a licença maternidade. Chorei de saudade do Benjamin. Chorei porque tive o privilégio de poder escolher sair desse sistema capitalista nojento e trabalhar de um jeito diferente, graças ao apoio do meu marido. Chorei sei lá porque, porque mães choram mesmo, de alegria, de tristeza, de culpa, de saudade, mesmo quando tudo isso é só uma bobeira momentânea, né?
Mas o fato é que nessa semana, pela primeira vez nesses 1 ano e 7 meses precisei deixa-lo a semana toda em período integral na escola porque a demanda de trabalho está muito intensa - o que obviamente, por um lado, é ótimo, mas por outro, me corta o coração.
Já na segunda-feira, durante o café da manhã, expliquei à ele que tinha acontecido uma coisa muito legal. A mamãe tinha conseguido três trabalhos novos, estava muito contente e precisava da ajuda do Benjamin para trabalhar e por isso, por esses dias, ele iria para a escola por um período maior porque a mamãe precisava escrever bastante. Ele entendeu, disse que ia brincar na escola com os amiguinhos e ficou por isso mesmo.
Aí hoje cedo, na preparação para o banho, eu pergunto, como faço todos os dias, bem animada: "Quem quer ir para escola???" e esperando a resposta que ele dá, todos os dias bem animado e com a mão em riste fiquei esperando um "Eu também, Benjamin!", mas a resposta foi "Benjamin quer ficar em casa com a mamãe". Morri.
Expliquei à ele de novo que a mamãe ia trabalhar hoje e que ele ia pra escola brincar com os amiguinhos e que no fim do dia íamos fazer algo bem legal. E que amanhã, se tudo fosse como o esperado passaríamos mais tempo juntos.
Levei ele para escola, entreguei ele para a professora que ele tanto gosta, e ele foi participar da aula de leitura como um príncipe. Saí da escola, sentei no carro e chorei. Por mim, por ele e por pensar na coragem de tantas mães que fazem isso diariamente porque precisam deixar seus filhotes em casa aos 4 meses, quando termina a licença maternidade. Chorei de saudade do Benjamin. Chorei porque tive o privilégio de poder escolher sair desse sistema capitalista nojento e trabalhar de um jeito diferente, graças ao apoio do meu marido. Chorei sei lá porque, porque mães choram mesmo, de alegria, de tristeza, de culpa, de saudade, mesmo quando tudo isso é só uma bobeira momentânea, né?
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Primeira parceria do Blog!
Começamos, nessa semana, uma parceria com o laboratório Daudt, que produz o creme dental infantil Malvatrikids e o óleo para pele de bebês Dersani Baby.
Os posts aqui do VVdM serão publicados na Fanpage "Fala Bebê" (clique aqui) do laboratório no Facebook, onde estão disponíveis dicas e informações bem legais sobre diversos assuntos da maternidade.
Em breve falarei um pouco sobre os produtos que usamos, contando um pouco da experiência com cada um deles. :)
Os posts aqui do VVdM serão publicados na Fanpage "Fala Bebê" (clique aqui) do laboratório no Facebook, onde estão disponíveis dicas e informações bem legais sobre diversos assuntos da maternidade.
Em breve falarei um pouco sobre os produtos que usamos, contando um pouco da experiência com cada um deles. :)
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Sobre crianças que comem bem
Um monte de gente me pergunta como faço para o Benjamin comer bem.
A alimentação dele sempre foi uma preocupação muito grande para mim. Além dele ter passado pela APLV, desde antes de engravidar sempre tive horror ao ver aquelas crianças se entupindo de besteiras como bolachas recheadas, chocolates, Mc Donald's e afins. Digo isso porque hoje, mais do que nunca, se sabe o quanto esse tipo de comida faz mal - além de engordar.
Fora isso, penso que no mundo em que vivemos, da poluição, da comida industrializada, dos sabores artificiais, do pouco contato com a natureza, da preguiça de cozinhar, do "faz assim que é mais fácil, mais simples" sobram tão poucas referências de dedicação de tempo, que a comida pode e deve ser um exemplo bom a ser seguido e mantido. Vou explicar.
Venho de uma família em que todo mundo cozinha muito bem. Minhas avós (hoje só tenho uma viva) sempre fizeram receitas maravilhosas. De lasanha com massa artesanal finíssima a esfihas, quibes e bolos maravilhosos, a comida sempre foi pra mim, mais do que alimento; representou afeto, boas lembranças, carinho, conversa.
Não me esqueço da expectativa que era a preparação da lasanha da minha avó. Nem tampouco posso me esquecer do prazer que tinha em ajudar a mãe do meu pai a fazer as bolinhas de massa da esfiha e abri-las uma a uma para depois recheá-las e comê-las quentinhas, saídas do forno. Não me sai da cabeça de como era legal ver o pão crescer e de como eu gostava de ver meu pai e meu avô prepararem o cordeiro do Natal durante três dias, deixando a casa toda perfumada com ervas e vinho tinto.
Mas aí, a gente cresce, começa a trabalhar, casa, toma cerveja, come amendoim japonês e desencana de ficar cozinhando um monte de coisas, né? Só se dá ao trabalho mesmo de ir ao restaurante ou de pedir uma pizza de vez em quando. Um risotinho é o auge da elaboração e olhe lá.
Só que quando um bebê nasce, muda tudo. E foi o que aconteceu aqui em casa. Quando Benjamin começou a chegar perto da idade de comer comecei a pensar sobre o que eu gostaria ou não que ele comesse. Sobre quais eram as memórias que eu queria que ele tivesse sobre a comida, e aí comecei a pesquisar.
A primeira referência que encontrei foi o site da Pat Feldman (Veja aqui). Ela é uma super expert em nutrição infantil. Depois, comecei a consultar o Comer para Crescer e em meio a tudo isso conversei muito com os pediatras do Benja e li sobre quais eram as melhores alternativas para alimentação dele. E então cheguei a uma grande conclusão: Criança nenhuma come bem, se você não comer bem também. Então, eu tinha que mudar a minha alimentação.
Exemplo, minha gente, é tudo. Coma bem na frente do seu filho e a chance dele comer bem será enorme. É OBVIO que cada criança tem suas preferências e particularidades, mas paladar é treino, insistência e exemplo. Então se você insistir em uma alimentação saudável e treinar seu filhote a experimentar diversos sabores suas chances de sucesso aumentam e muito.
Por isso, a partir da semana que vem vou colocar aqui algumas dicas e receitas de papas que fazia para o Benjamin e que eram só sucesso. Um jeito bom de organizar a dieta dos pequenos e a sua também, porque seu filho pode - e deve - desde cedo - comer aquilo que você come!
A alimentação dele sempre foi uma preocupação muito grande para mim. Além dele ter passado pela APLV, desde antes de engravidar sempre tive horror ao ver aquelas crianças se entupindo de besteiras como bolachas recheadas, chocolates, Mc Donald's e afins. Digo isso porque hoje, mais do que nunca, se sabe o quanto esse tipo de comida faz mal - além de engordar.
Fora isso, penso que no mundo em que vivemos, da poluição, da comida industrializada, dos sabores artificiais, do pouco contato com a natureza, da preguiça de cozinhar, do "faz assim que é mais fácil, mais simples" sobram tão poucas referências de dedicação de tempo, que a comida pode e deve ser um exemplo bom a ser seguido e mantido. Vou explicar.
Venho de uma família em que todo mundo cozinha muito bem. Minhas avós (hoje só tenho uma viva) sempre fizeram receitas maravilhosas. De lasanha com massa artesanal finíssima a esfihas, quibes e bolos maravilhosos, a comida sempre foi pra mim, mais do que alimento; representou afeto, boas lembranças, carinho, conversa.
Não me esqueço da expectativa que era a preparação da lasanha da minha avó. Nem tampouco posso me esquecer do prazer que tinha em ajudar a mãe do meu pai a fazer as bolinhas de massa da esfiha e abri-las uma a uma para depois recheá-las e comê-las quentinhas, saídas do forno. Não me sai da cabeça de como era legal ver o pão crescer e de como eu gostava de ver meu pai e meu avô prepararem o cordeiro do Natal durante três dias, deixando a casa toda perfumada com ervas e vinho tinto.
Mas aí, a gente cresce, começa a trabalhar, casa, toma cerveja, come amendoim japonês e desencana de ficar cozinhando um monte de coisas, né? Só se dá ao trabalho mesmo de ir ao restaurante ou de pedir uma pizza de vez em quando. Um risotinho é o auge da elaboração e olhe lá.
Só que quando um bebê nasce, muda tudo. E foi o que aconteceu aqui em casa. Quando Benjamin começou a chegar perto da idade de comer comecei a pensar sobre o que eu gostaria ou não que ele comesse. Sobre quais eram as memórias que eu queria que ele tivesse sobre a comida, e aí comecei a pesquisar.
A primeira referência que encontrei foi o site da Pat Feldman (Veja aqui). Ela é uma super expert em nutrição infantil. Depois, comecei a consultar o Comer para Crescer e em meio a tudo isso conversei muito com os pediatras do Benja e li sobre quais eram as melhores alternativas para alimentação dele. E então cheguei a uma grande conclusão: Criança nenhuma come bem, se você não comer bem também. Então, eu tinha que mudar a minha alimentação.
Exemplo, minha gente, é tudo. Coma bem na frente do seu filho e a chance dele comer bem será enorme. É OBVIO que cada criança tem suas preferências e particularidades, mas paladar é treino, insistência e exemplo. Então se você insistir em uma alimentação saudável e treinar seu filhote a experimentar diversos sabores suas chances de sucesso aumentam e muito.
Por isso, a partir da semana que vem vou colocar aqui algumas dicas e receitas de papas que fazia para o Benjamin e que eram só sucesso. Um jeito bom de organizar a dieta dos pequenos e a sua também, porque seu filho pode - e deve - desde cedo - comer aquilo que você come!
segunda-feira, 22 de julho de 2013
E se o perigo aparece bem perto de você. Você sabe reconhecer?
A gente tá cansado de ver e ouvir, principalmente nos noticiários, casos escabrosos sobre pedofilia. Mas a bem da verdade a gente nunca acha que isso vai acontecer com a gente, né? (bate três vezes na madeira, isola, sarava!). Acontece que semana passada passamos por uma situação (calma gentes, nada, de fato aconteceu, apenas uma luz aqui se acendeu), que me deixou bastante assustada e foi aí que comecei a ler sobre o assunto e por isso decidi escrever a respeito disso também.
Vou contar o causo, sem dar maiores detalhes ou nomes aos bois porque, como já disse, graças a Deus, nada aconteceu, mas serve como alerta para prestarmos atenção em certos tipos de comportamento de algumas pessoas.
Benjamin é um cara muito simpático. Como regra não estranha ninguém, se dá bem com todo mundo, troca ideia com todos e é conhecido por vizinhos do prédio e pelo pessoal do bairro. Tanto é que sou mais conhecida hoje em dia como "a mãe do Benjamin" do que pelo meu próprio nome.
Um monte de gente oferece coisas pro Benjamin na rua (pão de queijo, bala, refrigerante, bexiga etc) e entre a vizinhança não é diferente. Outro dia um vizinho aqui do bairro, depois de insistir por várias semanas que fossemos a casa dele, nos convidou (a mim e ao Benjamin) para tomar um café e apresentar ao pequeno um instrumento musical diferente que tinha na casa dele. Decidimos aceitar o convite.
Chegando a casa do vizinho, muito cordial, ele nos apresentou o instrumento, lindíssimo, e começou a nos mostrar um monte de bichinhos de pelúcia que estavam espalhados pela casa toda (na verdade por toda a sala). Os bichinhos - certamente havia mais dez - tinham nomes próprios, personalidade e histórias de vida. O vizinho então apresentou os bichos ao Benjamin, que nem deu bola a eles, e depois nos ofereceu um lanche e começou a perguntar sobre o que o Benjamin gosta de comer e fazer e tal e coisa. Na hora, fora estranhar o fato de na casa de uma pessoa de seus 60 anos, sem filhos ou netos haver um monte de bichos de pelúcia nada me ocorreu, mas depois algo ficou apitando na minha cabeça.
Tá certo, gente. Não sou, não quero e nem posso julgar ninguém. Cada um sabe "da dor e da delícia de ser o que é", mas que é esquisita uma situação dessas, é, né?
Então fui ler sobre o que é pedofilia e quem são os pedófilos e o que a maioria dos sites mostra é o seguinte (fonte: site do Ministério Público Federal):
Vou contar o causo, sem dar maiores detalhes ou nomes aos bois porque, como já disse, graças a Deus, nada aconteceu, mas serve como alerta para prestarmos atenção em certos tipos de comportamento de algumas pessoas.
Benjamin é um cara muito simpático. Como regra não estranha ninguém, se dá bem com todo mundo, troca ideia com todos e é conhecido por vizinhos do prédio e pelo pessoal do bairro. Tanto é que sou mais conhecida hoje em dia como "a mãe do Benjamin" do que pelo meu próprio nome.
Um monte de gente oferece coisas pro Benjamin na rua (pão de queijo, bala, refrigerante, bexiga etc) e entre a vizinhança não é diferente. Outro dia um vizinho aqui do bairro, depois de insistir por várias semanas que fossemos a casa dele, nos convidou (a mim e ao Benjamin) para tomar um café e apresentar ao pequeno um instrumento musical diferente que tinha na casa dele. Decidimos aceitar o convite.
Chegando a casa do vizinho, muito cordial, ele nos apresentou o instrumento, lindíssimo, e começou a nos mostrar um monte de bichinhos de pelúcia que estavam espalhados pela casa toda (na verdade por toda a sala). Os bichinhos - certamente havia mais dez - tinham nomes próprios, personalidade e histórias de vida. O vizinho então apresentou os bichos ao Benjamin, que nem deu bola a eles, e depois nos ofereceu um lanche e começou a perguntar sobre o que o Benjamin gosta de comer e fazer e tal e coisa. Na hora, fora estranhar o fato de na casa de uma pessoa de seus 60 anos, sem filhos ou netos haver um monte de bichos de pelúcia nada me ocorreu, mas depois algo ficou apitando na minha cabeça.
Tá certo, gente. Não sou, não quero e nem posso julgar ninguém. Cada um sabe "da dor e da delícia de ser o que é", mas que é esquisita uma situação dessas, é, né?
Então fui ler sobre o que é pedofilia e quem são os pedófilos e o que a maioria dos sites mostra é o seguinte (fonte: site do Ministério Público Federal):
- Qualquer pessoa pode ser um pedófilo. Não importa idade, condição social, raça, sexo, ou nível de instrução.
- Em geral, os pedófilos são do sexo masculino, mas há mulheres pedófilas também.
- O pedófilo costuma ser uma pessoa "acima de qualquer suspeita", muitas vezes, alguém próximo a família, um parente, amigo, professor, vizinho. Sempre é aquela pessoa que se dá bem com a criança e se interessa por elas.
- A casa dos pedófilos sempre é atrativa às crianças. Possuem vários objetos, jogos, guloseimas para agradar crianças e adolescentes.
- Gostam de ficar sozinhos com crianças ou adolescentes, sendo muito atenciosos e sedutores.
- Gostam de fazer “amizade” com crianças e adolescentes.
- Sempre procuram agradar suas vítimas com presentes, elogios e promessas.
- Procuram fazer carinho nas partes íntimas de crianças e adolescentes.
- Sempre pedem para guardar segredo e nunca contar nada a ninguém sobre seus comportamentos.
- Às vezes, ameaçam a criança/adolescente, algo ou alguém de que goste muito, caso não ceda às suas vontades. (aqui quando o abuso já acontece)
- Pedem para filmar ou tirar fotos de criança/adolescente, com pouca ou nenhuma roupa e pedem para fazer poses sensuais. (aqui quando o abuso já acontece)
A pedofilia é crime. Deve e precisa ser denunciada. Ela acontece no ambiente online e off-line também. Por isso, se você tomar conhecimento de um caso de pedofilia, denuncie. Fique atento. Aqui neste link você pode baixar a cartilha elaborada pelo Ministério Público Federal.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Eu quero lutar por menos!
Quero precisar de menos. Quero que o Benjamin cresça com menos necessidades. Quero que seja menos carente do eu fui, ainda que eu, por muito esforço dos meus pais e avós tenha sido muito pouco carente de tudo.
Quero sim uma cidade que seja mais. Mais justa, mais segura, mais acessível, mais saudável, mais - de fato - democrática. Quero que cada um possa viver na sua e ter seu espaço para viver suas liberdades. Quero poder assegurar o meu direito - e dos próximos também - de hastear as bandeiras da diversidade, sem discriminação. Não quero mais essas babaquices nomeadas no poder. Quero posicionamento.
Quando eu estava na faculdade e fazia parte do Centro Acadêmico diziam que eu era em cima do muro. E talvez essa percepção viesse pelo fato de que sempre me dispus a escutar o que os vários "lados" de uma mesma história tinham a dizer. Agora, depois da maternidade, eu me autorevolucionei e concluí, a duras penas, que não existe assim - infelizmente - um meio do caminho. Para se chegar ao "meio do caminho", a um lugar de paz, é preciso posicionar-se e escolher um lado. E eu escolhi um lado.
O lado de quem vai apoiar as causas que lutam pelos que tem menos. As lutas por direitos humanos. A luta pelo respeito ao outro em primeiro lugar. E já que não consigo sair mais e ir às ruas protestar vou me comprometer a falar e discutir com quem posso em profundidade. A pensar, debater e tentar entender a fundo que acontece nesse nosso país pra poder, enfim mudar alguma coisa dessa nossa triste realidade.
E por isso aqui vou colocar alguns links de causa importantes para se interessar, apoiar e lutar e instituições com informações que aprofundam sempre os debates políticos:
Infância Livre de Consumismo: pela regulamentação da publicidade dirigida à criança
Petição pelo NÃO AO ESTATUTO DO NASCITURO
Cooperifa SP
Mais um adendo: No dia em que eu crescer quero escrever assim bonito que nem a Super Duper Anne, nessa belíssima reflexão que aqui está.
Quero sim uma cidade que seja mais. Mais justa, mais segura, mais acessível, mais saudável, mais - de fato - democrática. Quero que cada um possa viver na sua e ter seu espaço para viver suas liberdades. Quero poder assegurar o meu direito - e dos próximos também - de hastear as bandeiras da diversidade, sem discriminação. Não quero mais essas babaquices nomeadas no poder. Quero posicionamento.
Quando eu estava na faculdade e fazia parte do Centro Acadêmico diziam que eu era em cima do muro. E talvez essa percepção viesse pelo fato de que sempre me dispus a escutar o que os vários "lados" de uma mesma história tinham a dizer. Agora, depois da maternidade, eu me autorevolucionei e concluí, a duras penas, que não existe assim - infelizmente - um meio do caminho. Para se chegar ao "meio do caminho", a um lugar de paz, é preciso posicionar-se e escolher um lado. E eu escolhi um lado.
O lado de quem vai apoiar as causas que lutam pelos que tem menos. As lutas por direitos humanos. A luta pelo respeito ao outro em primeiro lugar. E já que não consigo sair mais e ir às ruas protestar vou me comprometer a falar e discutir com quem posso em profundidade. A pensar, debater e tentar entender a fundo que acontece nesse nosso país pra poder, enfim mudar alguma coisa dessa nossa triste realidade.
E por isso aqui vou colocar alguns links de causa importantes para se interessar, apoiar e lutar e instituições com informações que aprofundam sempre os debates políticos:
Infância Livre de Consumismo: pela regulamentação da publicidade dirigida à criança
Petição pelo NÃO AO ESTATUTO DO NASCITURO
Cooperifa SP
Mais um adendo: No dia em que eu crescer quero escrever assim bonito que nem a Super Duper Anne, nessa belíssima reflexão que aqui está.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Dar um trato na jaula
Daí que um monte de gente me pergunta sobre como que a gente faz pro Benjamin escovar os dentes e não chorar.
A gente não faz. Hahahah Ele chora, meu povo. É verdade que chora pouco, mas chora.
Aí decidi contar um pouco - inclusive pra registrar - sobre como é esse lance de "dar trato na jaula", como diz o papai, aqui em casa.
Tudo começou bem cedo, quando ele era ainda "sorribanguelo", ou seja, desdentado. Uma vez por dia, e a bem da verdade quando dava, eu limpava a boca dele (uma mini boca) com uma gaze embebida em uma solução de água e bicarbonato de sódio. (100ml de água filtrada fervida com 1 colher de chá de bicarbonato de sódio). Fomos assim até ele começar a comer, por volta do sexto mês.
Nessa época, com seis meses, passamos a usar a "dedeira". Um negócio de silicone que tem cerdas. Seguindo sempre a orientação da pediatra limpávamos a boca dele pelo menos uma vez por dia, sempre antes de dormir, com a dedeira e água filtrada. Deixávamos ele deitado no trocador e sempre fazendo caretas engraçadas e abrindo a boca enfiávamos a mão na boca dele (no caso, na gengiva) e limpávamos o que estivesse por lá). Assim foi até ele ter uns nove meses, quando apareceram os primeiros dentes.
Aí veio a primeira grande dica da pediatra pra introdução da escova de dentes: Dê uma escova de dentes pro Benjamin. (Óbvio, né?). Mas fato é que até então a gente tinha comprado uma escova de dentes pra ele, que ficava com a gente. E a ideia era, ele precisa ter uma escova de dentes pra ele, que fique com ele. E isso fez toda diferença. O cara se apaixonou pela escova de dentes.
Outra coisa, a escovação de dentes aqui em casa passou a ser coletiva. Ou seja, criamos momentos de escovar os dentes. Logo cedo todos escovamos os dentes juntos, a noite, também. E ai vira uma coisa gostosa de se fazer, como uma brincadeira.
Um outro ponto. Definimos que, por uma questão de bom senso, pelo uma escovação do dia precisaria ser feita pelo papai ou pela mamãe, uma escovação pra valer, de verdade, sem choro nem vela. Com o intuito de limpar mesmo. Mas como o hábito de escovar os dentes já está bem consolidado na maioria das vezes não temos maiores problemas.
Aí outro dia, numa palestra sobre odontopediatria, aprendi que o uso da pasta de dente SEM Flúor é superimportante e desde então inserimos a dita cuja no nosso dia a dia e isso facilitou e muito a escovação dos dentes do Benjamin.
De todo modo, pra resumir, algumas dicas importantes pra ter sucesso na coisa de escovar os dentes do pequenos é:
A gente não faz. Hahahah Ele chora, meu povo. É verdade que chora pouco, mas chora.
Aí decidi contar um pouco - inclusive pra registrar - sobre como é esse lance de "dar trato na jaula", como diz o papai, aqui em casa.
Tudo começou bem cedo, quando ele era ainda "sorribanguelo", ou seja, desdentado. Uma vez por dia, e a bem da verdade quando dava, eu limpava a boca dele (uma mini boca) com uma gaze embebida em uma solução de água e bicarbonato de sódio. (100ml de água filtrada fervida com 1 colher de chá de bicarbonato de sódio). Fomos assim até ele começar a comer, por volta do sexto mês.
Nessa época, com seis meses, passamos a usar a "dedeira". Um negócio de silicone que tem cerdas. Seguindo sempre a orientação da pediatra limpávamos a boca dele pelo menos uma vez por dia, sempre antes de dormir, com a dedeira e água filtrada. Deixávamos ele deitado no trocador e sempre fazendo caretas engraçadas e abrindo a boca enfiávamos a mão na boca dele (no caso, na gengiva) e limpávamos o que estivesse por lá). Assim foi até ele ter uns nove meses, quando apareceram os primeiros dentes.
Aí veio a primeira grande dica da pediatra pra introdução da escova de dentes: Dê uma escova de dentes pro Benjamin. (Óbvio, né?). Mas fato é que até então a gente tinha comprado uma escova de dentes pra ele, que ficava com a gente. E a ideia era, ele precisa ter uma escova de dentes pra ele, que fique com ele. E isso fez toda diferença. O cara se apaixonou pela escova de dentes.
Outra coisa, a escovação de dentes aqui em casa passou a ser coletiva. Ou seja, criamos momentos de escovar os dentes. Logo cedo todos escovamos os dentes juntos, a noite, também. E ai vira uma coisa gostosa de se fazer, como uma brincadeira.
Um outro ponto. Definimos que, por uma questão de bom senso, pelo uma escovação do dia precisaria ser feita pelo papai ou pela mamãe, uma escovação pra valer, de verdade, sem choro nem vela. Com o intuito de limpar mesmo. Mas como o hábito de escovar os dentes já está bem consolidado na maioria das vezes não temos maiores problemas.
Aí outro dia, numa palestra sobre odontopediatria, aprendi que o uso da pasta de dente SEM Flúor é superimportante e desde então inserimos a dita cuja no nosso dia a dia e isso facilitou e muito a escovação dos dentes do Benjamin.
De todo modo, pra resumir, algumas dicas importantes pra ter sucesso na coisa de escovar os dentes do pequenos é:
- Comece desde cedo. Hábitos que vem desde que eles são bem pititicos são absorvidos mais facilmente (vide o ADtil)
- Tenha sempre duas escovas de dentes. Uma que você usa pra escovar os dentes do seu filho e que fica com você e outra que ele usa e ele guarda e fica com ele!
- Faça do momento de escovar os dentes (ou a gengiva) um momento gostoso
- Não tenha medo de escovar os dentes do bebê, mesmo que ele chore, é pro bem dele
- Algumas posições são mais fáceis para realizar a ação: deitado ou sentado com a cabeça levemente inclinada para trás (nessa posição a criança automaticamente abre a boca - se coloca-la no cadeirão é batata, dá certo!)
- Compre uma escova de dentes muito macia
- Se for usar pasta de dente e seu filho tiver menos de 6 anos use uma pasta de dentes SEM FLUOR e SEMPRE CONSULTE SEU PEDIATRA/ ODONTOPEDIATRA
- Mesmo que seu filho adormeça mamando e você não queira acordá-lo para escovar os dentes, escove BEM os dentes dele ANTES da mamadeira do soninho e não deixe de escovar os dentes dele de manhã, quando ele acordar
- Escove os seus dentes na frente do seu filho e mostre à ele como isso é gostoso de se fazer e prazeroso. Não esqueça: crianças aprendem pelo exemplo! :-)
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